Um Deus Dormiu Lá em Casa

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Um Deus Dormiu Lá em Casa é o título de uma premiada peça teatral de comédia do escritor e teatrólogo brasileiro Guilherme Figueiredo que teve sua estreia a 13 de dezembro de 1949 no Teatro Copacabana do Rio de Janeiro e que contou no seu elenco com Paulo Autran e Tônia Carrero.[1]

Enredo[editar | editar código-fonte]

Na estória o autor transpõe a conduta de playboy do bon-vivant carioca Jorge Guinle para o ambiente da mitologia clássica.[2]

Fazendo uma paródia da obra de Plauto Anfitrião que retrata a infidelidade conjugal, Figueiredo inova ao introduzir com irreverência os personagens Creonte e Tirésias da tragédia Édipo Rei de Sófocles, bem como por excluir as figuras das deidades Júpiter e Mercúrio e ainda por não conservar da obra original os personagens Blefarão e Brômia, ao passo em que introduz a escrava Tessala, esposa de Sósia.[3]

Numa ambientação à cultura brasileira Figueiredo insere a voz de um narrador oculto denominado "Demagogós"; deste modo ele substantiva o adjetivo demagogo, como a retratar os políticos do país, e cria um neologismo híbrido entre o grego "demos" (povo) com "gogó", brasileirismo para "goela, garganta, pomo de Adão".[3]

Ficha técnica e premiações[editar | editar código-fonte]

Pelo texto Figueiredo recebeu os prêmios da Academia Brasileira de Letras e da Associação Brasileira de Críticos de Teatro; a ABCT ainda concedeu medalha de ouro a Silveira Sampaio por sua direção e Carrero venceu o Prêmio da Associação de Críticos Cariocas.[1]

Armando Couto foi assistente de direção; cenografia e figurino por Carlos Arthur Thiré; Jorge Coutinho fez a sonoplastia, em produção da Companhia Fernando de Barros. O elenco principal ficou assim constituído:[1]

  • Armando Couto (como Sósia)
  • Paulo Autran (como Anfitrião)
  • Tônia Carrero (como Alcmena)
  • Vera Nunes (como Tessala)

Referências

  1. a b c «Um Deus Dormiu Lá em Casa». Enciclopédia Itaú Cultural de Arte e Cultura Brasileiras. 19 de outubro de 2019. Consultado em 27 de junho de 2019. Cópia arquivada em 28 de junho de 2019 
  2. Amós Coelho da Silva (2005). «A Contaminatio de Plauto» (PDF). Anais da XXV Semana de Estudos Clássicos (pág. 25 e seg.). Consultado em 16 de setembro de 2017. Cópia arquivada em 16 de setembro de 2017 
  3. a b Lidia Bantim Frambach. «Um Deus dormiu lá em casa: o eu e seu duplo em Guilherme Figueiredo» (PDF). UERJ. Consultado em 27 de junho de 2019. Cópia arquivada em 28 de junho de 2019 
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