Anlamani
Anlamani
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10º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe | ||||||||||||
Estatua de Anlamani (no British Museum de Londres) | ||||||||||||
Reinado | c. 620–600 a.C | |||||||||||
Antecessor(a) | Sencamanisquem | |||||||||||
Sucessor(a) | Aspelta | |||||||||||
Morte | c. 600 a.C. | |||||||||||
Sepultado em | Nuri (Nu. 6) | |||||||||||
Cônjuge | Madiqem | |||||||||||
Descendência | Kheb | |||||||||||
Pai | Sencamanisquem | |||||||||||
Mãe | Nasalsa |
Anlamani foi o Décimo Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe que governou aproximadamente de 620 a 600 a.C., foi o sucessor de Sencamanisquem.
Histórico
[editar | editar código-fonte]A história conhecida de Anlamani foi estudada a partir de estela descoberta em um templo em Kawa, um complexo religioso localizado entre a terceira e a quarta catarata do rio Nilo, na margem leste do rio, em frente a Dongola. Local onde foram construídos vários templos em homenagem ao Deus Ámon, desde o tempo dos reinados de Amenófis III (1391–1351 a.C.) e Tutancâmon (1336–1327 a.C.), também construíram templos no local Taraca (690-664 a.C.) e vários reis Cuxitas. [1] A estela registrou a visita da mãe de Anlamani, Nasalsa a Kawa para assistir a sua coroação oficial como rei. Está registrado na estela que Anlamani encarregou os sacerdotes e profetas que estavam em seu cortejo que tomassem conta dos templos pelos quais passavam. Afirma também que os habitantes da região se alegravam quando o viam com sua corte. Transformando aquele encontro no Primeiro Festival em Devoção a Ámon, onde o povo comemorou com cerveja e pão, touros e pássaros setes dias e sete noites. [2]
A estela também observa a decisão Anlamani de que quatro de suas irmãs se tornariam sacerdotisas tocadoras de sistro no templo de Ámon em Jebel Barcal, [3] além destes fatos a stela relata a campanha que Anlamani fez contra tribos nômades dos blêmios ameaçavam Kawa. [4] O registro na estala afirma que: O Filho de Re, Leão do País do Sul, Senhor dos Tronos de Duas Terras, (títulos que Anlamani exercia) fez com que o seu exército invadisse a terra dos Beja, na região do médio Nilo. Permanecendo em seu palácio Anlamani emitiu ordens: fez-se um grande banho de sangue entre eles. Seus homens apreenderam quatro soldados como cativos e a partir deles conquistaram o controle de todas as mulheres, de todos os seus filhos, de todo o seu gado e toda a de toda sua propriedade. Anlamani nomeou-os para serem homens e servos de todos os deuses. Então esta terra foi alegre em seu tempo. Anlamani foi o primeiro rei de Napata do Longo Desfecho ou Crepúsculo da Era Heróica. Os inimigos não eram mais os assírios e os egípcios, mas os obscuros povos tribais de origens obscuras. [2]
Duas estátuas de granito de Anlamani foram encontradas em Jebel Barcal, uma destas está localizada no Museu Nacional de Cartum, enquanto a outra (uma estátua de 12 pés de altura) está no Boston Museum of Fine Arts. [5] O sarcófago de Anlamani está localizado na pirâmide Nu.6 em Nuri. No interior desta existe uma grande câmara decorada com textos religiosos ao lado seu sarcófago. [6]
Anlamani veio a falecer por volta de 600 a.C. e como não tinha herdeiros masculinos foi sucedido por seu irmão caçula Aspelta que se casou com sua filha Kheb. [2] Após sua morte, sua esposa Mediquem se tornou Alta Sacerdotisa de Ámon. [4] Em 592 a.C., durante o reinado de Aspelta, Psamético II lançou uma campanha contra Cuxe, que resultou no saque e destruição de Napata. [7]
Precedido por Sencamanisquem |
10º Rei da Dinastia Napata do Reino de Cuxe 620 - 600 a.C |
Sucedido por Aspelta |
Referências
- ↑ Akyeampong, Emmanuel Kwaku (2012). Dictionary of African Biography. Volumes 1-6 (em inglês). [S.l.]: OUP USA, p. 04. ISBN 9780195382075
- ↑ a b c Harkless, Necia Desiree (2006). Nubian Pharaohs and Meroitic Kings:. The Kingdom of Kush (em inglês). [S.l.]: AuthorHouse, p 139. ISBN 9781452030630
- ↑ Alexey K. Vinogradov (2012) The Golden Cage: What is the «Dedication Stele» dedicated to? (em inglês) Der Antike Sudan nº 23, pp. 105-116 ISSN 09459502 Erro de parâmetro em {{ISSN}}: ISSN inválido.
- ↑ a b Lobban Jr, Richard A. (2003). Historical Dictionary of Ancient and Medieval Nubia (em inglês). [S.l.]: Scarecrow Press, p. 35. ISBN 9780810865785
- ↑ Kendall, Timothy; Wolf, Pawel (2011). «B 600:». A Temple of Thutmose IV at Jebel Barkal. La Pioche et la Plumme (em inglês). ISBN 9782840507604
- ↑ Török, László (1997). The Kingdom of Kush:. Handbook of the Napatan-Meroitic Civilization (em inglês). [S.l.]: BRILL, 365. ISBN 9789004294011
- ↑ The New Encyclopaedia Britannica: Micropædia (em inglês). [S.l.]: Encyclopædia Britannica, p. 817. 1991. ISBN 9780852295298