Pinto do Monteiro

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Pinto do Monteiro
Informação geral
Nome completo Severino Lourenço da Silva Pinto
Nascimento 21 de novembro de 1895
Origem Monteiro, Paraíba
País  Brasil
Morte 28 de outubro de 1990 (94 anos)
Local de morte Monteiro, Paraíba
 Brasil
Gênero(s) MPB

Severino Lourenço da Silva Pinto, conhecido como Pinto do Monteiro (Carnaubinha, município do Monteiro, 21 de novembro de 1895 - 28 de outubro de 1990) foi um poeta popular, Compositor, cantador e improvisador brasileiro.[1][2] Filho de uma doméstica com um tropeiro, chegou a trabalhar como vaqueiro, vendedor de cuscuz, auxiliar de enfermagem e guarda do serviço contra a malária. Foi também soldado no combate aos bandos de cangaceiros. Casou-se quatro vezes e aprendeu a ler e a escrever já depois de adulto.[3]

História[editar | editar código-fonte]

Foi um dos mais lendários cantadores e repentistas nordestinos. Depois que deixou de ser vendedor de cuscuz no Recife, passou a cantar no Mercado São José, na capital pernambucana. Percorreu o país encontrando-se e duelando com diversos repentistas. Alguns desses duelos, foram meramente imaginários, como o travado contra Patativa do Assaré. Seus versos foram registrados em dois LPs, "Pinto de Monteiro e Zé Pequeno: Acelerando nas asa do juízo", lançado de forma independente e "Pinto de Monteiro: Vida, poesia e verdade"", lançado pela Fundação Joaquim Nabuco. Teve ainda sua imagem e voz registradas em fitas de vídeo, super-8, Fita cassete e cinema. Um de sua versos mais famosos foi feito por ocasião do desafio com Severino Milanês da Silva: "No dia  que eu tenho raiva/o vento sente um cansaço/o dia perde a beleza/a lua perde o espaço/o sol transforma-se em gelo/cai de pedaço em pedaço". Em 1985 foi criado pelo Centro de Estudos e de Documentação da História Brasileira - Cehibra, da Fundação Joaquim Nabuco, o Projeto Memória Fonográfica, dirigido pelo pesquisador Renato Phaelante, e no mesmo ano foi lançado o LP "Pinto do Monteiro - Vida, poesia e verdade"  a partir de gravações realizadas com o poeta às vésperas de completar 90 anos, nas quais ele relembra seus encontros com figuras políticas brasileiras como Barbosa Lima Sobrinho, José Américo de Almeida, o Ministro João Alberto e o ex-governador de São Paulo Ademar de Barros. Também são relembrados caôs de sua vida de vaqueiro e cantador e famosos desafios com Lourival Batista e com Gato Preto. Em 2000, o cantor e compositor pernambucano Antônio Nóbrega, no CD "Madeira que cupim não rói",  fez referência ao poeta na música "Sambada dos mestres", de sua parceria com Wilson Freire na qual canta: "No improviso da viola/de todos sou o primeiro/porque sou cobra criada/pelo Pinto de Monteiro." Em 2010, foi lançado pela Fundação Joaquim Nabuco, do Recife, o CD "Pinto do Monteiro - Vida, poesia e verdade" Uma remasterização do LP lançado em 1985 com depoimentos e cantorias do poeta e repentista. No encarte do CD o sociólogo Sebastião Vila Nova afirma: "Pinto do Monteiro, sendo poeta dos mais altos entre todos os que já nos deu a literatura oral do nosso povo, é também representante do que há de mais depurado na cantoria do Nordeste. O registro em disco de sua arte representa, portanto, a fixação do que existe de mais sofisticado e nordestinamente brasileiro na cultura do povo brasileiro" [4] Morreu em 1990 aos 94 anos de idade em Monteiro no estado da Paraíba.

Referências

  1. «Título ainda não informado (favor adicionar)». www.fundaj.gov.br 
  2. «Biografia no blog Cultura Nordestina». culturanordestina.blogspot.com 
  3. «Pinto do Monteiro no Dicionário da MPB». www.dicionariompb.com.br 
  4. «dicionariompb.com.br/pinto-do-monteiro». Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira. Consultado em 2 de novembro de 2017