Barthélemy Boganda

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Barthélemy Boganda
Barthélemy Boganda
Barthélemy Boganda em 1958
Presidente do governo da República Centro-Africana
Período 1 de dezembro de 1958
a 29 de março de 1959
Antecessor(a) cargo criado
Sucessor(a) Abel Goumba
Prefeito de Bangui
Período 23 de novembro de 1956
a 29 de março de 1959
Antecessor(a) Édouard Dumont
Sucessor(a) René Naud
Deputado à Assembleia Nacional Francesa por Ubangui-Chari
Período 10 de novembro de 1946
a 29 de março de 1959
Dados pessoais
Nascimento 4 de abril de 1910
Bobangui, Ubangui-Chari, África Equatorial Francesa
Morte 29 de março de 1959 (48 anos)
Boukpayanga, República Centro-Africana
Progenitores Mãe: Siribé
Pai: Swalakpé
Cônjuge Michelle Jourdain
Filhos(as) 3
Partido Movimento para a Evolução Social da África Negra (1949-1959)
Religião Catolicismo
Profissão padre (1938-1949)

Barthélémy Boganda (Bobangui, 4 de abril de 1910 - Boukpayanga, 29 de março de 1959), foi um político centro-africano e ativista pela independência de seu país. É considerado o "pai fundador" da República Centro-Africana, na qual governou como presidente ainda como um território autônomo.

Foi ordenado padre católico em 17 de março de 1938, na Catedral de Notre-Dame de Bangui. Trabalhou como pároco em Bambari e Bangassou.

Em 1946 é eleito deputado para a Assembleia Nacional Francesa[1] e começa a ter conflitos com a Igreja Católica, principalmente com a questão do celibato. Foi suspendo de ordens em 25 de novembro de 1949 e no ano seguinte casou-se com sua secretária parlamentar, a francesa Michelle Jourdain (1921-1995).[2]

No dia 1 de dezembro de 1958, é proclamada a República Centro-Africana, a Assembleia Territorial torna-se constituinte e legislativa, e Barthélemy Boganda torna-se presidente do governo.[3]

Durante sua presidência, Boganda criou as instituições da República Centro-Africana. Desenhou a bandeira nacional e construiu o lema do país "Unidade, Dignidade, Trabalho" ao qual está associado o princípio "Zo kwe zo" ("cada o ser humano é uma pessoa” ou “um homem vale outro”).[4]

Morreu em um acidente de avião em circustâncias misteriosas, durante uma campanha política, quando o Nord 2501 que estava caiu no dia 29 de março de 1959, matando os 9 ocupantes da aeronave.[5]

Seus dois sobrinhos se tornaram estadistas da República Centro-Africana: David Dacko foi o 1º e 3º presidente do país, e Jean-Bédel Bokassa foi o 2º presidente e único imperador do Império Centro-Africano.

Referências