Wikipédia:Esplanada/propostas/Adotar o acordo ortográfico no corpo do texto (26fev2014)

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Adotar o acordo ortográfico no corpo do texto (26fev2014)

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Proposta: Como é do conhecimento geral, a norma da wikipédia lusófona recomenda a aplicação obrigatória do Acordo Ortográfico de 1990 apenas em títulos de artigos e nas páginas do domínio wikipédia. O corpo de texto dos artigos continua a poder ser escrito tanto pelo AO1990, como pelo Acordo Ortográfico de 1945, sendo as duas formas irreversíveis entre si. A proposta é determinar que todos os textos da wikipédia se passem a reger exclusivamente pelo Acordo Ortográfico de 1990. Antero de Quintal (discussão) 22h45min de 26 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]

Caro Antero, peço desculpa a ti e ao Usuário:Manuel de Sousa, mas discordo, apesar de perceber o ponto de vista de quem defende a adoção do novo AO. Neste momento ainda não acho que exista "Acordo", acho que o que verdadeiramente existe é um "Desacordo Ortográfico". Se as coisas avançarem a nível oficial em todos os países da lusofonia, aí eu concordo com a aplicação do AO. --João Carvalho deixar mensagem 23h57min de 26 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Pelas incongruências constatadas após a "conceção" do novo acordo e pelas discricionariedades que apuram essas tais discrepâncias de critérios, discordo. Kenchikka (discussão) 00h17min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Quais seriam as principais mudanças se adotássemos o acordo oficialmente? Aonde vocês observam que o AO ainda não está sendo usado? Pelo que pude observar até agora muitos utilizadores, e até mesmo IPs, já estão atualizando a ortografia. Removem as tremas de freqüencia, tiram o acento agudo de idéia, etc. Então oficializar seria apenas uma formalidade. Por que não? -- AlchemistOfJoy 00h42min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Se eu não me engano, trema só era usado no Formulário Ortográfico de 1943, que deixou de ser aceito aqui na Wikipédia. Helder.wiki (discussão) 02h02min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Seguir o Acordo 1990 é obrigatório em função do Princípio da Verificabilidade. --Arthemius x (discussão) 00h50min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
  • Discordo redondamente. Nem todos os constituintes da lusofonia estão de acordo na utilização desse "novo" acordo ortográfico. Falando em Portugal, ainda no decorrer deste ano será discutido no parlamento uma petição para a desvinculação do AO90 (adiado em Dezembro de 2013). Ainda existe muita controvérsia sobre este assunto, e segundo sei, o Brasil está a preparar um decreto para adiar a obrigatoriedade para 2016 apenas. Enfim, esta palhaçada já deu mais que problemas e ainda nem sequer é obrigatório o seu uso, logo aqui também não deve ser. VítoR™ (♪) 13h51min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Neutro Escrevo conforme o Acordo Ortográfico desde 2009 (e comecei a experimentá-lo no ano anterior)... desta forma, estou completamente acostumado ao seu uso. A proposta em si é muito boa, mas quando sai da teoria para a prática, mostra-se por demais conflituosa. Honestamente, eu mesmo seria a favor de aplicar logo esse (des)Acordo de uma vez por todas, mas sei que isso viraria mais uma guerra. Outro dia mesmo não houve um luso se insurgindo? Pois bem, mais conflitos desses virão se aplicarem de vez a supressão desse monte de letras mudas que existem por aí (dentre outras medidas). Ao mesmo tempo, também não posso cerrar fileiras ao lado dos contrários porque isso significa na prática a perpetuação dessas discussões bizantinas. Colegas: se dependermos de decisões governamentais, a questão se resolverá somente nas calendas gregas. Precisamos encontrar uma solução válida aqui dentro, com um consenso razoável entre nós mesmos ou simplesmente mantermos a situação atual, que embora desconfortável, é conhecida e não vai gerar ainda mais conflitos do que os já existentes e conhecidos deste projeto. Fasouzafreitas (discussão) 15h33min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
