Celulosa Arauco y Constitución

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Arauco
Razão social Celulosa Arauco y Constitución
empresa de capital aberto
Atividade celulose e derivados da madeira
Gênero sociedade anônima
Fundação 1979 (45 anos)
Fundador(es) Anacleto Angelini
Sede Santiago, Chile
Locais 68 unidades[1]
Produtos celulose
derivados da madeira
resina sintética
energia elétrica
Acionistas Grupo AntarChile
Website oficial www.arauco.cl

Celulosa Arauco y Constitución é uma empresa chilena do ramo madeireiro, especializada na fabricação de celulose e painéis, atuando no Chile, Argentina e Brasil.[2]

A empresa pertence ao Grupo AntarChile fundado por Anacleto Angelini e possui cinco fábricas de celulose no Chile e uma na Argentina, além de quatro fábricas para a fabricação de madeira reconstituída, sendo duas na Argentina e duas no Brasil.

História[editar | editar código-fonte]

Entrada da Arauco, unidade de Constitución, Chile.

O Grupo AntarChile S.A., fundado em 1989, é uma sociedade anônima chilena ligada a família Angelini, que controlam a companhia Celulosa Arauco y Constitución, as empresas pesqueiras Corpesca S.A. e Orizon S.A. e a prestadora de serviços Empresas Copec. O holding com sede em Santiago do Chile, constitui de 58% de base florestal, 40,1% energia e combustível, 1,2% pescados e 0,7% outros empreendimentos.

Já a Arauco y Constitución foi criada em setembro de 1979, como a fusão da Arauco S.A. (1967) e Celulosa Constitución S.A. (1969), ambas as empresas privatizadas em 1977 e 1979, respectivamente.

As unidades de celulose correspondem a Planta Arauco, a Planta Constitución, a Planta Licancel e 'a Planta Valdivia, no Chile, e a Unidade de Alto Paraná, na Argentina, ultrapassando 2 milhões de toneladas de celulose Kraft por ano.[3] A Arauco é proprietária de quatorze serrarias, sendo doze no Chile e duas na Argentina, além de sete plantas de remanufatura de madeira, totalizando a capacidade de mais de 3,4 milhões metros cúbicos de madeira serrada. Na área de painéis, possui no Chile duas plantas de compensados, duas plantas de MDF (Medium Density Fiberboard) e uma planta de HB (Hardboard). Já a capacidade de produção de painéis corresponde a aproximadamente 2,2 milhões de metros cúbicos por ano. Na Argentina, possui uma planta de MDF e outra de PBO (Particle Board).[3]

Além das unidades industriais no Brasil, atua também na produção e manejo de reflorestamento no Paraná, que somam de 132 mil hectares, com 70 mil hectares de plantios de madeira.[4] Possui ainda áreas florestais no Uruguai (20 mil hectares), Argentina (aproximadamente 111 mil hectares) e Chile (cerca de 670 mil hectares).

Em 2012 a companhia comprou a totalidade das ações da canadense Flakeboard, fabricadora de painéis de madeira no Canadá e nos Estados Unidos, por meio de um negócio fechado em 242,5 milhões de dólares, que corresponde a sete unidades da América do Norte.[5][6]

Em 2015 a Arauco realizou a compra de 50% da empresa espanhola Tafisa, que possui dez plantas industriais produtoras de painéis de madeiras distribuídas na Espanha, Portugal, Alemanha e África do Sul, totalizando um investimento de 150 milhões de dólares.[7]

Em 2018 a Arauco construiu uma unidade de derivados de madeira em Michigan, nos Estados Unidos,[1] se consolidando no país norte-americano e chegando a 68 unidades fabris em várias partes do mundo.[1][8] Em 2019 anunciou mais uma expansão, com a compra de ativos industriais da Masisa no México. Os complexos industriais estão localizados em Durango e Zitácuaro, colocando a Arauco em segundo lugar na produção de painéis de madeira no mundo, chegando a casa de 10 milhões de m³ por ano. [9]

No Brasil[editar | editar código-fonte]

Entrada da Arauco do Brasil, unidade de Piên, Paraná.

