Arcidae
Arcidae | |||||||||||||||
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Vista superior de uma valva de Anadara notabilis (Röding, 1798), coletada em Ubatuba, região sudeste do Brasil, em 1995. Ainda é possível verificar partes de seu perióstraco, sobre a concha, nas laterais. | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Distribuição geográfica | |||||||||||||||
Gêneros | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
Anadarinae Reinhart, 1935 Arcinae Lamarck, 1809 Bathyarcinae Scarlato & Starobogatov, 1979 Litharcinae Frizzell, 1946 Scaphulinae Scarlato & Starobogatov, 1979 (WoRMS)[1] |
Arcidae (nomeadas, em inglêsː ark -sing.[2]; na tradução para o portuguêsː arca -sing.) é uma família de moluscos Bivalvia marinhos filtradores, na maioria tropicais e cujo habitat vai dos mares rasos a profundos; classificada por Jean-Baptiste de Lamarck, em 1809, e pertencente à subclasse Pteriomorphia, na ordem Arcida.[1][4][5][6][7]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Compreende, em sua totalidade, animais com conchas dotadas de 2 valvas visíveis, ovoides, sub-trapezoidais ou semi-triangulares, pequenas ou atingindo tamanhos de até 7 centímetros de comprimento. São caracterizados por ter conchas mais ou menos em forma de barco, na maior parte das vezes branca, com longos e retos encaixes, com muitos dentes pequenos e entrelaçados, entre suas valvas. Em certas espécies a concha é listrada com faixas mais escuras, tingida com manchas ou totalmente colorida com um marrom intenso. A superfície de suas conchas é esculpida, na maioria das vezes com costelas radiais, e geralmente revestida com um perióstraco grosso e enegrecido, às vezes cabeludo. Gêneros como Arca Linnaeus, 1758 possuem uma abertura entre suas valvas fechadas para a saída de um bisso de fixação no substrato. Anadara Gray, 1847 sem abertura do bisso entre suas valvas, sendo mais comumente encontradas na maré baixa, em áreas areno-lodosas. No verso de cada valva existem duas impressões musculares quase iguais.[1][5][8][9][10][11]
Alimentação
[editar | editar código-fonte]Se alimentam por filtração de detritos e de microorganismosː diatomáceas e foraminíferos.[7]
Uso humano como alimento
[editar | editar código-fonte]Por volta de dez espécies de Arcidae são empregadas na alimentação humana, dentre elas: Arca noae, Arca zebra, Tegillarca granosa, Anadara inaequivalvis e Senilia senilis.[12][13][14]
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Fotografia de conchas, com o animal, de Senilia senilis (Linnaeus, 1758); espécie usada na alimentação humana, em Senegal.[2][12]
Classificação de Arcidae: gêneros viventes
[editar | editar código-fonte]De acordo com o World Register of Marine Species, suprimidos os sinônimos e gêneros extintos.[1]
- Acar Gray, 1857
- Anadara Gray, 1847
- Arca Linnaeus, 1758
- Asperarca Sacco, 1898
- Barbatia Gray, 1842
- Bathyarca Kobelt, 1891
- Bentharca Verrill & Bush, 1898
- Calloarca Gray, 1857
- Deltaodon Barnard, 1962
- Destacar Iredale, 1936
- Fugleria Reinhart, 1937
- Hawaiarca Dall, Bartsch & Rehder, 1938
- Larkinia Reinhart, 1935
- Litharca Gray, 1842
- Lunarca Gray, 1842
- Mabellarca Iredale, 1939
- Mesocibota Iredale, 1939
- Mimarcaria Iredale, 1939
- Miratacar Iredale, 1939
- Mosambicarca Lutaenko, 1994
- Paranadara Francisco, Barros & S. Lima, 2012
- Samacar Iredale, 1936
- Scaphula Benson, 1834
- Senilia Gray, 1842
- Tegillarca Iredale, 1939
- Trisidos Röding, 1798
- Tucetonella Habe, 1961
- Xenophorarca M. Huber, 2010
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Conchas de moluscos Arcidae Lamarck, 1809, no Flickr, por Pei-Jan Wang.
Referências
- ↑ a b c d e «Arcidae» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ a b c d ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 291-294. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0
- ↑ «Lunarca ovalis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 177-178. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X
- ↑ a b SILVA, José António; MONTALVERNE, Gil (1980). Iniciação à Colecção de Conchas. Colecção Habitat. Lisboa, Portugal / Livraria Martins Fontes, Brasil: Editorial Presença. p. 81. 110 páginas
- ↑ RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 229-232. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2
- ↑ a b Francisco, Jonata de Arruda (2015). «Taxonomia das espécies da família Arcidae (Bivalvia: Pteriomorpha) no Brasil» (PDF). Universidade Federal de Pernambuco. p. 16. 210 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ «ARCIDAE». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ LINDNER, Gert (1983). Moluscos y Caracoles de los Mares del Mundo (em espanhol). Barcelona, Espanha: Omega. p. 97. 256 páginas. ISBN 84-282-0308-3
- ↑ «Ark shell» (em inglês). Encyclopædia Britannica. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ «Ark Clams» (em inglês). Barnegat Bay Shellfish. 1 páginas. Consultado em 7 de agosto de 2020
- ↑ a b «Man and Mollusc's Data Base of Edible Molluscs» (em inglês). Man and Mollusc. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2019
- ↑ «Tegillarca granosa» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020
- ↑ «Senilia senilis» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 3 de janeiro de 2020