Rafael Hernández Marín

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Rafael Hernández Marín
Rafael Hernández Marín
Pseudônimo(s) El Jibarito
Nascimento 24 de outubro de 1892
Aguadilla
Morte 24 de outubro de 1892 (-74 anos)
San Juan
Ocupação Músico

Rafael Hernández Marín, também conhecido como El Jibarito (Aguadilla, 24 de outubro de 1892San Juan, 11 de dezembro de 1965), foi um cantor, compositor e instrumentista porto-riquenho, considerado um dos mais importantes daquele país no século XX.[1]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Começou sua educação musical com a idade de doze anos, com os professores Jose Ruellán Lequerica e Jesus Figueroa, com uma formação multi-instrumentista, aprendendo violino, trombone, violão, corneta e piano.[1]

Na adolescência mudou-se para San Juan; na capital da ilha tocou na orquestra municipal sob a regência de Manuel Tizól. Em 1912 compôs sua primeira canção, chamada "Maria e Vitoria" e, com a eclosão da I Guerra Mundial, serviu nas Forças Armadas dos Estados Unidos, ali tocando na banda marcial.[1]

Após o serviço militar mudou-se para Nova York onde figurou como uma das mais importantes figuras porto-riquenhos ali radicadas a exemplo de Luis Muñoz Marín, Luis Lloréns Torres ou o poeta Luis Palés Matos; mais tarde mudou-se para Havana, a fim de reger a orquestra do Teatro Fausto, onde permaneceu por quatro anos até retornar aos EUA onde organizou o Trio Borinquen de breve duração mas que lançou sucessos como “Siciliana”, “Me la pagarás” e “Menéalo”; dissolvido este grupo ele fundou o Conjunto Victoria, no qual viveu o melhor momento de sua carreira.[1]

No começo da década de 1940 ele foi ao México para cumprir um contrato de três meses, e acabou por permanecer naquele país por dezesseis anos, período no qual retomou os estudos e graduou-se no Conservatório Nacional de Música como professor de harmonia, composição e contraponto, de forma que o México é considerado sua segunda pátria; em 1953 voltou a Porto Rico, onde realizou apresentações de sucesso na ilha, vindo a trabalhar como consultor musical da emissora radiofônica estatal e presidiu a Associação de Compositores e Autores de Porto Rico entre 1956 e 1959, além de atuar em várias causas locais, como a criação da liga juvenil de beisebol.[1]

Após uma longa luta contra o câncer, Hernández veio a falecer em 11 de dezembro de 1965.[1]

Principais composições[editar | editar código-fonte]

Deixou mais de três mil composições, em variados gêneros, das quais a mais famosa é o Lamento Borincano, regravada por diversos artistas; outros sucessos incluem Ausencia, El Cumbanchero, No Me Quieras Tanto, Campanitas de Cristal, Preciosa e "Silencio", considerados clássicos da música latina.[1]

Sua canção “Qué chula es Puebla” é considerada pelos moradores do estado mexicano de Puebla como seu hino não-oficial e os dominicanos consideram “Linda Quisqueya” como seu segundo hino nacional.[1]

De sua autoria "Perfume de Gardênia", foi sucesso na voz de Bienvenido Granda, ganhou versão em português pelo cantor Waldick Soriano,[2] no Brasil ainda inspirando o título de um filme em 2013[3] e uma banda.[4] O título também é repetido num romance de 1984 da escritora venezuelana Laura Antillano.[5]

Referências

  1. a b c d e f g h Evan Bailyn (2006). «Artists - Hernánez Marín, Rafael». Music of Puerto Rico. Consultado em 15 de junho de 2019. Arquivado do original em 10 de agosto de 2007 
  2. «Waldick Soriano: dados artísticos». Dicionário Cravo Albin de MPB. Consultado em 15 de junho de 2019 
  3. Inácio Araújo (28 de maio de 2013). «Crítica: Perfume de Gardênia traz história plausível de atriz iniciante». Folha de S.Paulo. Consultado em 15 de junho de 2019 
  4. «Perfume de Gardênia completa 13 anos e grava DVD ao vivo em Natal». G1. 25 de setembro de 2015. Consultado em 15 de junho de 2019 
  5. Enelise Arnold (2006). «Gênero e história nas obras "Perfume de gardenia" e "Solitária solidária" da escritora venezuelana Laura Antillano». UFRS. Consultado em 17 de junho de 2019. Cópia arquivada (PDF) em 17 de junho de 2019 
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