André Soares

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 Nota: Este artigo é sobre um arquiteto português. Para o deputado brasileiro, veja André Soares (político).
André Soares
Nascimento 30 de novembro de 1720
Braga
Morte 26 de novembro de 1769 (48 anos)
Braga
Cidadania Reino de Portugal
Ocupação arquiteto
Igreja de Santa Maria Madalena, Braga.
Palácio do Raio

André Ribeiro Soares da Silva (Braga, 30 de novembro de 1720 – Braga, 26 de novembro de 1769) foi um arquitecto de barroco rococó, português.

Obra[editar | editar código-fonte]

André Soares foi um criador de obras de arquitetura, talha, ferro, desenho e cartografia. A sua grande capacidade financeira permitiu-lhe não precisar de trabalhar. Como era comum na época, as suas obras dividem-se por duas correntes artísticas: o rococó e o tardo-barroco.

O rococó chegou a Braga pela mão do arcebispo D. José de Bragança (1741-1756). André Soares beneficiou do seu apoio ao ser escolhido para desenhar o novo Paço Arquiepiscopal, cujo projeto oscilou entre o gosto joanino e os novos valores do rococó.

Rapidamente, porém, mudou para o novo estilo, de que são exemplos a nova fachada da Capela de Santa Maria Madalena da Falperra e o Palácio do Raio. Mas também fez muito rapidamente uma nova inflexão decisiva: as obras de arquitetura passaram a ter um desenho que se revê num tardo-barroco desornamentado e as de talha mantiveram-se num rococó vibrante, ideias que manteve até ao final da sua vida.

A sua obra está espalhada um pouco por todo o Norte de Portugal: Braga, Viana do Castelo, Ponte de Lima, Arcos de Valdevez, Vila Verde, Esposende, Guimarães e Vila Nova de Gaia (esta perdida).

Da sua autoria é uma Casa de Fresco, obra de cerca 1751 e que inicialmente foi implantada nos jardins do Arcebispo de Braga, que foi desmantelada em 1919, tendo sido adquirida pelo Santuário do Bom Jesus do Monte que a trouxe para a sua mata, e que Reynaldo dos Santos a considerou, "depois da Janela manuelina do Convento de Cristo, a peça mais fantástica da arquitectura portuguesa".[1]

Permanece até hoje como um dos artistas mais injustamente ignorados no panorama da arte rococó europeia.

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]