Antonio Vivaldi: diferenças entre revisões
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'''Antonio Lucio Vivaldi''' ([[Veneza]], [[4 de março]] de [[1678]] — [[Viena]], [[28 de julho]] de [[1741]]) foi um [[compositor]] e [[músico]] [[Itália|italiano]] do estilo [[música barroca|barroco]] tardio. Tinha a [[alcunha]] de ''il prete rosso'' ("o padre ruivo") por ser um sacerdote de [[cabelo]]s [[rutilismo|ruivos]].<ref name="classicos">{{citar web|url=http://www.classicos.hpg.ig.com.br/vivaldi.htm|publicado=Clássicos|título= Vivaldi|lingua=português|acessodata=25 de setembro de 2009}}</ref> Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra ''[[Le quattro stagioni]]'' ("As Quatro Estações")<ref name="uol">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u493.jhtm|publicado=UOL|título=Compositor Italiano Antonio Vivaldi|lingua=português|acessodata=25 de setembro de 2009}}</ref> |
'''Antonio Lucio Vivaldi''' ([[Veneza]], [[4 de março]] de [[1678]] — [[Viena]], [[28 de julho]] de [[1741]]) foi um [[compositor]] e [[músico]] [[Itália|italiano]] do estilo [[música barroca|barroco]] tardio. Tinha a [[alcunha]] de ''il prete rosso'' ("o padre ruivo") por ser um sacerdote de [[cabelo]]s [[rutilismo|ruivos]].<ref name="classicos">{{citar web|url=http://www.classicos.hpg.ig.com.br/vivaldi.htm|publicado=Clássicos|título= Vivaldi|lingua=português|acessodata=25 de setembro de 2009}}</ref> Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra ''[[Le quattro stagioni]]'' ("As Quatro Estações")<ref name="uol">{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/biografias/ult1789u493.jhtm|publicado=UOL|título=Compositor Italiano Antonio Vivaldi|lingua=português|acessodata=25 de setembro de 2009}}</ref> |
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== A vida desse cara == |
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Filho de prostituta e Ting , era o mais velho de sete tiazonas.<ref name="uol" /> Seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um ''[[virtuoso]]''), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar seus conhecimentos musicais <ref name="folha" /> e foi responsável pela sua admissão na orquestra da [[Basílica de São Marcos]], onde se tornou o maior violinista do seu tempo. |
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Em [[1703]], Vivaldi tornou-se padre. Em [[1704]], foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde fragilizada (aparentemente sofreria de [[asma]]), tendo-se voltado para o ensino de [[violino]] num orfanato de moças chamado ''[[Ospedale della Pietà]]'' em [[Veneza]]. Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas. |
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Em [[1705]] a primeira colecção (''raccolta'') dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. |
Em [[1705]] a primeira colecção (''raccolta'') dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. |
Revisão das 15h38min de 17 de fevereiro de 2011
Predefinição:Info artista musical Antonio Lucio Vivaldi (Veneza, 4 de março de 1678 — Viena, 28 de julho de 1741) foi um compositor e músico italiano do estilo barroco tardio. Tinha a alcunha de il prete rosso ("o padre ruivo") por ser um sacerdote de cabelos ruivos.[1] Compôs 770 obras, entre as quais 477 concertos e 46 óperas. É sobretudo conhecido popularmente como autor da série de concertos para violino e orquestra Le quattro stagioni ("As Quatro Estações")[2]
A vida desse cara
Filho de prostituta e Ting , era o mais velho de sete tiazonas.[2] Seu pai, um barbeiro, mas também um talentoso violinista (alguns chegam a considerá-lo como um virtuoso), ajudou-o a iniciar uma carreira no mundo da música, matriculando-o ainda pequeno, na Capela Ducal de São Marcos para aperfeiçoar seus conhecimentos musicais [3] e foi responsável pela sua admissão na orquestra da Basílica de São Marcos, onde se tornou o maior violinista do seu tempo. Em 1703, Vivaldi tornou-se padre. Em 1704, foi-lhe dada dispensa da celebração da Santa Eucaristia devido à sua saúde fragilizada (aparentemente sofreria de asma), tendo-se voltado para o ensino de violino num orfanato de moças chamado Ospedale della Pietà em Veneza. Pouco tempo após a sua iniciação nestas novas funções, as crianças ganharam-lhe apreço e estima; Vivaldi compôs para elas a maioria dos seus concertos, cantatas e músicas sagradas. Em 1705 a primeira colecção (raccolta) dos seus trabalhos foi publicada. Muitos outros se lhe seguiram. No orfanato, desempenhou diversos cargos interrompidos apenas pelas suas muitas viagens. Em 1712 compôs o "Estro armonico", uma coleção de 12 concertos que repercutiu em toda a Europa e mais tarde teve seis obras transcritas por Bach, em 1713, tornou-se responsável pelas actividades musicais da instituição. Em paralelo com suas atividades sacras, Vivaldi obteve permissão para apresentar no teatro de Santo Ângelo suas primeiras óperas e alguns concertos: "Outtone in villa" e "Orlando Furioso" e entre outros concertos, "La Stravaganza"..[2] Em 1723 publicou o Opus 8, que contém "As Quatro Estações", sua obra mais conhecida.
