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Ahad Ha'am

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Ahad Ha'am
Nascimentoאשר צבי גינצבּרעג
18 de agosto de 1856
Skvyra
Morte2 de janeiro de 1927 (70 anos)
Tel Aviv
SepultamentoCemitério Trumpeldor
CidadaniaImpério Russo, União Soviética
Filho(a)(s)Shlomo Ginossar
Ocupaçãoescritor, jornalista
Obras destacadasHa-Shiloaḥ
Movimento estéticoSionismo cultural, Amantes de Sião
Ideologia políticaanarquismo, Sionismo cultural

Ahad Ha'am (em hebraico: אחד העם, literalmente, "alguém deste povo", Gênesis 26:10) é o nome hebraico e pseudônimo literário de Asher Zvi Hirsch Ginsberg (Skvira, Oblast de Kiev, Ucrânia, 18 de agosto de 1856Tel Aviv, 2 de janeiro de 1927) foi um filósofo e ensaísta judeu - um dos mais destacados pensadores sionistas da fase anterior à criação do Estado de Israel.[1]

Filho de um comerciante e judeu hassídico, teve uma educação tradicional e na juventude aprendeu russo, alemão, francês, inglês e latim, sendo um ávido leitor em todas essas línguas. Casou-se aos 17 anos e teve três filhos. Estabeleceu sua família em Odessa, onde foi ativo no capítulo local do Hovevei Zion, realizando algumas viagens à Terra de Israel enquanto escrevia para publicações locais em língua hebraica. [2]

Em 1907 ele se mudou para Londres, onde se tornou amigo e conselheiro de Chaim Weizmann (futuro presidente de Israel) e contribuiu com as negociações que culminaram com a Declaração de Balfour,[2] a qual foi posteriormente incorporada ao Tratado de Sèvres.

É conhecido como o fundador do sionismo cultural ou sionismo espiritual, segundo o qual, ao criar um centro espiritual para o povo judeu na Terra de Israel - com trabalho físico juntamente com esforços educacionais e culturais - o povo judeu seria unificado e seu espírito nacional renovado. Esse sentimento emanaria do centro espiritual para todas as direções da Diáspora, onde a assimilação era vista como um perigo real. Ahad Ha'am acreditava que, mesmo se fosse possível absorver todos os judeus na Terra de Israel, isso não resolveria os problemas políticos e financeiros, se não fosse considerado, em primeiro lugar, o aspecto nacional-espiritual. No entanto, ele acreditava no futuro crescimento da população judaica reunida em Eretz Israel, o que engendraria o estabelecimento de um Estado judeu, onde a liberdade cultural e nacional seria possível.[3] Com sua visão secular de um centro espiritual judaico na Palestina, Ahad Ha'am contrapôs-se às ideias de Theodor Herzl, o fundador do sionismo político. À diferença de Herzl, ele defendia "um Estado judeu e não um mero um Estado de judeus".[4]

Foi sepultado no Cemitério Trumpeldor.

Trabalhos publicados

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  • Ten Essays on Zionism and Judaism, traduzido do hebraico para o inglês por Leon Simon, Arno Press, 1973 (reedição de 1922 ed.). ISBN 0-405-05267-7
  • Essays, Letters, Memoirs, Traduzido do hebraico para o inglês e editado por Leon Simon. Biblioteca Leste e Oeste, 1946.
  • Selected Essays, traduzidos do hebraico para o inglês por Leon Simon. A Sociedade de Publicação Judaica da América, 1912.
  • Nationalism and the Jewish Ethic; Basic Writings of Ahad Ha'am, editados e introduzidos por Hans Kohn. Livros Schocken, 1962

Referências

  1. Comay 2002, p. 14.
  2. a b Comay 2002, p. 15.
  3. Ahad Ha’am (1856 – 1927). Biografia de Ahad Ha'am no site do Knesset.
  4. Jewish Virtual Library. The Jewish State and Jewish Problem, por Ahad Ha'am (1897).

Bibliografia

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