A confusão (ou a brecha) para a contestação dos que querem dar um passa-moleque na verificabilidade é justamente essa: não dependemos de decisão governamental nenhuma, dependíamos de uma decisão de especialistas sobre o problema das diferentes variantes. E isso já foi feito, conforme acordo verificável. Se não entrou em vigor por problemas políticos, culturais ou o que seja, tudo menos gramaticais e ortográficos, não nos diz respeito. O que vale é a decisão dos especialistas no assunto. E que deve ser seguida, conforme o Princípio da Verificabilidade, tão citado e nunca seguido, pelo menos pelos que mais o citam.--Arthemius x (discussão) 17h35min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Concordo integralmente com o Arthemius x (sim, é verdade, e juro que não bebi nem andei a fumar coisas esquisitas! :-). Conflitos há-de haver sempre, com ou sem AO, por exemplo por causa de variantes. E em muitos casos, só uma leitura muito atenta do texto, do tipo que muita gente nem sequer faz quando vota em EAD, é que dá para garantir que não há formas pós-AO e pré-AO, pelo que é muito mais simples se se puder passar tudo para pós-AO quando estamos a editar uma artigo. Isso evitava também as reversões erradas feitas com a melhor das intenções por editores brasileiros em textos escritos em ptPT. E, embora como o Arthemius diz a questão nem sequer é relevante para a discussão, ruído mediático à parte muitas vezes promovido por um ou outro pedante que não e´linguísta, ao que julgo saber o acordo está legalmente em vigor e só não é aplicado de forma mais decidida por causa da cobardia habitual dos nossos políticos quando se trata de levar a sério certas decisões políticas que causem burburinho (embora para outras com muito impacto na vida das pessoas não tenham qualquer vergonha ou hesitação, mas isso é outra conversa). E, permitam-me mais um povzinho, os argumentos de muitas figuras anti-AO, com a revelação de que desconhecem completamente certas coisa básicas (um exemplo gritante é o "facto perder o c", quando isso não acontece em ptPT), não abona nada em favor da sua causa contra um acordo que está pronto há para aí 25 anos. --Stegop (discussão) 17h51min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Depois dessa acho que o mundo vai acabar mesmo--Arthemius x (discussão) 20h33min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
A Wikipédia também vai decidir como escrevemos? Imaginemos que o caso até é discutido e Portugal decide desvincular-se do AO90 (duvido, infelizmente, que aconteça), somos obrigados a escrever segundo esse documento? Pode estar em vigor, mas a sua obrigatoriedade não está assegurada, por isso é errado forçar alguém a respeitar o "novo" acordo ortográfico. VítoR™ (♪) 23h18min de 27 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Evidentemente que vc não pensa nas consequências do que diz. Se não vamos aplicar a verificabilidade em relação ao AO, qual a opção? Utilizar o livro de estilo que acho que nem fala sobre isso, os pseudo-consenso ou votações da comunidade? Sem falar que tudo isso será uma perda de tempo, pois a verificabilidade é inegociável.--Arthemius x (discussão) 11h25min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Que consequências? Tenha dó. A Wikipédia (muito menos você) não pode definir como devemos escrever e passar por cima de leis e decretos dos países da lusofonia. A questão é que tornar obrigatório o AO90 agora é errado. Em Portugal, a data definida é 13 de Maio de 2015 e no Brasil, salvo erro, 31 de Dezembro. Até lá, o AO45 e o AO90 podem coexistir. Quem pode impedir isso? VítoR™ (♪) 12h20min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Santa Paciência...o que eu escrevi foi justamente que a wikipedia (muito menos eu) não deve definir o que está definido por especialistas. Se foi feito um acordo em 90, era porque o de 45 não era satisfatório do ponto de vista da regra ortográfica. Se os portugueses continuam com ele, é um problema político ou cultural mas um especialista em linguística jamais falaria tal coisa esdrúxula de que os acordos por si só podem coexistir. As regras do 45 que continuam, não foram alteradas então não há o que discutir, já as que foram superadas, vale o 90, nunca coexistirão para um especialista então não poderá ser para nós. Só mesmo um wikipedista para afirmar impunemente coisas desse tipo e por isso mesmo essa opinião ou qualquer outra do tipo não é aceitável. A verificabilidade (AO 90) é inegociável.--Arthemius x (discussão) 20h56min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]
Que visão tão quadrada. Felizmente o que você diz não se escreve... aliás, é irrisório pensar que o AO90 deve ser seguido de forma obrigatória e cega só porque é uma suposta melhoria ortográfica. Estão estipuladas datas e até esse determinado período os dois acordos podem coexistir sim, e não é porque você ou algum especialista (que na sua cabeça deve ser a mesma coisa) diz o contrário que uma pessoa passa a ter de escrever de certa forma. Até porque, não sei se sabe o que é o consenso, esse não foi atingido para que a Wikipédia siga cegamente o AO90. Pode começar a mentalizar-se disso. Quando o seu uso se tornar obrigatório é outra história. VítoR™ (♪) 22h55min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]

