Êxodo de Mariel
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O Êxodo de Mariel foi uma emigração em massa de cubanos que partiram de Porto de Mariel para os Estados Unidos entre 15 de abril e 31 de outubro de 1980.
O evento foi precipitado por uma desaceleração acentuada da economia cubana que levou a tensões internas na ilha e uma busca de asilo na embaixada peruana de mais de 10 mil cubanos.
O governo cubano anunciou subsequentemente que qualquer pessoa que queria deixar o país poderia fazê-lo, e um êxodo de barco começou pouco depois. O êxodo foi organizado por cubano-americanos com o acordo do presidente cubano Fidel Castro.
O êxodo começou a ter implicações políticas negativas para o então presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, quando se descobriu que um número dos exilados tinham sido libertados das prisões cubanas e instituições de saúde mental. O êxodo de Mariel acabou por mútuo acordo entre os dois governos envolvidos em outubro de 1980. Mais de 125 mil cubanos haviam feito a viagem para a Florida.[1]
Êxodo
[editar | editar código-fonte]Mês | Chegadas (#) | Chegadas (%) |
---|---|---|
Abril (de 21 de Abril) | 7 665 | 6 |
Maio | 86 488 | 69 |
Junho | 20 800 | 17 |
Julho | 2 629 | 2 |
Agosto | 3 939 | 3 |
Setembro | 3 258 | 3 |
Total | 124 779 | 100 |
O episódio começou quando, em 1º de abril de 1980, Hector Sanyustiz colocou em prática o plano que planejara secretamente durante meses. Ele embarcou em um ônibus, e junto com outras quatro pessoas (incluindo o condutor), parou várias quadras antes do Setor das Embaixadas no centro de Havana.
O motorista, que também era amigo de Sanyustiz, anunciou que o ônibus havia quebrado e esvaziou o veículo, deixando os outros quatro que estavam a par do plano. Sanyustiz assumiu o controle do ônibus e dirigiu-o através da cerca da embaixada peruana.
Alguns dos guardas cubanos que foram posicionados para vigiar a rua abriram fogo contra o ônibus. Um guarda foi ferido mortalmente no fogo cruzado. Os cinco tomaram medidas desesperadas para pedir asilo político, e o diplomata peruano encarregado da embaixada, Ernesto Pinto-Bazurco, concedeu.
O governo cubano imediatamente pediu ao governo peruano para retornar os cinco indivíduos, afirmando que eles precisavam serem julgados pela morte do guarda. Mas o governo peruano recusou.
Marielitos notáveis
[editar | editar código-fonte]Refugiados notáveis do êxodo de Mariel ("marielitos"):
- Escritor e laureado pelo prêmio Pulitzer Prize Mirta Ojito
- Cantora lírica Elizabeth Caballero
- Ator de The Real World Pedro Zamora
- Ator Rene Lavan
- Banda de reggae Arawak Jah
- Poeta e novelista Reinaldo Arenas
Referências
- ↑ «CUBAN INFORMATION ARCHIVES - MARIEL CHRONOLOGY». cuban-exile.com. Consultado em 14 de outubro de 2011
- ↑ Fonte: Council for Inter-American Security.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Larzelere, Alex (1988). The 1980 Cuban Boatlift. Washington, DC: National Defense University Press
- Mariel Boatlift on globalsecurity.org.
- Memories of Mariel: 20 Years Later.
- Six-year study of Mariel refugees
- Fleeing Cuba For a Better Life in USA
- Searchable Mariel boatlift database, contains 130,000 names and 1,500 boats