Barragem do Zabumbão

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Barragem do Zabumbão
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Geografia
País
Unidade federativa
Município
Coordenadas
Funcionamento
Estatuto
barragem
barragem de capacidade de volume de mais de 3 hm³ e menos de 75 hm³ (d)
barragem de mais de 30 metros e menos de 70 metros (d)
barragem de risco alto (d)
barragem de dano potencial associado alto (d)
Mapa

A Barragem do Zabumbão é uma represa no curso do rio Paramirim, na cidade brasileira de Paramirim, região sudoeste do estado da Bahia, inaugurada no ano 2000. Tem uma capacidade de 60 000 000 m³ e serve à agricultura e abastecimento de várias cidades do sertão baiano.[1]

Histórico[editar | editar código-fonte]

A ideia de se realizar uma obra de barramento do Paramirim remonta à década de 1930, quando foi elaborado um primeiro projeto de represa. As reivindicações por sua construção restaram sem resposta pelos governos que se sucederam até que em 1961 a Comissão do Vale do São Francisco (órgão extinto), retomou os estudos que somente vieram a ser efetivados a partir da década de 1980.[1]

Sendo a Comissão substituída pela Codevasf, órgão que assumiu a administração hídrica da bacia do rio São Francisco, a construção levou cerca de duas décadas, com sucessivas interrupções por cortes de verbas, até sua efetiva inauguração.[1]

Características[editar | editar código-fonte]

Possui uma área alagada de pouco menos de 3 000 hectares entre montanhas características da Chapada Diamantina, entre o Morro da Estrela e a Serra do Cruzeiro onde o vão atinge altura de 160 metros, tem 8 quilômetros de extensão, com algumas ilhas em seu interior.[1]

Além de servir para consumo e irrigação, a barragem serve à piscicultura, sendo nela reintroduzidas espécies ali já extintas e comuns do São Francisco como o curimatá-pacu, além de servir como balneário.[1]

Problemas[editar | editar código-fonte]

Em 2019, com a estiagem, o volume da barragem desceu a níveis críticos mas, ainda assim, o órgão gestor (Codevasf) continuou a liberar água para a agricultura, ameaçando assim o próprio fluxo do rio que interrompeu o curso antes de chegar na vizinha cidade de Caturama.[2]

Já em 2015 a população se mobilizara contra a ampliação de concessão da água a novos projetos de irrigação.[1] A situação vem sendo agravada com a falta de fiscalização tanto pelo órgão gestor quanto pelas agências fiscalizadoras federais e estaduais, que permite o desmatamento de nascentes em seus afluentes como o rio do Morro do Fogo ou da Barra.[2]

Referências

  1. a b c d e f Assessoria de Comunicação CBHSF (11 de junho de 2021). «Barragem do Zabumbão: o coração do vale fértil que supera a seca». Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. Consultado em 14 de março de 2023. Cópia arquivada em 4 de agosto de 2021 
  2. a b Samuel Rodrigues (2019). «Crítica situação da Barragem do Zabumbão: – A "Caixa d'água" do Vale pode Secar». O Eco. Consultado em 14 de março de 2023. Cópia arquivada em 5 de maio de 2020 
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