Zé Gil

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
José Gil Barbosa
Deputado estadual pelo Piauí
Período 1964-1967
Prefeito de Altos
Período 1º: 11 de abril de 1955
até 31 de janeiro de 1959
2º: 31 de janeiro de 1967
até 31 de janeiro de 1971
3º: 1º de janeiro de 1983
até 1º de janeiro de 1989
Vice-prefeito de Altos
Período 1º de janeiro de 1955
até 11 de abril de 1955
31 de janeiro de 1973
até 1º de fevereiro de 1977
Vereador de Altos
Período 2001-2005
Dados pessoais
Nascimento 27 de novembro de 1918
Altos, PI
Morte 30 de abril de 2013 (94 anos)
Teresina, PI
Primeira-dama Luzanira Barbosa
Partido PTB (1954-1965)
ARENA (1978-1979)
PMDB (1980-2005)
Religião Católica
Profissão advogado, professor, tabelião

José Gil Barbosa, mais conhecido como Zé Gil (Altos, 27 de novembro de 1918Teresina, 30 de abril de 2013) foi um advogado, professor, tabelião e político brasileiro, outrora deputado estadual pelo Piauí e prefeito de Altos por três vezes.[1][2][nota 1]

Dados biográficos[editar | editar código-fonte]

Carreira política[editar | editar código-fonte]

Filho de João Gil de Almeida e Maria Saraiva Barbosa (Maroca Barbosa). Professor e advogado, formou-se em Ciências Físicas e Biológicas na Universidade Federal do Ceará e em Direito pela antiga Faculdade de Direito do Piauí.[3][4][5][6][nota 2] Trabalhou em Altos como agente municipal de estatística, procurador e tesoureiro da prefeitura, além de lecionar Ciências e Educação Moral e Cívica no Ginásio Estadual Pio XII, e ainda foi tabelião no cartório do município.[7]

Eleito vice-prefeito de Altos em 1954, na chapa de Domingos Félix do Monte, assumiu o mandato de prefeito em abril de 1955 por motivos de saúde do titular e, com a morte deste, foi efetivado no cargo. Primeiro suplente de deputado estadual via PTB em 1962,[8] foi efetivado após a cassação de Themístocles Sampaio em decorrência do Regime Militar de 1964.[9][10][nota 3] Eleito prefeito de Altos pela ARENA em 1966, conquistou o mandato de vice-prefeito em 1972 na chapa de seu primo, José Barbosa. Derrotado por Felipe Raulino na eleição para prefeito de Altos em 1976, elegeu-se para o cargo por uma sublegenda do PMDB em 1982.[2][11] Tentou retornar ao cargo em 1992, perdendo para Cézar Leal, apoiado pelo prefeito José Batista Fonseca. Em 2000 foi eleito vereador aos 82 anos, com 563 votos. Disputou sua última eleição como candidato a vice-prefeito em 2004.

Família e memória[editar | editar código-fonte]

Casou-se em primeiras núpcias com Francisca Alves Gil Barbosa (falecida em 7 de setembro de 1972) e com ela teve sete filhos: José Gil Barbosa Júnior (promotor de Justiça aposentado, atualmente advogado); Gilson Gil Barbosa (médico, falecido em 2004); Maria das Graças Gil Barbosa (professora e bacharela em Direito); Elisete Gil Barbosa (falecida em 1977); João Gil Barbosa (professor); José Olindo Gil Barbosa (juiz de Direito, hoje titular do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, em Teresina, Piauí; e Antônio Francisco Gil Barbosa (juiz de Direito, hoje titular da Vara Única Cível e Penal da comarca de Nova Timboteua, Pará. José Gil Barbosa foi casado em segundas núpcias com Luzanira Rosendo Máximo Barbosa, com quem viveu até seu óbito, em 30 de abril de 2013.

Seu filho mais jovem, Antônio Francisco Gil Barbosa (PMDB), foi eleito vice-prefeito de Altos em 2000 na chapa da jornalista Elvira Raulino (PSDB), eleita prefeita. Pela primeira e única vez na história, as duas maiores famílias tradicionalmente adversárias[12] uniram-se para disputar uma eleição.

No dia 20 de outubro de 2011, recebe das mãos do presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, homenagem por ser o advogado em atividade de maior idade em atuação do Piauí.

Em sua honra, o hospital municipal de Altos, e uma Unidade Escolar Municipal, carregam seu nome.

Notas

  1. José Gil Barbosa nasceu no povoado Preás, que na época pertencia a Campo Maior, mas com a emancipação de Altos em 1922, passou a integrar este município e hoje pertence ao município de Coivaras.
  2. Criada em 25 de março de 1931, a Faculdade de Direito do Piauí foi reconhecida pelo Decreto n.º 17.551, de 9 de janeiro de 1945, mudando de nome para Faculdade Federal de Direito do Piauí através da Lei n.º 1.254 de 4 de dezembro de 1950. Instituída a Fundação Universidade Federal do Piauí em 12 de novembro de 1968 graças à Lei n.º 5.528, a mesma foi formada pelas sete faculdades existentes no estado. O Decreto n.º 64.969 de 11 de agosto de 1969, aprovou o regimento da nova instituição de ensino superior, instalada em 1º de março de 1971.
  3. O Regime Militar de 1964 cassou quatro deputados estaduais (José Alexandre Caldas Rodrigues, Themístocles Sampaio, Celso Barros e Deusdedit Ribeiro) e três suplentes (Honorato Gomes Martins, Ubiratan Carvalho e Paes Landim), daí efetivaram-seː José Gil Barbosa, Joaquim Gomes Calado, Ribeiro Magalhães e Milton Cardoso.

Referências

  1. Redação (1 de maio de 2013). «Prefeitura de Altos decreta luto oficial pela morte de ex-prefeito». cidadeverde.com. Cidade Verde. Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  2. a b BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições 1945 a 1992». Consultado em 26 de janeiro de 2024 
  3. BRASIL. Senado Federal. «Decreto n.º 17.551 de 09/01/1945». Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  4. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 1.254 de 04/12/1950». Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  5. BRASIL. Presidência da República. «Lei n.º 5.528 de 12/11/1968». Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  6. BRASIL. Senado Federal. «Lei n.º 64.969 de 11/08/1969». Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  7. SANTOS, José Lopes dos. Novo Tempo Chegou. Brasília: Senado Federal, 1983.
  8. BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Eleições de 1962». Consultado em 27 de janeiro de 2024 
  9. Catarina Costa (29 de abril de 2014). «Deputados do PI cassados durante a ditadura têm mandatos devolvidos». g1.globo.com. G1 Piauí. Consultado em 18 de outubro de 2023 
  10. SAMPAIO, Themístocles. Passado e Presente de Themístocles de Sampaio Pereira: Notas Biográficas, Teresina: 1990.
  11. SANTOS, 1983; p. 540.
  12. RODRIGUES, Toni. Altos - Passado & Presente. Piauí: 1990.