Ascenso Ferreira

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Ascenso Ferreira
Nome completo Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira
Nascimento 9 de maio de 1895
Palmares
Morte 5 de maio de 1965 (69 anos)
Recife
Nacionalidade Brasil Brasileiro
Cônjuge Maria Stella
Maria de Lourdes Medeiros
Filho(a)(s) Maria Luísa (1948)
Ocupação Poeta
Prêmios Prêmio Literário Othon Bezerra de Mello (1957)
Magnum opus Poemas : 1933-1953

Ascenso Carneiro Gonçalves Ferreira (Palmares, 9 de maio de 1895 Recife, 5 de maio de 1965) foi um poeta brasileiro, conhecido por integrar o movimento modernista de 1922 com uma poesia que destacava a temática regional de sua terra.[1] Usava sempre um grande chapéu de palha, que o caracterizava.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Órfão aos treze anos de idade, passou a trabalhar na mercearia de um tio e, em 1911, publicou no jornal A Notícia de Palmares o seu primeiro poema, Flor Fenecida.

Em 1920, mudou-se para o Recife, onde tornou-se funcionário público e passou a colaborar com o Diário de Pernambuco e outros jornais.

Em 1922 casou-se com Maria Stella, filha do poeta, funcionário público e literato pernambucano Fernando Griz,[2] mas o casamento não durou muito.

Em 1925, participou do movimento modernista de Pernambuco e, em 1927, publicou seu primeiro livro, Catimbó. Viajou a vários estados brasileiros para promover recitais.

Em 1933 conheceu Maria de Lourdes Medeiros e passou a morar com ela. Em 1948 nasceu Maria Luísa, filha do casal.

Em 1941 publicou o seu segundo livro Cana Caiana. O terceiro livro Xenhenhém estava pronto para ser editado, mas só sairia em 1951, incorporado à edição de Poemas, que foi o primeiro livro surgido no Brasil apresentando disco de poesias recitadas pelo seu autor – a edição continha, ainda, o poema O trem de Alagoas, musicado por Villa-Lobos.

Em 1955, participou ativamente da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek, inclusive participando de comícios no Rio de Janeiro. Em 1956, foi nomeado por JK para a direção do Instituto Joaquim Nabuco de Pesquisas Sociais, no Recife, mas a nomeação foi cancelada dez dias depois, porque um grupo de intelectuais recifenses não aceitava que o poeta e boêmio irreverente assumisse o cargo. Foi nomeado, então, assessor do Ministério da Educação e Cultura, onde só comparecia para receber o salário.

Em 1963, a Editora José Olympio lançou Catimbó e outros poemas.

Também compôs canções, destacando-se:

Referências

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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"Meu genro: você carece de casar com uma das minhas filhas. O dote que dou pra ti é Oropa França e Bahia. Mas porém você tem que ser fiel e não andar assim brincando com as outras cunhãs por aí." (Macunaíma, cap. 8, p. 30 )
"Europa, França e Bahia" é também o título de um poema de Carlos Drummond de Andrade, publicado em 1930 (v. "A Natureza Heterogênea do Discurso", p. 6, por Glória Pacheco).



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