No Brasil, o grupo mantém a Arauco do Brasil, com unidades em Piên (aprox. 730 mil m³/ano) e em Jaguariaíva (850 mil m³/ano), ambas no Paraná.[4][10] No município de Araucária, região metropolitana de Curitiba, mantém uma planta química industrial (142 mil toneladas/ano), produzindo resinas e outros produtos, para comercialização e para abastecer suas unidades industriais de painéis no Paraná.[11]

Em 2007 a Arauco fechou parceria com a finlandesa Stora Enso no Brasil que detinha empreendimentos no Paraná. A Stora Enso vendeu 20% da unidade fabril, 80% da unidade florestal e 100% da serraria. A antiga unidade industrial da Inpacel Indústria Ltda (International Paper), localizada no município de Arapoti, produz papel para impressão de revistas e catálogos.[12] Já em 2015 a Stora Enso resolveu vender 80% que detinha da unidade industrial de Arapoti para a produtora chilena de papel Papeles Bio Bio,[13] atual BO Paper,[14] a mesma que havia adquirido anteriormente a Pisa Papel de Imprensa S/A de Jaguariaíva, também no Paraná, entre 2013 e 2014.[15][16]

Em 2011 a Arauco Forest Brasil, subsidiária da Celulosa Arauco y Constitución, junto com a brasileira Klabin S.A., produtora e exportadora de papéis, anunciaram a compra de uma área de 107 mil hectares de terras no Paraná, sendo 63 mil hectares de florestas comerciais (reflorestamentos). A compra foi estimada em 473,5 milhões de dólares, onde adquiriram 100% do capital total da empresa Florestal Vale do Corisco Ltda. com sede em Jaguariaíva. A intermediação foi realizada pela Centaurus Holdings S.A., compreendendo uma participação de 51% da Klabin e 49% da Arauco.[17][18]

Em 2017 o grupo chileno adquiriu as fábricas da Masisa do Brasil, localizadas em Ponta Grossa, no Paraná, e Montenegro, no Rio Grande do Sul.[19][20]

Ver também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b c «Arauco en EE.UU.: planta de tableros de 7,5 hectáreas techada» (em espanhol). Diario Concepción. 2 de fevereiro de 2019. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  2. «Arauco, gigante chilena, lidera a produção de painéis para móveis». Diário Indústria e Comércio. 4 de junho de 2018. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  3. a b «Arauco - a empresa». Portal Moveleiro. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  4. a b «Arauco confirma investimento na fábrica de Jaguariaíva». Agência de Notícias do Paraná. 11 de agosto de 2011. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  5. Valor Online (8 de junho de 2012). «Chilena Arauco compra empresa canadense por US$ 242,5 milhões». IG Último Segundo. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  6. Valor Online (8 de junho de 2012). «Chilena Arauco compra empresa canadense por US$ 242,5 milhões». G1. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  7. «Arauco se consolida como segundo maior produtor mundial de painéis». emobile. 4 de dezembro de 2015. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  8. «Nueva planta de paneles de ARAUCO en Estados Unidos estará operativa en 3er trimestre de 2018» (em espanhol). Arauco. 1º de abril de 2017. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  9. «Arauco adquire fábricas de painéis de madeira no México para liderar o mercado naquele país». Mundo Marítimo. 28 de janeiro de 2019. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  10. «Arauco fecha acordo para comprar empresa com fábrica em Ponta Grossa por US$ 102,8 milhões». Gazeta do Povo. 11 de setembro de 2017. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  11. «Arauco Química». Arauco do Brasil. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  12. «Stora Enso e Arauco fecham parceria no Brasil». O Globo. 29 de setembro de 2007. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  13. Juliana Machado (31 de dezembro de 2015). «Stora Enso acerta venda de fábrica no PR para chilena Papeles Bio Bio». Valor Econômico. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  14. Fernando Rogala (11 de outubro de 2017). «Grupo BO projeta consolidar R$ 50 mi em aportes até 2018». A Rede. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  15. «Histórica papelera cambió de nombre a Bo Paper Bío Bío S.A.». Lignum. 8 de outubro de 2018. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  16. Fernando Rogala (5 de abril de 2016). «Stora Enso conclui venda e fábrica de papel passa a se chamar BO Paper». Folha Paranaense. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  17. Agência EFE (4 de novembro de 2011). «Klabin e Arauco compram 107 mil hectares no Paraná». G1. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  18. Evandro Fade (4 de novembro de 2011). «Klabin e Arauco pagam R$ 840 mi por empresa de reflorestamento no PR». Estadão. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  19. «Arauco firma acordo para se consolidar como segundo maior produtor mundial de placas do mundo.». Celulose Online. 8 de setembro de 2017. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 
  20. Raquel Stenzel (16 de novembro de 2017). «Cade aprova compra da Masisa do Brasil pela chilena Arauco». Exame. Consultado em 25 de fevereiro de 2019 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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