Armadeira: diferenças entre revisões
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O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir para [[edema pulmonar]] e [[Choque circulatório|choque]] representando um risco não desprezível de morte.<ref name="CICCO">Cicco, Lúcia H. Salveti de: ''[http://www.saudeanimal.com.br/armadeira.htm Armadeira ou Aranha da banana]'' – Animais Perigosos.</ref> |
O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir para [[edema pulmonar]] e [[Choque circulatório|choque]] representando um risco não desprezível de morte.<ref name="CICCO">Cicco, Lúcia H. Salveti de: ''[http://www.saudeanimal.com.br/armadeira.htm Armadeira ou Aranha da banana]'' – Animais Perigosos.</ref> |
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Apesar da alta toxicidade da peçonha da armadeira, a absoluta maioria dos casos registrados são considerados leves e de [[prognóstico]] benéfico. Nestes casos o tratamento é sintomático resumindo-se a analgésicos como a picasulina e anestésico local [[Lidocaína|xilocaína]] e, em caso de ânsia de vômito, um antiemético como [[Metoclopramida|Plasil (Metoclopramida)]]. |
Apesar da alta toxicidade da peçonha da armadeira, a absoluta maioria dos casos registrados são considerados leves e de [[prognóstico]] benéfico. Nestes casos o tratamento é sintomático resumindo-se a analgésicos como a picasulina e anestésico local [[Lidocaína|xilocaína]] e, em caso de ânsia de vômito, um antiemético como [[Metoclopramida|Plasil (Metoclopramida)]]. |
Revisão das 19h45min de 28 de abril de 2013
Aranha Armadeira | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
P. bahiensis P. boliviensis P. eickstedtae P. fera P. keyserlingi P. nigriventer P. pertyi P. reidyi |
Armadeira (também conhecida como aranha-macaco ou aranha-de-bananeira) é a designação comum às aranhas do gênero Phoneutria (do grego phoneútria, "assassina"), da família dos ctenídeos. O nome comum armadeira vem da sua atitude invariável de ataque, com as patas dianteiras erguidas.
Características
Originárias da região sul-americana, com um corpo de 3,5 cm a 5 cm e pernas de até 17 cm de envergadura (fêmea). São altamente agressivas e peçonhentas, pois produzem um veneno cujo componente neurotóxico é tão potente que apenas 0,006 mg é suficiente para matar um rato. Freqüentemente entram em habitações humanas à procura de alimento, parceiros sexuais ou mesmo abrigo, escondendo-se em roupas e sapatos. Quando incomodadas, picam furiosamente diversas vezes, e centenas de acidentes envolvendo essas espécie são registrados anualmente: são responsáveis por aproximadamente 42% dos casos de picadas por aracnídeos notificados no Brasil.[carece de fontes]
É considerada a aranha mais venenosa do mundo, segundo o Guiness Book, devido a potência do seu veneno de ação neurotóxico. No Brasil, é a segunda aranha que mais causa acidentes, perdendo apenas para a aranha-marrom, porém, ao contrário da Loxosceles, é extremamente agressiva, razão pela qual não se aconselha nem se permite sua criação em cativeiro.
Veneno
A peçonha da Phoneutria é composta por polipeptídeos melao, além de histamina e serotonina. Sua ação é neurotóxica e cardiotóxica. A ação neurotóxica ocorre no SNC, mais precisamente nos canais de sódio, provocando despolarizações nas terminações nervosas, (sinapses) sensitivas e motoras, fibras musculares e no sistema nervoso autônomo, induzindo a liberação de neurotransmissores (principalmente a acetilcolina e catecolaminas.[1]). A ação cardiotóxica interfere na atividade contrátil do músculo estriado cardíaco, ativação do sistema de calicreína tissular, ativação de fibras sensoriais e esvaziamento gástrico. A picada da Phoneutria é relativamente letal para ratos. Fontes confiáveis afirmam que mais de 7.000 casos autênticos de picadas em humanos foram registrados, com apenas cerca de 10 mortes conhecidas, e apenas cerca de 2% dos casos foram graves o suficiente para precisar de utilização de antiveneno.
Sintomatologia
Os pontos de inoculação sobre a pele são vistos acompanhados de inchaço, vermelhidão e sudorese local. A dor é queixa comum, pode ser local ou irradiada, tem intensidade variada e é acompanhada de parestesias (formigamento). Dependendo do estado da pessoa, além da dor, os sintomas mais comuns são taquicardia com alterações no eletrocardiograma, hipertensão arterial, sudorese com visão turva e vômitos ocasionais. O hemograma pode apresentar leucocitose com neutrofilia e hiperglicemia.[2]
O quadro em crianças com menos de seis anos e idosos muito debilitados pode evoluir para edema pulmonar e choque representando um risco não desprezível de morte.[3] jgjij3o7ijp7i8o8
Tratamento
Apesar da alta toxicidade da peçonha da armadeira, a absoluta maioria dos casos registrados são considerados leves e de prognóstico benéfico. Nestes casos o tratamento é sintomático resumindo-se a analgésicos como a picasulina e anestésico local xilocaína e, em caso de ânsia de vômito, um antiemético como Plasil (Metoclopramida). Nos moderados que apresentam sudorese acompanhada de leve taquicardia e hipertensão, o tratamento sintomático é acompanhado do específico com soro antiaracnídeo. Nos casos graves que apresentam grandes alterações na pressão arterial com taquicardia/bradicardia e sudorese profusa, uma dose maciça de soro antiaracnídeo juntamente com cuidados médicos intensivos tornam-se necessários.[4]
Ver também
Referências
- ↑ Cartillo, Juan C. Quintana; Patiño, Rafael Otero: Envenenamiento aracnídico em las Américas – Revista MEDUNAB. Vol. 5, número 13 - Mayo de 2002.
- ↑ CUPO P; AZEVEDO-MARQUES MM & HERING SE: Acidentes por animais peçonhentos: Escorpiões e aranhas – Medicina, Ribeirão Preto, 36: 490-497, abr./dez. 2003.
- ↑ Cicco, Lúcia H. Salveti de: Armadeira ou Aranha da banana – Animais Perigosos.
- ↑ Ministério da Saúde: Manual de diagnóstico e tratamento de acidentes por animais peçonhentos – 2ª ed. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2001. ISBN 85-7346-014-8