Apesar do seu estatuto de sacerdote, é suposto ter tido vários casos amorosos, um dos quais com uma de suas alunas, a cantora Anna Giraud,[3] com quem Vivaldi era suspeito de manter uma menos clara actividade comercial nas velhas óperas venezianas, adaptando-as apenas ligeiramente às capacidades vocais da sua amante. Este negócio causou-lhe alguns dissabores com outros músicos, como Benedetto Marcello, que terá escrito um panfleto contra ele.
Últimos anos e morte
Vivaldi, tal como muitos outros compositores da época, terminou sua vida em pobreza. As suas composições já não suscitavam a alta estima que uma vez tiveram em Veneza; gostos musicais em mudança rapidamente o colocaram fora de moda, e Vivaldi terá decidido vender um avultado número dos seus manuscritos a preços irrisórios, por forma a financiar uma migração para Viena. As razões da partida de Vivaldi para essa cidade não são claras, mas parece provável que terá querido conhecer Carlos VI, que adorava as suas composições (Vivaldi dedicou La Cetra a Carlos em 1727), e assumiu a posição de compositor real na Corte Imperial. Contudo, pouco depois da sua chegada a Viena, Carlos VI viria a morrer. Este trágico golpe de azar deixou o compositor desprovido da protecção real e de fonte de rendimentos. Vivaldi teve que vender mais manuscritos para sobreviver.Faleceu pouco tempo depois, no dia 28 de julho de 1741.[3] Foi-lhe dada sepultura anônima de pobre (a missa de Requiem na qual o jovem Joseph Haydn[carece de fontes] terá cantado, no coro). Igualmente desafortunada, sua música viria a cair na obscuridade até aos anos de 1900.
Obra
Vivaldi foi realmente um compositor prolífico e a sua fama deve-se sobretudo à composição das seguintes obras:[2]
- Concertos: Há divergências sobre o número exato de concertos compostos por Vivaldi. Algumas publicações contam 550 concertos compostos por ele.[1] Em outras publicações, cita-se 477 concertos e outros ainda 456.[2] Seus concertos mais conhecidos e divulgados são Le quattro stagioni (As quatro estações).
- 46 óperas,
- 44 motetos,
- sinfonias,
- 2 serenatas,
- 73 sonatas,
- 100 árias
- 30 cantatas
- música de câmara (mesmo se algumas sonatas para flauta, como Il Pastor Fido, lhe tenham sido erradamente atribuídas, apesar de compostas por Nicolas Chédeville),
- música sacra - três oratórios (Oratorio Juditha Triumphans, composto para a Pietá; dois Gloria; Stabat Mater; Nisi Dominus; Beatus Vir; Magnificat; Dixit Dominus e outros).
Menos conhecido é o facto de a maior parte do seu repertório ter sido descoberto apenas na primeira metade do século XX em Turim e Génova, mas publicado na segunda metade. A música de Vivaldi é particularmente inovadora, quebrando com a tradição consolidada em esquemas; deu brilho à estrutura formal e rítmica do concerto, repetidamente procurando contrastes harmónicos, inventando melodias e trechos originais.
Ademais, Vivaldi era francamente capaz de compor música não-acadêmica, apreciada supostamente pelo público geral, e não só por uma minoria intelectual. A alegre aparência dos seus trabalhos revela uma alegria de compor. Estas estão entre as razões da vasta popularidade da sua música. Esta popularidade rapidamente o tornou famoso em países como a França, na altura muito fechada nos seu valores nacionais.
