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Black Christmas (bra: Noite do Terror[1]) é um filme canadense de 1974, de terror do subgênero Slasher. Dirigido por Bob Clark e com roteiro de Roy A. Moore; baseado em uma série de assassinatos que ocorreram em Quebec na época do Natal, Os cineastas fizeram várias alterações no roteiro, principalmente a mudança para um ambiente universitário com personagens jovens adultos. Foi filmado em Toronto em 1974 com um orçamento estimado de $ 620.000 e foi distribuído pela Warner Bros. na América do Norte. A trilha sonora é produzida por Carl Zittrer.

Em sua época de lançamento, Black Christmas recebeu avaliações mistas da crítica especializada, mais ao passar dos anos começou a receber uma reavaliação da crítica, com os historiadores de cinema o classificando como um dos primeiros Slasher da história.[2] Recebendo uma nova atenção após influenciar Halloween, de Jhon Carpenter. Ganhando classificação de filme cult desde então[3]. Em 2006, o diretor Glen Morgan lançou uma refilmagem homônima.

Sinopse[editar | editar código-fonte]

Numa fraternidade para garotas, grupo de universitárias enfrentam um serial killer durante as férias de fim de ano.[1]

Elenco[editar | editar código-fonte]

  • Olivia Hussey como Jess Bradford
  • Andrea Martin, Phyllis "Phyl" Carlson
  • Margot Kidder como Barbara "Barb" Coard
  • Keir Dullea como Peter Smythe
  • John Saxon como tenente Fuller Kenneth
  • Marian Waldman como Sra. MacHenry
  • Edmond James Jr. como Sr. Harrison
  • Doug McGrath como Sgt. Nash
  • Art Hindle como Chris Hayden
  • Lynne Griffin como Clear Harrison
  • Michael Rapport como Cornell Patrick
  • Bob Clark como Billy
  • Nick Mancuso como Billy

Produção[editar | editar código-fonte]

Desenvolvimento[editar | editar código-fonte]

Black Christmas foi inicialmente desenvolvido pelo roteirista canadense Roy Moore, que escreveu o roteiro sob o título inicial de Stop Me.[4] A inspiração para o filme veio da lenda urbana conhecida como: "A babá e o homem lá em cima",[5] que se espalhou pelos países (Estados Unidos e Canadá) durante a década de 1970.[6][7] Moore também afirmou ter sido inspirado por uma série de assassinatos que ocorreram durante a temporada de férias na área de Westmount em Montreal.[8][9] Conforme observado em um artigo para o The Telegraph, os assassinatos, que ocorreram em 1943, foram praticados por um menino de quatorze anos que espancou vários de seus familiares até a morte.[10] Os produtores de cinema Harvey Sherman e Richard Schouten fizeram Timothy Bond reescrever o roteiro para dar-lhe um ambiente universitário.[5][11] Clark, que sentiu que o roteiro original tinha um tom muito de um 'filme de terror básico', fez várias alterações nos diálogos,[5] e também incorporou elementos humorísticos ao filme, particularmente a embriaguez de Barb e da Sra. Mac, que Clark escreveu com base em sua tia.[4] Clark sentiu que os universitários e os estudantes de ensino médio não haviam sido retratados com "nenhum senso de realidade" nos filme americanos e que ele pretendia capturar a "astúcia" dos jovens adultos: "[Os] Estudantes universitários - mesmo em 1974 - são pessoas astutas. Eles não são tolos. Nem tudo é 'biquínis, cobertores de praia [e] bingo'."[4]

Escolha de elenco[editar | editar código-fonte]

Olivia Hussey, que já havia conseguido fama internacional por seu papel de Julieta em Romeu e Julieta (1968) de Franco Zeffirelli, assinou o contrato para aparecer no filme depois de ser informado por um médium que a aconselhou a "participar de um filme no Canadá, que ela iria ganhar muito dinheiro."[4]Clark procurou Keir Dullea para interpretar o personagem Peter com base em sua atuação como Dave Bowman em 2001: A Space Odyssey (1968).[4] O papel da Sra. Mac foi oferecido para Bette Davis,[5] que recusou o papel.[4] Margot Kidder foi escalada para o papel de Barb e disse que se sentiu atraída pela personagem "porque ela era selvagem e fora de controle", e não por um "papel principal convencional".[4] Para o papel de Clare Harrison, cujo assassinato inicia o enredo do filme; Lynne Griffin, natural de Toronto, foi escalada para o elenco depois que sua mãe, que também era sua empresária na época, conseguiu um teste para ela. Griffin mais tarde estrelaria Curtains (1983) e na aclamada série de televisão Wind at My Back (1996-2001).[12]

Gilda Radner recebeu o papel de Phyllis Carlson. Ela aceitou o papel, mas desistiu um mês antes do início das filmagens devido aos compromissos com Saturday Night Live, e foi substituída por Andrea Martin.[5][11] O papel do Tenente Fuller foi originalmente dado à Edmond O'Brien. Ao chegar ao set, porém, os produtores perceberam que ele não conseguiria cumprir os deveres exigidos do personagem devido ao seu estado de saúde debilitado (decorrente do Alzheimer).[13] John Saxon, que havia lido o roteiro antes, foi chamado pelos produtores que lhe ofereceram o papel. Ele aceitou e tinha que viajar de Nova York à Toronto em dois dias para começar a filmar.[4] Para o papel do antagonista do filme, o ator ítalo-americano Nick Mancuso foi escalado como uma das vozes principais nas cenas de telefonemas. Quando estava fazendo testes para o papel, O diretor Clark fez Mancuso sentar em uma cadeira de costas para ele, para não ver o rosto do ator. Clark então fez Mancuso experimentar diferentes vozes a fim de encontrar uma que fosse certa para o personagem, após ficar satisfeito com o resultado, Clark mais tarde ofereceu a ele o papel.[10]

