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Museu da imigração Japonesa no Brasil
C.alegre/Testes
Tipo História
Inauguração 1978
Geografia
Localidade São Paulo

O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil fica no bairro da Liberdade no centro da cidade de São Paulo (Brasil), mais precisamente na rua Joaquim 381.[1] Esse possui mais 97 mil peças históricas no acervo, incluindo fotos, filmes e videos,[2] foi inaugurado no 18 junho de 1978 pela Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa para a celebração do 70º aniversário da imigração japonesa no Brasil. A cerimônia de abertura foi prestigiada pelo então príncipe-herdeiro Akihito do Japão e pelo presidente da República Ernesto Geisel. O centanário do museu ocorreu no ano 2008 e foi comemorado também.[3]

Propósito[editar | editar código-fonte]

O museu além de mostrar as famílias japonesas e como elas chegaram no Brasil,[4] retrata a história vivida pelos imigrantes, que vieram para o Brasil em 1895, mostrando as dificuldades, primeiras opiniões sobre o novo ambiente e como estabeleceram seu lugar no país.[5]

Sistema de Busca[editar | editar código-fonte]

O Museu possui um sistema que permite com que as pessoas de origem japonesa descubram uma série de informações sobre parentes imigrantes através de seu nome e sobrenome como, data de saída e chegada no Brasil, onde chegaram, sua província, este sistema se encontra no oitavo andar do edifício. Tendo a possibilidade ainda de serem feitas através de um sistema no próprio museu ou até mesmo online.[6]

Imigração japonesa para o Brasil[editar | editar código-fonte]

Artigos de Espotes no Museu Histórico da Imigração Japonesa.

O principal fator da Imigração Japonesa para o Brasil, que começou no século XX, foi para suprir uma demanda da falta de mão-de-obra estrangeira nas lavouras de café, o momento pelo qual o Japão passava era de crescimento populacional (superpopulação), por conta de não conseguir gerar emprego para toda população que lá havia, foi feito um acordo imigratório entre o governo dos dois países para favorecê-los. Kasuto-Maru (símbolo do início da comunidade japonesa no Brasil)[7] foi o primeiro navio japonês a chegar no Brasil, esse saiu do porto de Kobe e parou na cidade de Santos (litoral brasileiro) com 65 famílias abordo.[8][9]

Nos últimos 10 anos de imigração foram computados cerca de 15 mil estrangeiros no território brasileiro, número que aumentou após o início da Primeira Guerra Mundial. A preferência de região escolhidas peplos imigrantes era a cidade de São Paulo por conta de já haverem bairros e colônias de suas origens no local, mas ainda assim alguns se espalharam pelo país trabalhando naquilo que se havia necessidade e se adequando com a nova cultura.[10] Os imigrantes tinham a intenção de enriquecer no Brasil e depois voltar para o Japão, porém não era fácil na época enriquecer em terras brasileiras.

Na segunda guerra mundial a imigração da população japonesa para o Brasil parou e só voltou a acontecer com o termino da mesma. Isso ocorreu pelo fato do Japão e o Brasil estarem em lados opostos da guerra (Japão ficou contra os Estados Unidos da América), fazendo com que os imigrantes que já estavam aqui fossem perseguidos e o uso da língua japonesa ser proibido.[8][11][12]

Pós-Guerra: Os novos meios de vida[editar | editar código-fonte]

Esta parte fica dentro do 9º andar do museu, construído em 1997 conta com um acervo relativo aos 50 anos do pós-guerra. Os objetos e documentos contidos no museu são separados por três divisões:

  1. O alvorecer das novas relações bilaterais;
  2. Mudanças na comunidade nikkei;
  3. O desenvolvimento de uma nova era.

Dentro desses temas estão envolvidos todos os documentos sobre o reatamento das relações diplomáticas entre o Brasil e o Japão em 1952, até os dias atuais.

Divisões[editar | editar código-fonte]

Entrada Museu Histórico da Imigração Japonesa.

O museu possui uma área expositiva de 1.592 m², é dividido em 3 andares da Sociedade Brasileira da Cultura japonesa, o sétimo, o oitavo e o nono, sendo que esse ficou pronto no ano de 2000. Sobre os andares do prédio, o 7º e o 8º andar foram construídos em 1978, local é constituído por um acervo de documentos e objetos que abrangem desde a assinatura do Tratado da Amizade entre Brasil e Japão em 1895 possui documentos ainda sobre a chegada dos primeiros imigrantes em 1908 e sobre os núcleos coloniais a partir de 1913. O 9º andar foi construído apenas nos anos 2000 lá pertence toda a parte dos 50 anos pós guerra, todas os registros sobre as mudanças da comunidade nikkei, a vinda das empresas japonesas, como os nipo-brasileiros que contribuíram para a agricultura brasileira, mas não apenas neste ramo, também atuaram nos comércios, industrias, jurídicas, militares, artísticas, acadêmicas, políticas, e de prestações de serviços.

