Quinto Mânlio Vulsão Capitolino

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Quinto Mânlio Vulsão Capitolino
Tribuno consular da República Romana
Tribunato 396 a.C.

Quinto Mânlio Vulsão Capitolino (em latim: Quintus Manlius Vulso Capitolinus) foi um político da gente Mânlia nos primeiros anos da República Romana eleito tribuno consular em 396 a.C..

Identificação[editar | editar código-fonte]

Os nomes de Públio Mânlio Vulsão e Públio Mélio Capitolino aparecem escritos de diversas formas nos manuscritos. Alschefskij, o último editor de Lívio, vê "P. Manlius" no primeiro tribunato (400 a.C.) e "P. Maenius" no segundo (396 a.C.). Nos Fastos Capitolinos, o nome "Maenius" não aparece em nenhum dos dois, mas, no lugar dele, há um "P. Manlius Vulso" em 400 a.C. e "Q. Manlius Vulso" (Quinto Mânlio Vulsão Capitolino) em 396 a.C.. Os nomes em Dionísio de Halicarnasso[1] são diferentes, anunciando para o ano de 400 a.C. seis tribunos, mas só apresenta o nome de quatro (Públio Mânlio, Públio Mélio, Espúrio Fúrio e Lúcio Públílio), o que torna uma conciliação praticamente impossível.[2]

Tribunato consular (396 a.C.)[editar | editar código-fonte]

Ver artigo principal: Batalha de Veios

Em 396 a.C., foi eleito tribuno consular com Públio Mélio Capitolino, Públio Licínio Calvo Esquilino (o filho), Lúcio Titínio Pansa Saco, Cneu Genúcio Augurino e Lúcio Atílio Prisco.[3]

Enquanto continuava o cerco de Veios, Lúcio Titínio e Cneu Genúcio marcharam contra os faliscos e capenatos, mas foram pegos de surpresa numa emboscada. Cneu Genúcio morreu em combate enquanto Titínio conseguiu fugir com os sobreviventes. A notícia da ruína do exército provocou pânico em Roma e nos soldados que participavam do cerco, alguns dos quais retornaram para a cidade.

À Roma chegaram notícias ainda mais alarmantes: o acampamento de Veios já estava cercado e colunas de inimigos prontos para o combate marchavam em direção a Roma. Muita gente correu para guarnecer as muralhas. As matronas, tiradas de casa pelo terror generalizado, correram para os templos para rezar e suplicar aos deuses.
 
Lívio, Ab Urbe Condita V, 2, 18[4].

Somente a nomeação de Marco Fúrio Camilo como ditador conseguiu acalmar a cidade e o exército, que, revigorado, conseguiu conquistar Veios depois de um cerco de dez anos.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Tribuno consular da República Romana
Precedido por:
Lúcio Júlio Julo II

com Lúcio Fúrio Medulino IV
com Lúcio Sérgio Fidenato
com Aulo Postúmio Albino Regilense
com Públio Cornélio Maluginense
com Aulo Mânlio Vulsão Capitolino III

Lúcio Titínio Pansa Saco II
396 a.C.

com Públio Licínio Calvo Esquilino
com Quinto Mânlio Vulsão Capitolino
com Públio Mélio Capitolino II
com Cneu Genúcio Augurino II
com Lúcio Atílio Prisco II

Sucedido por:
Públio Cornélio Cipião

com Lúcio Fúrio Medulino V
com Cesão Fábio Ambusto III
com Públio Cornélio Maluginense Cosso
com Quinto Servílio Fidenato
com Marco Valério Latucino Máximo


Referências

  1. Dionísio de Halicarnasso, Antiguidades Romanas XIV 47, 90
  2. «Tribunos militares con poder consular» (PDF) (em espanhol). Imperio Romano. p. 4 
  3. Lívio, Ab Urbe Condita V, 2, 18; Lívio cita apenas cinco tribunos e não cita Mânlio Vulsão.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita V, 2, 18

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • T. Robert S., Broughton (1951). «XV». The Magistrates of the Roman Republic. Volume I, 509 B.C. - 100 B.C. (em inglês). I. Nova Iorque: The American Philological Association. 578 páginas