Usuário:Luiscaro/Cadeia de fornecimento

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Cadeia de fornecimento é o grupo de fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na criação e no desenvolvimento dos seus produtos. Pode ser entendido também como uma forma de colaboração entre fornecedores, retalhistas e consumidores para a criação de valor. Cadeia de fornecimento pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento, cujo objectivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e serviços de vários fornecedores ligados. A cadeia de fornecimento, no entanto, não está limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido Fornecedor -> Cliente. Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre outros, no sentido Cliente -> Fornecedor (Ayers, 2001, p. 4-5).

O Supply Chain Management (SCM) é a gestão da cadeia de fornecimento. Segundo alguns estudiosos, a competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de fornecimento. A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a cadeia permite aos executivos avaliar, pontos fortes, e pontos fracos na sua cadeia de fornecimento, auxiliando a tomada de decisões que resultam na redução de custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando a competitividade do produto e/ou criando valor agregado e diferenciais em relação a concorrência (Shapiro, 2001, p. 4).

Os resultados que se esperam da utilização de sistemas que automatizem o SCM são:

  • Reduzir custos;
  • Aumentar a eficiência;
  • Ampliar os lucros;
  • Melhorar os tempos de ciclos da cadeia de fornecimento;
  • Melhorar o desempenho nos relacionamentos com clientes e fornecedores;
  • Desenvolver serviços de valor acrescentado que dão a uma empresa uma vantagem competitiva;
  • Obter o produto certo, no lugar certo, na quantidade certa e com o menor custo;
  • Manter o menor estoque possível.

Os componentes do SCM são:

  • Planeamento da procura (previsão);
  • Colaboração da procura (processo de resolução colaborativa para determinar consensos de previsão);
  • Comprometimento de pedidos (quando alguém promete um produto para um cliente, levando em conta tempo de duração e retribuições);
  • Optimização da rede estratégica (quais productos as plantas e centros de distribuição devem servir ao mercado) - mensal ou anual;
  • Produção e planeamento da distribuição (coordenar os planos rais de produção e distribuição para todo o empreendimento) - diário;
  • Calendário de Produção (para uma instalação única(criar um calendário de produção viável) - minuto a minuto;
  • Planeamento da redução de custos e gestão do desempenho - diagnostico do potencial e de indicadores, estratégia e planificação da organização, resolução de problemas em real time, avaliação e relatórios contabilisticos, avaliação de relatórios de qualidade.

Esses resultados são obtidos à medida que a gestão da cadeia de fornecimento simplificar e acelerar as operações que estão relacionadas com a forma como os pedidos do cliente são processados pelo sistema, até serem atendidos, e também, com a forma das matérias-primas serem adquiridas, e entregues, pelos processos de fabricação e distribuição.

Concluindo, é fundamental que as empresas se preocupem com a integração desses conjuntos de soluções de gestão, automatizadas através da tecnologia de informação (Simchi-Levi, 2003), pois só assim será possível obter maior vantagem estratégica e competitiva.

Uma boa gestão da cadeia de fornecimento, começa na avaliação dos gastos, no modelo atual de compras, na avaliação dos índices financeiros aplicados na renovação dos contratos por fornecedores e etc (Simchi-Levi, 2003), não basta colocar um software de administração da cadeia, se não alterar o modelo de gerenciamento. A idéia do Supply Chain, é reduzir as atividades táticas, ampliando a ação estratégica.

A área de fornecimento/logística hoje, diferentemente de ontem, é responsável pelos resultados da empresa, a sinergia - ação dos órgãos simultaneamente, desenvolvida entre os departamentos fortalece a área que hoje, não só acompanha a aplicação dos contratos, mas como é responsável por todo o período de negociação (Chaib-Draa, 2006). Os fornecedores nesse momento, passam a ser parceiros no desenvolvimento de produtos, a quantidade de fornecedores é reduzida e o controle dos KPI´s acordados passam a ser melhor administrados, vis a vis, a possibilidade de relatórios emitidos pela ferramenta utilizada, com equalizações e demonstrativos de resultados.