Filmagem[editar | editar código-fonte]

Black Christmas foi filmado em Toronto, no inverno de 1973 e 1974. A casa que aparece no filme foi descoberta por Clark enquanto procurava locações, e os seus proprietários concordaram em ceder a casa para a produção do filme.[4] cenas adicionais foram concluídas no campus da Universidade de Toronto.[4] De acordo com John Saxon, Clark tinha meticulosamente desenhado storyboards com tomadas principais, que ele trazia para o set de filmagem todos os dias: "Eu pude entender exatamente o que pensei que ele precisava, e a cena necessária."[4] Cenas do filme envolvendo, os planos em primeira pessoa do assassino, foram realizadas com o uso de uma plataforma projetada pelo operador de câmera; Bert Dunk, que estava preso à cabeça de Dunk enquanto ele subia pela lateral da casa.[13] A cena da morte de Griffin, que foi filmada com uma câmera portátil em um armário real, foi realizada em apenas algumas tomadas. De acordo com Griffin, a surpresa de sua personagem quando o assassino saltou do armário foi genuína, como a atriz mais tarde lembrou: "foi um choque total porque eu realmente não sabia quando esperar que ele pulasse!".[12] Fotos do cadáver de Clare na cadeira de balanço exigiam que a atriz usasse um saco plástico de verdade sobre a cabeça por longos períodos de tempo. Griffin também afirmou que essas cenas foram relativamente fáceis para ela, "Eu era, e ainda sou, uma nadadora razoavelmente boa, então pude prender a respiração por um longo tempo".[12]

Margot Kidder lembra que filmar o filme foi "divertido. Eu realmente me relacionei com Andrea Martin, filmando em Toronto e Ontário. Olivia Hussey era um pouco estranha. Ela estava obcecada com a ideia de se apaixonar por Paul McCartney por meio de sua vidente. Fomos um pouco duros com ela por coisas assim."[14]


Lançamento[editar | editar código-fonte]

Black Christmas foi distribuído no Canadá por Ambassador Film Distributors e lançado em Toronto em 11 de outubro de 1974.  Nos Estados Unidos, a Warner Bros. lançou o filme na semana natalina em 20 de dezembro de 1974.[15] Temendo o fracasso, A Warner Bros. inicialmente mudou o título para Silent Night, Evil Night, temendo que o título original levasse o público a acreditar que o filme era um filme de blaxploitation.[4] Eles retiraram o título após o lançamento inicial, restaurando-o para Black Christmas para as exibições subsequentes.[4] No Brasil, o filme só foi oficialmente lançado em 2006; porém, apenas para DVD.[1]

Recepção[editar | editar código-fonte]

Inicialmente, O filme recebeu análises mistas da crítica especializada. Onde a única coisa positiva que os críticos percebiam era a direção de Bob Clark.

Impacto[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c AdoroCinema, Noite do Terror, consultado em 22 de outubro de 2021 
  2. Paszylx, Bartlomiy (2009). The pleasure and pain of cult horror films: Ano historical survey. Estados Unidos: McFarland. pp. 6–135. ISBN 978-0-786-43695-8 
  3. Jenkins, Philip (2006). Decade of nightmares : the end of the sixties and the making of eighties America. Internet Archive. Estados Unidos: New York : Oxford University Press. p. 146. ISBN 978-0-195-34158-4 
  4. a b c d e f g h i j k l m "Black Christmas". On Screen!. Canadian Television. (22 de Julho de 2005)
  5. a b c d e Smith, Richard Harland (18 de Dezembro de 2016). «"Black Christimas (1974)"». Turner Classic Movies 
  6. Brunvand, Jan Harold ((2012)). Encyclopedia of urbana legends. Estados Unidos: ABC-CLIO. pp. 46–47. ISBN 978-1-59884-720-8  Verifique data em: |ano= (ajuda)
  7. Schubach, Alanna (2021). «The Man Upstairs». Sewanee Review (3): 429–451. ISSN 1934-421X. doi:10.1353/sew.2021.0034. Consultado em 22 de outubro de 2021 
  8. Dupuis, Chris (28 de Outubro de 2016). «Homegrown horror: 5 canadian Scary movies you need to watch This Halloween». Canadian Broadcasting. Consultado em 22 de Outubro de 2021 
  9. Dan Duffin (diretor) (2006). "The 12 days of Black Christimas". DVD Canadá
  10. a b Power, Ed. «The Curse Black Christimas: the mon behind the power on The slasher film that ruined his carrer». "The Telegraph" 
  11. a b "Black Christimas legacy" (documentário). Black Christimas (Blu-ray). Scream factory (2016)
  12. a b c «Six for Her Scythe: An Interview with Lynne Griffin: Part I | The Terror Trap». www.terrortrap.com. Consultado em 22 de outubro de 2021 
  13. a b «13 things you didn't know about Black Christimas». "Chiller". 25 de dezembro de 2015 
  14. «Random Roles: Margot Kidder». "The A.V. Club" [ligação inativa] 
  15. «Black Christmas». Box Office Mojo. Consultado em 22 de outubro de 2021