Sociedade Nordestina de Ecologia

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Trecho da Mata Atlântica em Olinda - PE

A Sociedade Nordestina de Ecologia – SNE é uma organização não governamental, cujo objetivo é juntar indivíduos e instituições que trabalham com o meio ambiente. Iniciando seus trabalhos em agosto de 1986, ela possui como extensão geográfica de atuação dos nove estados do Nordeste, embora tenha concentrado nos últimos anos os seus projetos e atividades, em Pernambuco, onde está sediada.[1][2] Tendo como objetivo articular pessoas e instituições para a proteção do meio ambiente, a SNE teve grande participação no mapeamento da Mata Atlântica em parceria com a ONG SOS Mata Atlântica.[3] A instituição ganhou o Prêmio Muriqui em 1993 e Prêmio Vasconcelos Sobrinho 2012 - na categoria Participação Comunitária.[2]

A organização promove e incentiva o estudo da ecologia, desenvolve ferramentas pedagógicas e de planejamento participativo, além de implementar ações e projetos que visam o desenvolvimento sustentável. A SNE atua em diversas questões ligadas à temática ambiental, as principais são: as estratégias de desenvolvimento locais e regionais; as políticas ambientais no âmbito dos municípios, estados e federação; a proteção dos ecossistemas nordestinos; a educação ambiental, o uso sustentável dos recursos naturais; a produção de mudas de essências nativas, principalmente da Mata Atlântica; o reflorestamento e a recuperação de áreas degradadas.[3]

Em 2005, a SNE lançou o Projeto Reflorestágua – Reflorestando e Protegendo as Águas do Tapacurá, com financiamento da Petrobrás Ambiental, cujo objetivo era melhorar a qualidade ambiental e social da bacia do rio Tapacurá. No Início, os municípios de Pombos e de Vitória de Santo Antão foram escolhidos para atuação do projeto; entre os seis municípios integrantes da bacia, essa escolha foi feita porque esses dois municípios representam quase 80% da área.[1] O projeto tem como objetivo a melhoria das condições socioambientais da Bacia Hidrográfica do Tapacurá, por meio de ações que atuam de forma integrada, a exemplo da educação ambiental, mobilização social, monitoramento da água e políticas públicas.[4]

Segundo a então gerente executiva do projeto Reflorestágua, Maíra Braga, o projeto foi organizado em fases. Na primeira fase, entre 2005 e 2006, foram plantadas mais de 52 mil mudas em cerca de 32 hectares. Na segunda fase, a meta é atingir o plantio de 55 mil mudas, envolvendo todos os municípios da Bacia do Tapacurá. Em 2009, a SNE, em parceria com a Prefeitura do município de Moreno, realizou o plantio participativo de 100 mudas nas margens do Rio Jaboatão, como ação da segunda fase.[4]

No reflorestamento serão usadas as espécies Ipês Amarelo, Roxo e Lilás, Oiti, Mororó, Caibera e Jucá. Indicadas para margens de rios, as mudas são produzidas no viveiro de Itapissuma (Região Metropolitana do Recife), que integra o Posto Avançado da Reserva de Biosfera da Mata Atlântica (RBMA) e é considerada a maior sementeira de Pernambuco de espécies nativas da Mata Atlântica.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Ferreira, Leonardo Rodrigues (11 de dezembro de 2020). «Assistência Técnica Rural: o caso da Sociedade Nordestina de Ecologia em Pernambuco». Revista Terra & Cultura: Cadernos de Ensino e Pesquisa (71): 66–82. ISSN 2596-2809. Consultado em 22 de novembro de 2022 
  2. a b Yellow.Place. «Sociedade Nordestina de Ecologia - Recife, Brasil». Yellow.Place. Consultado em 22 de novembro de 2022 
  3. a b «Erguendo árvores e edifícios». Museu da Pessoa. Consultado em 22 de novembro de 2022 
  4. a b c «Sociedade Nordestina de Ecologia (SNE) realiza plantio de 8 mil mudas no município de Moreno». EcoDebate. 19 de junho de 2009. Consultado em 22 de novembro de 2022