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Edward Grey, 1.º Visconde Grey de Fallodon

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Edward Grey
Edward Grey, 1.º Visconde Grey de Fallodon
Grey em 1914
Secretário de Estado para os
Assuntos Estrangeiros
Período 10 de dezembro de 1905
a 10 de dezembro de 1916
Dados pessoais
Nome completo Edward Grey
Nascimento 25 de abril de 1862
Oxford, Inglaterra,  Reino Unido
Morte 7 de setembro de 1933 (71 anos)
Fallodon, Inglaterra,
 Reino Unido
Progenitores Mãe: Harriet Jane Pearson
Pai: George Henry Gray
Partido Partido Liberal

Edward Grey, 1.º Visconde Grey de Fallodon (Londres, 25 de abril de 1862 - Fallodon, 7 de setembro de 1933) foi um político e diplomata inglês e ex-secretário das Relações Exteriores da Grã-Bretanha.[1]

Era filho de tenente-coronel George Henry Gray e Harriet Jane Pearson. Casou-se com Dorothy Widdrington em 20 de outubro 1885, casou-se em segundas núpcias com Pamela Adelaide Genevieve Wyndham em 2 de junho de 1922. Estudou no Winchester College, em Hampshire.[2]

Adepto do "Novo Liberalismo",[3] atuou como secretário de Relações Exteriores de 1905 a 1916, o mais longo mandato contínuo de qualquer titular desse cargo. Ele renovou a aliança de 1902 com o Japão em 1911. A peça central de sua política era a defesa da França contra a agressão alemã, evitando uma aliança vinculante com Paris. Apoiou a França nas crises marroquinas de 1905 e 1911. Outra grande conquista foi a entente anglo-russa de 1907. Ele resolveu um conflito pendente com a Alemanha sobre a ferrovia de Bagdá em 1913. Sua ação mais importante veio na crise de julho em 1914, quando liderou a Grã-Bretanha na Primeira Guerra Mundial contra a Alemanha. Ele convenceu o gabinete liberal de que a Grã-Bretanha tinha a obrigação e a honra de defender a França e impedir a Alemanha de controlar a Europa Ocidental. Uma vez que a guerra começou, havia pouco papel para sua diplomacia; ele perdeu o cargo em dezembro de 1916. Em 1919 ele era um dos principais apoiadores britânicos da Liga das Nações.

Foi quando exercia seu secretariado nas Relações Exteriores da Grã-Bretanha que eclodiu a Primeira Guerra Mundial.[4] É autor da célebre frase "As Luzes se apagam em toda a Europa, não voltaremos a vê-las acender-se em nosso tempo de vida", dita no dia em que a Grã-Bretanha e Alemanha foram à guerra, em 4 de agosto de 1914.[5][6]

Ele assinou o Acordo Sykes-Picot em 16 de maio de 1916. Ele foi enobrecido em 1916, antes de ser o 3º Baronete Gray de Fallodon, e foi embaixador nos Estados Unidos entre 1919 e 1920 e líder da o Partido Liberal na Câmara dos Lordes entre 1923 e 1924.[7][8]

Com a ascensão de Lloyd George ao poder como primeiro-ministro em dezembro de 1916, Grey foi substituído por Arthur Balfour como secretário das Relações Exteriores. Posteriormente se tornou líder da Câmara dos Lordes.[9]

Morreu em 7 de setembro de 1933 aos 71 anos.[2]

Referências

  1. «Sir Edward Grey de Fallodon». Biografias y Vidas (em espanhol). Consultado em 18 de fevereiro de 2016 
  2. a b «Edward Grey, 1st Viscount Grey of Fallodon». The Peerage (em inglês). Consultado em 18 de fevereiro de 2016 
  3. Finn, Margot C. «The Reform League, Union, and International». After Chartism: Class and Nation in English Radical Politics 1848-1874. [S.l.]: Cambridge University Press. p. 259 
  4. «Sir Edward Grey, 3rd Baronet». Encyclopedia Britannica (em inglês). Consultado em 18 de fevereiro de 2016 
  5. HOBSBAWM, Eric. Era dos Extremos: o breve século XX: 1914-1991. Trad. Marcos Santarrita. São Paulo: Companhia das Letras, 1995, pág. 30.
  6. «Britânicos apagam as luzes para lembrar a I Guerra Mundial». Uol Notícias. Consultado em 18 de fevereiro de 2016 
  7. «Archived copy» (PDF). Cópia arquivada (PDF) em 27 de março de 2009  p. 8.
  8. Viscount Grey of Fallodon: Twenty-Five Years 1892-1916 (New York, 1925) p. 20 books.google.
  9. «Who's Who - Sir Edward Grey». firstworldwar.com (em inglês). Consultado em 18 de fevereiro de 2016