Wikipédia:Artigos destacados/arquivo/Scriptorium

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Iluminura do século XII representando a torre e o scriptorium do mosteiro de São Salvador de Tábara, na Espanha
Iluminura do século XII representando a torre e o scriptorium do mosteiro de São Salvador de Tábara, na Espanha

A palavra scriptorium (IPA: [scriptorium] ouvir) (no plural scriptoria) designa o espaço em que os livros manuscritos eram produzidos na Europa durante a Idade Média. Ainda é incerta a origem dessa acepção da palavra e se sabe que diferentes usos foram dados para o termo. Ao longo da história, a palavra scriptorium chegou a designar as ferramentas de escrita, o local de produção, o conjunto de uma obra, uma coleção de livros de algum monastério, o que mostrava sua proximidade com as bibliotecas, ou ainda mesas de trabalho associadas à atividade escriturária. Até meados do século XI, os scriptoria, enquanto espaços de produção livreira, eram encontrados dentro das catedrais e monastérios. Acredita-se que apenas as instituições que contavam com boas condições materiais poderiam ter um número suficiente de monges ou freiras empenhados na escrita, de tal forma que trabalhos necessários para a sobrevivência da instituição monástica, como a agricultura e a criação de animais, não fossem prejudicados por falta de pessoas. Porém, a partir do renascimento do século XII, com o desenvolvimento do ambiente urbano e o surgimento das universidades, a importância das instituições eclesiásticas na produção de conhecimento é descentralizada. No mesmo período, catedrais, abadias e conventos passam a compartilhar o protagonismo na produção manuscrita com ambientes mais laicos ou corteses. Isso ocorre na Península Ibérica, quando Afonso I de Portugal e Afonso X de Leão e Castela contavam com equipes de amanuenses que trabalhavam no sentido de coordenar pela palavra escrita os projetos políticos e culturais de seus respectivos reinos. (leia mais...)