Também Discordo. Aceito as regras actualmente em vigor na Wikipédia, mas não aceito que sejam punidos como transgressores editores que optam por não adoptar um desacordo que começou mal, permanece controverso e cujo destino se mantém incerto. Não aceito que se use a Wikipédia para influenciar uma decisão política e para forçar a adopção de um desacordo a todos os editores. Não me importo que corrijam a minha redacção no domínio principal, mas não estou disposto a abdicar da minha liberdade de optar por escrever à revelia de um desacordo a que me oponho por princípio. Tegmen enviar msg 21h16min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]

Provavelmente nem vc nem eu seremos bloqueados por escrever do jeito antigo, e não faz mais do que seguir as regras ao não desacatar as correções. Não dá é para ficar indo em páginas públicas e pregar "contra o Acordo" (não estou dizendo que faz isso) baseado em opiniões ou convicções (ou convições?) pessoais, pois aí será demais.--Arthemius x (discussão) 21h23min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]

Comentário A proposta é inutil pq nem será seguida pelos milhares de contribuintes, cada um deles vai acabar escrevendo do seu jeito mesmo (e muitos mal sabem escrever, com ou sem acordo) nem será verificada e fiscalizada por ninguém. Isto é algo q vem automaticamente, com o tempo, não adianta forçar. MachoCarioca oi 21h27min de 28 de fevereiro de 2014 (UTC)[responder]

