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Bancada Ativista

Bancada Ativista é um movimento político, fundado em 2016, que atua elegendo ativistas para o poder legislativo de São Paulo. É considerado um movimento de renovação política do Brasil, que trabalha de maneira independente, pluripartidária, colaborativa e é composto de voluntários, com o intuito de impulsionar candidaturas e diversificar, assim como renovar, a política tradicional brasileira.[1][2][3][4][5]

O grupo é formado por alguns princípios, como de que é preciso ter uma representação na política maior e mais diversificada, com uma ampla participação popular e dos movimentos sociais, mudando o protagonismo político. Também é considerado parte de uma política de experimentação e mais representativa.[1][5]

A Bancada Ativista atua em tópicos tipicamente ligados a ideais mais progressistas, como os Direitos Humanos, direitos iguais e a defesa da democracia.[6] O grupo também têm propostas mais específicas, como a luta a favor das minorias (movimento negro, indígena, LGBTQ+, feminista e pessoas com deficiência), meio ambiente e a desmilitarização da Polícia Militar.[1][3][5][7][8]

No Brasil, existem outros grupos de parlamentares com funcionamento similar, de candidatura coletiva, como o Juntas, liderado por Jô Cavalcanti, em Pernambuco.[8][9]

Atuação nas eleições[editar | editar código-fonte]

Nas eleições de 2016, a Bancada Ativista reuniu oito candidatos de dois partidos, o PSOL e o Rede, para a Câmera Municipal. Cada candidato tinha sua própria candidatura e campanha eleitoral, concomitantemente a atuação da Bancada Ativista. A candidata Sâmia Bomfim, do PSOL, eleita em 2016, era ligada à bancada. Outros candidatos também participaram, como Marcio Black (Rede), Adriana Vasconcellos (PSOL), Douglas Belchior (PSOL), Isa Penna (PSOL), Marina Helou (Rede), Pedro Markun (candidato independente pelo REDE) e Todd Tomorrow (PSOL).[2][5][10][11][12]

Em 2018, a Bancada Ativista reuniu nove co-candidatos a deputado estadual na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP). Foi eleita com uma candidatura coletiva, representada apenas por Mônica Seixas, uma vez que, de acordo com o Código Eleitoral brasileiro, apenas uma pessoa física pode aparecer nas urnas.[3][7] Conseguiu reunir 149.844 votos, tornando-se a maior votação que uma candidatura coletiva ou compartilhada já teve no Brasil, além da 10ª candidatura com mais votos do estado de São Paulo no ano de 2018.[13][4][12][8][9]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Bancada Ativista: os candidatos das pautas progressistas». CartaCapital. 20 de setembro 2016. Consultado em 5 de julho de 2020 
  2. a b Venturini, Lilian (3 de julho de 2016). «Como 9 jovens querem mudar a lógica eleitoral ao disputar a Câmera de SP». Nexo. Consultado em 5 de julho de 2020 
  3. a b c Bocchini, Bruno (11 de outubro de 2018). «Candidatura coletiva é eleita pela primeira vez em São Paulo». Agência Brasil. Consultado em 5 de julho de 2020 
  4. a b Pinto, Pâmela (Outubro de 2019). «Comunicação e política: interfaces em esferas regionais». Research Gate. Consultado em 5 de julho de 2020 
  5. a b c d Faria, Flávia (2018). «Participação, Renovação e ocupação: limites da representação e experiências de transformação política na cidade de São Paulo». Revista Contraponto. Consultado em 5 de julho de 2020 
  6. Byckling, Lauri; Heasman, Lia; Aavikko, Pekka; Tolonen, Ella (2019). «Prevailing social mobilisation models around the world: how political parties and other organisations strive to engage, activate and inspire citizens». Sitra memorandum. Consultado em 5 de julho de 2020 
  7. a b «Candidatos das periferias apostam em mandato coletivo para conquistar vaga». Folha de S. Paulo. 5 de outubro de 2018. Consultado em 5 de julho de 2020 
  8. a b c «Mandatos coletivos e compartilhados: inovação na representação legislativa no Brasil e no mundo» (PDF). Fevereiro de 2019. Consultado em 5 de julho de 2020 
  9. a b Inácio, Lorraine Araújo (Setembro de 2019). «Entre as ruas e o parlamento: o caso das Muitas e os dilemas dos novos atores políticos do Brasil pós-2013 na construção de uma viabilidade eleitoral» (PDF). Rio de Janeiro. Consultado em 5 de julho de 2020 
  10. Linhares, Carolina; Reverbel, Paula (27 de julho de 2016). «Movimentos populares terão candidatos a vereador em São Paulo». Folha de S. Paulo. Consultado em 5 de julho de 2020 
  11. Frazão, Felipe (7 de outubro de 2016). «O desempenho nas urnas de Raps, MBL, UNE e Bancada Ativista». Veja. Consultado em 5 de julho de 2020 
  12. a b Lopes Campos, Bárbara (Julho de 2019). «"Juntas em um único número na urna": um estudo comparado das experiências de mandatos coletivos a nível municipal e estadual no Brasil». 7º Encontro da ABRI – Atores e Agendas: Interconexões, Desafios e Oportunidades 
  13. «Candidatura coletiva: como o voto em um representante elegeu nove». Jornal do Campus. 5 de novembro de 2018. Consultado em 5 de julho de 2020