Cadeia de fornecimento interna[editar | editar código-fonte]

A cadeia de fornecimento interna é a parte da cadeia de fornecimento que ocorre no interior de uma organização (Handfield, 2002, p.48-49). Dada a organização de estruturas internacionais, mutidivisionais, em muitos negócios, é habitual a cadeia de fornecimento interna ter ligações espalhadas pelo mundo podendo, por isso, estas cadeias serem complexas. De modo a desenvolver e compreender a cadeia de fornecimento interna, é necessário recorrer à gestão da cadeia de fornecimento (SCM). Por vezes, os funcionários de uma dada divisão da empresa, vêem as outras divisões, da mesma empresa do mesmo modo que vêem os consumidores ou os fornecedores, o que, por vezes, causa conflitos entre as várias divisões de uma empresa. A utilização e desenvolvimento de mapas de processo (cartas de fluxo) ajuda a melhor compreender a cadeia de fornecimento interna das cadeias de fornecimentos maiores. Este desenvolvimento é mais eficaz se forem utilizadas equipas com elementos das várias divisões. De modo a facilitar o processo de mapeamento das actividades, cada membro da equipa deve receber instruções acerca da convenção de mapeamento a ser utilizada, bem como outras informações necessárias. Cada membro da equipa deve registar cada passo da parte da cadeia de fornecimento que representa, juntamente com informações de desempenho. Após todos os passos terem sido registados pelos membros da equipa, as informações recolhidas são expostas numa reunião com todos os membros, de modo a proceder à elaboração do mapa da cadeia de fornecimento interna. O comprador definitivamente passa a ter total visualização de todo o processo.

Processos[editar | editar código-fonte]

Abaixo um exemplo de cadeia de fornecimento, quanto aos gastos e despesas da empresa:

Linha de processos envolvidos
Marketing
Planeamento/Controle/Produção (PCP)
Fornecedores
Carga/Armazenagem
Produção
Stock
Serviço ao Cliente
Marketing (retorno)

Todos o processos envolvem clientes, distribuição, produção e fornecedores.

Sendo:

  • Marketing é essencialmente a arte de enviar uma mensagem a potenciais clientes e também ao mesmo tempo para os actuais clientes, de modo a cativar a compra do produto em questão. Envolvendo: faixa etária, poder aquisitivo, classe social, localização, concorrente; alem da função de propaganda e sistemas promocionais. As empresas reconhecem a importância do marketing e direcionam uma boa parte de seus recursos humanos e financeiros a essa atividade.
  • PPCP (Planeamento, Programação e Controle da Produção): também conhecida como a Logística de produção, é um segmento da industria automatizada, que trata da gestão e controlo de mão de obra, material e informação no processo productivo (Flexlink, 2008). Devido à grande complexidade que as grandes plataformas industriais apresentam, dada à enorme quantidade de materiais, operários e maquinas, a gestão destes recursos é feita maioritariamente através de processos informáticos. São estes processos logísticos contínuos de controlo da produção e também das encomendas, que se dá o nome de PPCP. «Uma logística de produção eficiente resulta em tempo e dinheiro ganho na produção» (Allen, 2001, p.215). Esta área é, assim, essencial para o sucesso das empresas na economia de um mercado global existente, uma vez que se preocupa com o aperfeiçoamento de tarefas fabris, quer pela adição de processos mais eficazes, quer pela eliminação de outros desnecessários.
  • Fornecedores: fornecedores da matéria-prima, devem ser tratadas como parceiros, devendo até serem convidados a verem a produção; participar da produção, do dia a dia da empresa; já que ambos os conhecimentos podem atuar juntos, surgindo assim uma estrutura de competência altíssima.
  • Stock/Armazenagem: a realização de auditorias é importante para o controle dos materiais que entram na empresa, verificando se os mesmos não estão em excesso.

Para melhor explorarmos a cadeia de fornecimento, entramos na logística empresarial que é o estudo da cadeia de fornecimento. Temos então, as Atividades Primárias e as Secundárias.

  • Atividades Primárias
    • Transportes
    • Manutenção de estoques
    • Processamento de pedido
  • Atividades Secundárias
    • Armazenagem
    • Manuseio de materiais
    • Embalagem de materiais
    • Obtenção (seleção de fontes, quantidades de compra)
    • Programação do produto (distribuição - fluxo de saída - oriente programação PCP)
    • Manutenção de informação (base de dados gerada pela cadeia - fonte de dados para futuros planejamentos.

Referências[editar | editar código-fonte]