Amrita

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Amrita é um liquido da mitologia hindu e na mitologia budista.

É a água da vida. O termo é conhecido nos Vedas, e parece se aplicar em varias coisas oferecidas em sacrifício, mas mais especialmente como suco Soma. Ele é também chamado de Nir-jara e Piyusha. Nos tempos remotos ele era água da vida produzida pela agitação do oceano por deuses e demônios, com algumas variações no Ramayana, o Maha-bharata e as puranas. É através deste liquido que os deuses adquirem a imortalidade. A palavra significa literalmente "sem morte".

É também um nome comum na Índia e Nepal, "Amrit"(masculino e "Amrita" (feminino).

História[editar | editar código-fonte]

Os deuses, sentindo sua fraqueza, tendo sido derrotados por demônios, ou de acordo com as escrituras, sob a interdição de um santo sábio, pediram ajuda a Vishnu, implorando a ele que revelasse o vigor e a dadiva da imortalidade. A história é contada na Vishnu Purana tendo sido resumida como:

Os deuses endereçaram o poderoso Vishnu assim-'Os aquele que conquistou por batalha os demônios malignos, Nós aclamamos o teu socorro, alma de todos; Piedade, e ao vosso poder nós nos entregamos!' Hari, o senhor, criador do mundo, Assim aos deuses imploramos, o todo poderoso respondeu-' Sua força será restaurada, deuses de ye; Só façam o que eu mandar agora. Unam se em união pacífica com seus inimigos, colham todas as plantas e as ervas das mais diversas espécies de todo o lugar; as misturando em um mar de leitoso. levam Mandara, A montanha, com uma vara, e tornem Vasuki, A serpente em uma corda; no oceano juntem tudo para produzir a bebida- Fonte de toda força e imortalidade-então contem com minha ajuda; cuidarei para que seus inimigos ajudem em seu trabalho duro, mas não tomem parte da recompensa, nem bebam da fonte da imortalidade.'

Na filosofia yogue[editar | editar código-fonte]

Amrita é um fluido que sai da glândula pineal e desce até a garganta quando o yogue entra em estado de profunda meditação, algumas lendas dizem que basta uma gota para conquistar a morte.

Amrita é um néctar, um liquido que tem uma relação com soma (liquido da vida eterna).

Pratica[editar | editar código-fonte]

Para o Amrita aparecer na boca faça a prática do jíhva bandha, ou seja a contração da ponta da língua contra a parte posterior da úvula (no palato mole no céu da boca). Esse ponto é chamado sanga ou trivêni, confluência das três principais nádís na altura da garganta. A contração da língua massageia indiretamente a glândula pineal no cérebro e produz diferentes sensações nas papilas gustativas, os gostos podem ser alcalinos, amargos e lácteos até aparecer um gosto de dificil exatidão (conhecido como elixir lunar). O jíhva bandha impede que o amrita, que se concentra no soma chakra, entre o ájña e o sahásrara, escoe para os chakras inferiores.

O praticante deve deixar a língua contraída desta forma e o olhar para o intercílio, fazendo bhrúmadhya drishti.

No início pode ser dificil manter a contração durante muito tempo, por causa da grande salivação e pequenas dores na musculatura da garganta; não obstante, com a prática o bandha fica mais agradável e fácil de manter por um bom tempo.

Algumas pessoas chegam ao extremo de cortar o freio da língua, algo totalmente desaconselhado.

Referencia[editar | editar código-fonte]

  • Dictionary of Hindu Lore and Legend (ISBN 0500510881) por Anna L. Dallapiccola

Ver também[editar | editar código-fonte]