  • Comentário na linha do MC. O que importa é o que se ensinará nas escolas daqui pra frente. Penso que o AO não tem a intenção de obrigar ninguém a mudar nada, pois os que foram ensinados a escrever de uma determinada forma continuarão a fazê-lo até morrer, teimosos até o fim. Importante é que o neto dele fatalmente aprenderá a forma que for politicamente acordada e ponto. Foi assim com todos os demais acordos e este só é diferente por que estamos vivos para ver a transição. Aposto que houve gente que mandou grafar "Pharmacia" ou "Chimico" ("Químico") na lápide só pra dizer que não aceitava o AO1945. Morreu com o pé fincado, os netos aprenderam o jeito novo e hoje ninguém se importa mais com isso. José Luiz disc 00h41min de 1 de março de 2014 (UTC)[responder]
Ontem num dos jornais de referência de Portugal: "Acordo ortográfico, um cadáver adiado". --João Carvalho deixar mensagem 12h43min de 1 de março de 2014 (UTC)[responder]
E o que determina se estamos lidando com um AO "de facto", ou apenas algo que está ainda apenas no papel? Diga-se de passagem que o AO é bastante popular em Portugal. Então lá seria "de facto"? O AO foi feito com o intuito de facilitar e melhorar a comunicação na língua portuguesa e agora a Wiki se recusa a adotá-lo? -- AlchemistOfJoy 00h19min de 2 de março de 2014 (UTC)[responder]
Diogo, vivo em Portugal, na capital, e asseguro-lhe que o desacordo não é bastante popular (alerta-se para a parcialidade do site, mas é interessante verificar as diversas fontes usadas) cá como o Diogo crê - não entendo onde foi buscar essa noção. Para além disso, o desacordo mantém-se e a contestação também, entre Estados, políticos e especialistas (em 2008, no JN: «Peritos arrasam Acordo Ortográfico». Se tanta contestação ao acordo existe, algo nele está estragado e não funciona - nem na Wikipédia. Tegmen enviar msg 01h35min de 2 de março de 2014 (UTC)[responder]
O Acordo não funciona, para além da questão do costume arraigado, porque na verdade não unifica escrita alguma, havendo um resto de 0,5% a 1,5%, conforme a estatística empregada. Um verdadeiro Acordo teria de unificar toda a escrita e/ou deixar meia dúzia de exceções inconciliáveis bem delimitadas. Vejam que o Brasil adotou o Acordo de 1945 dias antes de Portugal, à época responsável por si e por suas então colônias, às quais naturalmente passou as novas regras. O AO45 era coerente em seu propósito (pois praticamente unificava a escrita), mas era incoerente em seus princípios fonológicos (ao determinar que se usem acentos agudos onde no Brasil o tom é fechado, mas só quando interessa, pois se fechados em Lisboa, poderiam manter os circunflexos). As justificativas desse acordo dão a entender que os brasileiros capitularam em cedências em prol de uma unificação absoluta. E mais: o Estado Novo brasileiro caiu menos de um mês depois da aprovação do Acordo. Este foi colocado em banho-maria e por volta de dez anos depois, revogado. A verdade é que, se à época foi impossível obter um bom consenso, que dirá hoje. Hoje não há mais um Acordo de dois países, mas sim de vários. Do ponto de vista da facilidade, só seria possível ter a verdadeira unificação se o Brasil impusesse e adotasse o AO-45 agora, quase 70 anos após sua aprovação. Mas os brasileiros não saberiam lidar com fantasmas gráficos: "inflação" ou "inflacção", "prática" ou "práctica, "vitória" ou "victória", "escrita" ou "escripta"? E os acentos agudos: "estómago"? "Fémea"? Ninguém iria mais acertar a ortografia. Por outro lado, impor aos demais a eliminação dos fantasmas gráficos só tem gerado incertezas: pronunciar ou não? Se em Lisboa não se pronuncia, mas aqui (preencha-se com o nome de uma cidade com outro falar) sim, continuarei a grafar? "Egi(p)to" mantém o p? Vocês creem mesmo que duas ortografias oficiais minam a credibilidade da língua (melhor denominando, condomínio linguístico) mundo afora? Certamente não. Já que não vão cindir a Wikipédia lusófona, o que seria muito mais fácil (bastaria impor o AO-90 na brasileira e proscrever quaisquer letras mudas/lusismos e impor o AO-45 na dos demais países, eliminando quaisquer brasileirismos), viveremos esse conflito. Deixem a situação como está, por ora. A situação não mudou no sentido da adoção do Acordo; logo, não há de se mudar a sua aplicação aqui dentro. Fasouzafreitas (discussão) 11h10min de 2 de março de 2014 (UTC)[responder]
Também concordo que, de momento, não se deve avançar com qualquer imposição adicional das regras do Acordo Ortográfico na Wikipédia. Devemos esperar mais um ano -- até que estejam a terminar os prazos de transição em Portugal e no Brasil -- para voltar a abordar a questão. E logo veremos como estão as coisas... -- Manuel de Sousa msg 16h21min de 4 de março de 2014 (UTC)[responder]