No Terceiro andar existe ainda uma biblioteca que possui um enorme acervo com objetos que somados são mais de 5 mil, e 28 mil documentos escritos como diários, jornais livros e revistas e ainda 10 mil fotos relacionadas aos imigrantes japoneses, porém quem possui acesso a este local são pesquisadores, escritores e jornalistas. Resumidamente na primeira parte do museu apresenta ao público a relação diplomática entre o Japão e o Brasil, mostrando também a vida/trabalho dos imigrantes japoneses. A segunda parte mostra como o povo japonês contribuiu para a agricultura do Brasil, além de mostrar esse povo na Segunda Guerra Mundial. O terceiro andar e parte foca no Pós-Guerra.[13]

Edifício Bunkyo[editar | editar código-fonte]

O Museu Histórico da Imigração Japonesa fica localizado dentro do edifício Bunkyo[14] e foi construído como parte de comemoração dos 50 anos da imigração japonesa no Brasil pelo príncipe Mikasa. O terreno possui um total de 17.000 m² e o prédio tem um total de 9 andares dentre eles a Secretaria do Bunkyo (localizada no térreo), o Museu de Arte Nipo-Brasileiro (1º andar), escritório e biblioteca do Museu da Imigração Japonesa (3º andar) e do 7º ao 9º andar fica a exposição do Museu Histórico da Imigração Japonesa, no prédio ainda tem uma biblioteca localizada no 3º andar que é voltada para pesquisadores, jornalistas e escritores.

O intuito da Sociedade Brasileira da Cultura Japonesa era fazer o registro de todos os momentos desde as chegada do imigrantes japoneses ao Brasil, registros também sobre a adaptação dos imigrantes até a adaptação também quanto a cultura local e seus adequamentos em relação a isso.

Taisho Shogakko era o dono do terreno aonde tinha uma das mais importantes escolas de ensino da comunidade nipo-brasileira na Cidade de São Paulo, o museu enfrentou muitas dificuldades por conta das proibições governamentais da Segunda Guerra Mundial restringindo o ensino de línguas estrangeiras.

Devido a positiva dimensão que se tomou em relação a sua atuação o local passou a ser chamado de Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa em 1968, em 2006 com a abrangência das atividades foi feita uma mudança no nome da instituição para Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social.

O edifício conta ainda com dois auditórios um com uma capacidade de 1.300 pessoas e outro com capacidade para 100, um ginásio esportivo e mais duas salas para reuniões localizadas no 1º andar.[15]

Funcionamento[editar | editar código-fonte]

O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil funciona de terça a domingo, da 13:30 às 17:30.[2]

Galeria[editar | editar código-fonte]

Ligações Externas[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. «Museu Histórico da Imigração Japonesa | Da Redação | VEJA SÃO PAULO». VEJA SÃO PAULO. 18 de fevereiro de 2016 
  2. a b Sampaio, Leandro. «Saiba um pouco mais sobre o Museu da Imigração Japonesa». www.cidadedesaopaulo.com. Consultado em 30 de maio de 2017 
  3. Motoyama, Shozo (30 de dezembro de 2008). «O Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil». Comunicação & Educação. 13 (3): 133–138. ISSN 2316-9125. doi:10.11606/issn.2316-9125.v13i3p133-138 
  4. «Imigração japonesa». www.imigracaojaponesa.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017 
  5. Alcantara, Vilma. «Um passeio pelo Japão numa visita ao Museu Histórico da Imigração Japonesa - Passeios Baratos em São Paulo». passeiosbaratosemsp.com.br. Consultado em 5 de junho de 2017 
  6. «Museu da Imigração Japonesa em São Paulo - ckturistando». ckturistando.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017 
  7. «Navio que trouxe japoneses ao Brasil será resgatado por expedição russa». Folha de S.Paulo 
  8. a b «Imigração Japonesa no Brasil». InfoEscola 
  9. «Aprende Brasil». www.aprendebrasil.com.br. Consultado em 13 de junho de 2017 
  10. Digital, CacauLimão Comunicação. «Imigração Japonesa no Brasil - história, chegada, imigrantes japoneses, Kasato Maru». www.suapesquisa.com. Consultado em 30 de maio de 2017 
  11. «Segunda Guerra Mundial: Japão desafia Estados Unidos». Terra 
  12. «Participação Japonesa | a Segunda Guerra Mundial». asegundaguerramundial.wordpress.com. Consultado em 14 de junho de 2017 
  13. «Museus Museu Histórico da Imigração Japonesa no Brasil - São Paulo - Guia da Semana». Guia da Semana (em inglês). Consultado em 30 de maio de 2017 
  14. Consulting, Nicenova. «Como Chegar de Metro liberdade para Edifício Bunkyo - R. São Joaquim, 381 - Liberdade, São Paulo - SP, 01508-001, Brasil do carro 0,9 km». www.comochegar.com (em inglês). Consultado em 13 de junho de 2017 
  15. «paulistaokaraoke». paulistaokaraoke. Consultado em 13 de junho de 2017