Legado
Johann Sebastian Bach foi deveras influenciado pelo concerto e Aria de Vivaldi (revivido nas sua Paixões e cantate). Bach transcreveu[4] alguns dos concertos de Vivaldi para o cravo, bem como alguns para orquestra, incluindo o famoso Concerto para Quatro Violinos e Violoncelo, Cordas e Baixo Contínuo (RV580). Contudo, nem todos os músicos demonstraram o mesmo entusiasmo: Igor Stravinsky afirmou em tom provocativo que Vivaldi não teria escrito centenas de concertos mas um único, repetido centenas de vezes.
Apesar de todos os detractores e das críticas negativas que Vivaldi recebeu, seu talento é inegável. Foi o compositor que inventou ou, pelo menos, estabeleceu a estrutura definitiva do concerto e da sinfonia.Foi o primeiro compositor a usar consistentemente a forma ritornelo em seus concertos, como pode ser verificado em "As quatro estações".[4] Sua facilidade na escrita era impressionante, escrevia tão rápido quanto a pena o permitia. Consta que demorava a escrever um novo concerto em menos tempo que um copista a copiá-lo.
A ressurreição do trabalho de Vivaldi no século 20 deve-se sobretudo aos esforços de Alfredo Casella, que em 1939 organizou a agora histórica Semana Vivaldi. Desde então, as composições de Vivaldi obtiveram sucesso universal, e o advento da "actuação historicamente informada" conseguiu catapultá-lo para o estrelato novamente. Em 1947 o empresário veneziano Antonio Fanna fundou o Istituto Italiano Antonio Vivaldi, cujo primeiro director artístico foi o compositor Gian Francesco Malipiero, com o propósito de promover a música de Vivaldi e publicar novas edições de seus trabalhos.
A música de Vivaldi, juntamente com a de Mozart, Tchaikovsky, Corelli e Bach foi incluída nas teorias de Alfred Tomatis sobre os efeitos da música no comportamento humano, e usada em terapia musical.
Credo in unum Deum, do Credo em mi menor (RV 591) para coro e orquestra | |
Interpretado pela Advent Chamber Orchestra & Choir, maestro Gabriel Pavel |
Allegro - Adagio e spiccato - Allegro, do Concerto para dois violinos em ré menor, Op. 3 No. 11 | |
Interpretado pela Advent Chamber Orchestra, com os solistas David Parry e Roxana Pavel Goldstein |
Allegro do concerto para violino Primavera, das Quatro Estações | |
Interpretado pelos Wichita State University Chamber Players, John Harrison ao violino e Robert Turizziani na regência |
Presto do concerto para violino Verão, das Quatro Estações | |
Interpretado pelos Wichita State University Chamber Players, John Harrison ao violino e Robert Turizziani na regência |
Allegro do concerto para violino Inverno, das Quatro Estações | |
Interpretado pelos Wichita State University Chamber Players, John Harrison ao violino e Robert Turizziani na regência |
Allegro do moteto para soprano e orquestra | |
Interpretado por Cristina Piccardi, solista, e a Advent Chamber Orchestra |
Ver também
Referências
- ↑ a b «Vivaldi». Clássicos. Consultado em 25 de setembro de 2009
- ↑ a b c d e «Compositor Italiano Antonio Vivaldi». UOL. Consultado em 25 de setembro de 2009
- ↑ a b c «Antonio Lucio Vivaldi: Veneziano troca batina pela música». Folha on Line. Consultado em 18 de outubro de 2009
- ↑ a b «Personalidade:Vivaldi». Movimento. Consultado em 18 de outubro de 2009
Ligações externas
Predefinição:Portal-Música Clássica
- Página de Vivaldi na Classical Net (em inglês)
- Catálogo de obras musicais de Vivaldi (em francês)
- Obras de Vivaldi no International Music Score Library Project
- Partituras gratuitas de Antonio Vivaldi na CPDL, a Biblioteca Coral de Domínio Público
- Obras de Antonio Vivaldi no International Music Score Library Project
- Biografía do The Grove Concise Dictionary of Music (em inglês)
- Instituto Vivaldi (en italiano)