Propithecus candidus

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Como ler uma infocaixa de taxonomiaPropithecus candidus[1]

Estado de conservação
Espécie em perigo crítico
Em perigo crítico (IUCN 3.1) [2]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Primates
Infraordem: Lemuriformes
Família: Indriidae
Gênero: Propithecus
Espécie: P. candidus
Nome binomial
Propithecus candidus
A. Grandidier, 1871
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica
Distribuição geográfica
Sinónimos
  • P. sericeus Milne-Edwards and A. Grandidier, 1872

Sifaka-sedoso (Propithecus candidus) é uma espécie de lêmure, caracterizado por possui uma sedosa e longa pelagem. Possui distribuição geográfica restrita ao nordeste de Madagascar, onde é conhecido localmente por simpona. É um dos mamíferos mais raros do mundo, e está listado pela IUCN como um dos 25 primatas mais ameaçados do mundo. Essa espécie é uma das nove espécies de sifaka e uma das quatro que eram consideradas subespécies de Propithecus diadema. Estudos em 2004 e 2007 compararam proporções, genética, e anatomia crânio-dental, suportando que é uma espécie propriamente dita, o que é aceito, geralmente.

Propithecus candidus tem uma estrutura social variável, e vive em grupos de dois a nove indivíduos. Passa a maior parte do tempo se alimentando e descansando, embora também gaste considerável parcela do tempo com interações sociais, como brincar e a catação, e deslocamentos. Fêmeas ocasionalmente possuem prioridade sobre os machos durante a alimentação. Como outras sifakas do leste, consomem principalmente folhas e sementes, mas também frutos, flores e até mesmo, terra. Possui sazonalidade na reprodução e copula apenas durante um dia do ano, no início da estação chuvosa. Como outras espécie do gênero, o cuidado por parte de outros membros do grupo é comum. Membros de todas as idades e sexos frequentemente catam, brincam e ocasionalmente carregam, e até mesmo amamentam os infantes que não são deles mesmo. Vocalizam com bastante frequência, apesar delas consistirem de apenas sete vocalizações no adulto. Como todos os lêmures, a marcação com cheiro é uma importante forma de comunicação. Machos marcam o território, frequentemente, colocando cheiro sobre a marcação de outros membros do grupo, principalmente fêmeas. Também arranham árvores com seu pente dentário. A marcação consiste em esfregar o peitoral nos troncos, o que acaba dando uma coloração amarronzada dessa região nos machos, permitindo diferenciar o sexo dessa forma, na espécie.

Ocorre em poucas unidades de conservação de Madagascar, sendo que a maior parte ocorre no Parque Nacional Marojejy e na Reserva de Anjanaharibe-Sud. Poucos grupos são conhecidos no Parque Natural Makira, no Corredor de Betaolana, e em fragmentos de floresta não protegidos. A espécie é caçada ao longo de sua distribuição e não há nenhum tabu local quanto ao seu consumo como alimento. Alterações no habitat, como as feitas pela agricultura itinerante, desmatamento ilegal, ocorrem mesmo dentro de áreas protegidas.

Referências

  1. Groves, C.P. (2005). Wilson, D. E.; Reeder, D. M, eds. Mammal Species of the World 3.ª ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press. pp. 111–184. ISBN 978-0-8018-8221-0. OCLC 62265494 
  2. Andrainarivo, C., Andriaholinirina, V. N., Feistner, A., Felix, T., Ganzhorn, J., Garbutt, N., Golden, C., Konstant, B., Louis Jr., E., Meyers, D., Mittermeier, R. A., Patel, E., Perieras, A., Princee, F., Rabarivola, J. C., Rakotosamimanana, B., Rasamimanana, H., Ratsimbazafy, J., Raveloarinoro, G., Razafimanantsoa, A., Rumpler, Y., Schwitzer, C., Thalmann, U., Wilmé, L. & Wright, P. (2008). Propithecus candidus (em inglês). IUCN 2012. Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN. 2012. Página visitada em 28 de março de 2013..
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