Projeto F123

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Projeto F132
Lema "A tecnologia que possibilita"
Tipo Organização não-governamental
Fundação 2007 (17 anos)
Estado legal Ativo
Línguas oficiais Português, inglês e espanhol
Fundador(a) Fernando Botelho
Sítio oficial http://f123.org/

O projeto F123 é um software livre de baixo custo com leitor de tela por voz que possibilita a utilização de tecnologias por pessoas com deficiência visual, possibilitando a inclusão digital, favorecendo o acesso à educação e à informação e ampliando suas oportunidades educacionais e profissionais.[1] O maior diferencial deste software é a capacidade de tê-lo em versão pen-drive, além da versão para computador, e é disponibilizado em 3 línguas (português, inglês e espanhol).

Ele permite que o usuário navegue na internet, trabalhe com documentos e planilhas eletrônicas, e-mails e mensagens instantâneas em qualquer computador. A versão pen-drive não possui a necessidade de se instalar nada no computador, ele já abre o conteúdo gravado, que seria o sistema operacional (Linux, distribuição Ubuntu) e as tecnologias assistivas (leitores de tela e software para acessibilidade motora).[2] Este software é utilizado por indivíduos, ONG's, instituições educacionais, fundações, agências governamentais e organizações internacionais em mais de 20 países, como Argentina, Peru e Uruguai, na América Latina, e até mesmo na Zâmbia e no Quênia, na África.[1]

Em 2009 o Grupo F123, formado pela F123 Consulting e F123 Software, em parceria com a OSCIP Mais Diferenças, começou o Projeto Educação Livre, um curso de informática voltado para deficientes visuais, apoiando ONGs com tecnologia e treinamento, expandindo as oportunidades educacionais e profissionais dos cegos e pessoas com baixa visão.[1]

A F123 participa de diversos congressos pelo mundo e já ganhou presença em jornais, revistas, televisão, internet e até em livros.

História[editar | editar código-fonte]

Fernando Botelho, criador do F123, começou a perder a visão aos 16 anos e aos 18 anos ficou cego. Ele se dedicou a pesquisar, em seu tempo livre, os motivos que encareciam a tecnologia para cegos e deficientes visuais parciais.

O primeiro passo foi comparar o preço de um bom computador em 1997 e o mesmo tipo de máquina, com a mesma qualidade, em 2006. Fernando fez a mesma comparação entre os preços do software leitor de tela mais conhecido na época. O resultado foi: enquanto o preço, corrigido pela inflação, de um computador básico havia caído mais de 80%, o preço do software para cegos mais vendido - que em 1997 já possuía um preço alto e de difícil acesso para a maioria dos cegos de países em desenvolvimento – havia subido mais de 20%. Decidido, o F123 seria uma iniciativa focada em software.

Em 2007, Fernando e sua esposa começaram a desenvolver um protótipo que os ajudou a atrair financiamentos e prêmios. E, assim, foi criado o Projeto F123.[3]

Prêmios[editar | editar código-fonte]

  • 2015: Vencedor do Prêmio Tecnologia é Ponte do Changemakers da Ashoka e Instituto Embratel Claro.
  • 2014: Vencedor do Prêmio 2014 da Pauchon Research Foundation.
  • 2013: Vencedor do Prêmio FINEP de Inovação 2013 categoria Tecnologia Assistiva – Região Sul e etapa Nacional.
  • 2010: Premiado "A World of Solutions" do BID – Banco Interamericano de Desenvolvimento.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c Vagner de Alencar (19 de julho de 2012). «Software auxilia pessoas com deficiência visual». porvir.org. Consultado em 23 de fevereiro de 2022 
  2. «Cópia arquivada». Consultado em 19 de junho de 2015. Arquivado do original em 20 de junho de 2015 
  3. Paula Lago. «Programador para a inclusão». folha.uol.com.br. Consultado em 23 de fevereiro de 2022