Vinho Mariani

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Publicidade do vinho Mariani

O Vinho Mariani (em francês: Vin Mariani) era uma bebida que continha vinho de Bordeaux e extratos de folha de coca. Foi criada em 1863 por Angelo Mariani, que a promovia atribuindo-lhe uma grande quantidade de propriedades terapêuticas. A bebida gozou de grande popularidade entre artistas e intelectuais europeus da época. Alguns afirmam que os papas Pio IX e Leão XIII foram especialmente entusiastas do tônico. Inspirou a Coca-Cola, inicialmente uma mistura semelhante.[1]

O vinho tem sido reproduzido por VinMariani.fr.

Ação farmacológica[editar | editar código-fonte]

A mistura de álcool etílico e cocaína contida no Vinho Mariani provoca tanto efeitos estimulantes como depressores no sistema nervoso central, com maior toxicidade devido à formação hepática do metabólito cocaetileno, bem como maior potencial de causar sobredose.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. Valois, Louis (2016). Direito penal da guerra às drogas. Belo Horizonte: D'Plácido 
  2. Ferreira, Pedro Eugênio M.; Martini, Rodrigo K. (junho de 2001). «Cocaína: lendas, história e abuso». Brazilian Journal of Psychiatry: 96. ISSN 1516-4446. doi:10.1590/S1516-44462001000200008. Consultado em 12 de outubro de 2022. Ainda no século XIX, mais precisamente no ano de 1863, um químico da Córsega, Ângelo Mariani, inventou uma mistura de folhas de coca com vinho, denominando-a de "Vin Mariani". Essa bebida foi experimentada e apreciada por pessoas famosas, como Thomas Edson, H. G. Wells, Jules Verne e o Papa Leo XVIII, que premiou o químico com uma medalha de ouro. Em média, um litro de vinho continha entre 150 mg e não mais que 300 mg de cocaína. Assim, dois copos de vinho Mariani continham menos de 50 mg de cocaína, quantidade insuficiente para causar qualquer efeito nocivo em humanos.