Amélia Mingas
Amélia Mingas | |
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Nascimento | Amélia Arlete Vieira Dias Rodrigues Mingas 17 de dezembro de 1940 Luanda |
Morte | 12 de agosto de 2019 Luanda |
Cidadania | Angola |
Alma mater | |
Ocupação | professora, linguista |
Causa da morte | parada cardíaca |
Página oficial | |
https://ameliamingas.org/ | |
Amélia Arlete Vieira Dias Rodrigues Mingas (Ingombota, Luanda, 17 de dezembro de 1940 – Luanda, 12 de agosto de 2019) foi uma professora e linguista angolana.
Biografia[editar | editar código-fonte]
Nascida na Rua do Carmo, na zona de Ingombota,[1] em Luanda, é filha de André Rodrigues Mingas e de Antónia Diniz de Aniceto Vieira Dias.[2] Amélia Mingas pertencia a uma família de ínfluentes personalidades angolanas. Seu pai foi um importante nacionalista e anticolonialista, bem como o seu tio Liceu Vieira Dias, que além disso foi um dos fundadores da música popular angolana. Seus irmãos Ruy Mingas e André Rodrigues Mingas Júnior são importantes cantores e compositores, sua irmã Júlia Rodrigues Mingas é atleta e administradora, e seus irmãos já falecidos: José "Zé" Rodrigues Mingas, importante comandante policial, e Saíde Mingas, político, economista e escritor.[2]
Amélia Mingas fez a instrução primária na Escola N.º 8 e os estudos secundários nos Liceus Paulo Dias de Novais e Salvador Correia.[3] Licenciou-se em filologia germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e doutorou-se em linguística geral e aplicada pela Universidade Paris-Descartes.[4]
Professora do ensino secundário em Angola, exerceu as funções de coordenadora de língua portuguesa do Instituto Médio de Educação; foi chefe do setor, mais tarde, coordenadora do departamento de língua portuguesa do Instituto Superior de Ciências da Educação de Luanda (ISCED-Luanda) e diretora do Instituto Nacional de Língua do Ministério da Cultura.[4] Além de trabalhar em investigação, Amélia Mingas foi responsável pela cadeira de linguística banta na Universidade Agostinho Neto.[5]
Entre 2006 e 2010, Amélia Mingas foi diretora executiva do Instituto Internacional da Língua Portuguesa, com sede na cidade da Praia, em Cabo Verde,[6] tendo defendido o estabelecimento de uma política linguística comum aos oito Estados que têm o português como língua oficial.[7]
Participou em vários seminários e palestras ligados à problemática das línguas africanas e portuguesa, no interior e exterior do país. Publicou Interferência do Kimbundu no Português Falado em Lwanda e tem para publicação três trabalhos de investigação relativos a uma língua do grupo congo, o iuoio, falado em Cabinda.[3]
Morreu a 12 de agosto de 2019, em Luanda, aos 78 anos de idade, vítima de paragem cardíaca.[8]
Referências
- ↑ Nascimento, Washington Santos. (2015). «Das Ingombotas ao Bairro Operário: Políticas Metropolitanas, Trânsitos e Memórias no Espaço Urbano Luandense (Angola, 1940-1960)». Locus: Revista de História. 21 (1)
- ↑ a b Fátima d'Alva Penha Salvaterra Peres (31 de março de 2010). A Revolta Activa - Os conflitos identitários no contexto de luta de Libertação Nacional. Lisboa: Universidade NOVA de Lisboa
- ↑ a b «Amélia A. Mingas». Campo das Letras. Consultado em 20 de setembro de 2010
- ↑ a b «IC aposta em Luanda». Instituto Camões. Consultado em 20 de setembro de 2010. Arquivado do original em 6 de outubro de 2007
- ↑ «IILP tem nova direcção executiva». Instituto Internacional da Língua Portuguesa. Consultado em 20 de setembro de 2010 [ligação inativa]
- ↑ «Amélia Mingas deixa o IILP». O País. Consultado em 20 de setembro de 2010 [ligação inativa]
- ↑ «CPLP: Amélia Mingas defende uma política linguística comum entre Estados membros». Notícias Cabo Verde. Consultado em 20 de setembro de 2010. Arquivado do original em 3 de março de 2016
- ↑ Falecimento de linguista angolana Amélia Mingas, RFI 13.8.2019