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Mahmoud Asgari (em persa: محمود عسگري) e Ayaz Marhoni (em persa: عياض مرهوني) foram dois adolescentes iranianos de 16 e 18 anos de idade, respectivamente, originários da província de Cuzistão. Eles foram enforcados publicamente pelo governo iraniano na cidade de Meshed, no noroeste do país, no dia de 19 de julho de 2005. Os jovens foram mortos após terem sido condenados por um tribunal local pelo suposto estupro de um menino de 13 anos de idade, que não foi identificado. Alguns observadores internacionais, grupos LGBT e organizações de direitos humanos, no entanto, afirmaram que os jovens foram mortos por manterem relações homossexuais consensuais, e não por estupro.

O caso atraiu a atenção da mídia internacional por causa das fotografias chocantes dos dois adolescentes no momento de suas execuções. Acredita-se que ambos eram menores de idade no momento da aplicação da sentença. Muitos ativistas de direitos humanos têm criticado a forma abusiva como a pena de morte é aplicada no Irã. De acordo com algumas interpretações, a charia (código de leis islâmico) permite a pena de morte para quem pratica relações homossexuais, mas a Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (da qual o Irã é signatário) proíbe a execução de menores. Segundo o advogado de Asgari, Rohollah Razaz Zadeh, "as sentenças de morte dadas às crianças pelos tribunais iranianos estão comutadas a cinco anos de prisão", mas a Suprema Corte de Teerã aprovou a execução. As idades dos meninos ainda permanecem incertas, mas algumas fontes afirmam que eles tinham quatorze e dezesseis anos no momento da sua detenção e dezesseis e dezoito anos, respectivamente, quando foram mortos.