Bartonella
Bartonella | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
B. alsatica
B. birtlesii B. bovis B. capreoli B. clarridgeiae B. doshiae B. elizabethae B. grahamii B. koehlerae B.muris B. peromysci B. schoenbuchii B. talpae B. taylorii B. tribocorum B. vinsonii spp. arupensis B. vinsonii spp. berkhoffii B. vinsonii spp. vinsonii B. washoensis |
Bartonella é um gênero de bactérias gram-negativas, bacilares curvadas, 0,6 mm de largura, flageladas (10 ou mais flagelos), intracelulares facultativas, aeróbias obrigatórias e oportunistas. Usam artrópodes que se alimentam de sangue, como pulgas, mosquitos e carrapatos, como vetores. Doenças causadas por elas podem ser chamadas coletivamente de bartoneloses.[1][2][3]
Cultivo
[editar | editar código-fonte]São cultivadas em ágar BHI, ágar soja tripticase ou ágar Columbia suplementadas com sangue de ovelha a 5%, ágar de infusão de coração contendo sangue de coelho a 5% e ágar chocolate preparadas com meio de base GC. Os cultivos são heterogêneos, em forma de coliflor, firmes, bem aderidos à superfície do ágar. Com esse método podem ser cultivadas em 3 a 4 dias.[4]
Em ágar sangue crescem melhor a 5% de CO2 a 37 °C e demoram 5 a 15 dias (média 10 dias).
Patologias
[editar | editar código-fonte]Bartonella - patofisiologia em humanos | ||||
Espécies | Relação com humanos | Reservatório animal |
Patofisiologia | Distribuição |
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Bartonella bacilliformis | Reservatório | Apenas humanos | Doença de Carrión (Febre de Oroya, Verruga peruana) | Andes |
B. quintana | Reservatório | Apenas humanos | Causa Febre das trincheiras, Angiomatose bacilar, e endocardite | Mundial |
B. clarridgeiae | Incidental | Gato e cachorro | Doença da arranhadura do gato | Mundial |
B .elizabethae | Incidental | Rato | Endocardite | Mundial |
B. grahamii | Incidental | Rato | Endocardite e retinite | Mundial |
B. henselae | Incidental | Gato | Doença da arranhadura do gato, angiomatose bacilar, Peliose, Endocardite e bacteremia com febre | Mundial |
B. koehlerae | Incidental | Gato | Velho mundo | |
B. vinsonii | Incidental | Rato, Cão | Mundial | |
B. washoensis | Incidental | Esquilos | Miocardite | EUA |
B. rochalimae | Incidental | Desconhecido | Sintomas semelhantes aos da Doença de Carrión | Andes |
Sintomas
[editar | editar código-fonte]A maioria dos casos é sub-clínica. Quando há sintomas, os mais frequentemente associados a bartoneloses são[5]:
Em adolescentes e adultos saudáveis desaparecem sozinhos.
Tratamento
[editar | editar código-fonte]Quase 99% das infecções curam mesmo sem tratamento e a maioria nem tem sintomas. As complicações são raras e restritas a imunocomprometidos e crianças. Muitas Bartonellae, especialmente B. henselae, são resistentes a penicilinas, então recomenda-se usar cotrimoxazol, gentamicina ou ciprofloxacino.[6]
História
[editar | editar código-fonte]Bartonella rochalimae foi nomeada em homenagem a Rocha Lima, o cientista brasileiro que a descobriu.[7]
Referências
- ↑ Zeaiter Z, Liang Z, Raoult D (2002). «Genetic classification and differentiation of Bartonella species based on comparison of partial ftsZ gene sequences». J. Clin. Microbiol. 40 (10): 3641–7. PMID 12354859. doi:10.1128/JCM.40.10.3641-3647.2002
- ↑ Jacomo V, Kelly PJ, Raoult D (2002). «Natural history of Bartonella infections (an exception to Koch's postulate)». Clin. Diagn. Lab. Immunol. 9 (1): 8–18. PMID 11777823. doi:10.1128/CDLI.9.1.8-18.2002
- ↑ Maco V, Maguiña C, Tirado A, Maco V, Vidal JE (2004). «Carrion's disease (Bartonellosis bacilliformis) confirmed by histopathology in the High Forest of Peru». Rev. Inst. Med. Trop. Sao Paulo. 46 (3): 171–4. ISSN 1678-9946. PMID 15286824
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ Rolain JM, Brouqui P, Koehler JE, Maguina C, Dolan MJ, Raoult D (2004). "Recommendations for treatment of human infections caused by Bartonella species". Antimicrob. Agents Chemother. 48 (6): 1921–33. doi:10.1128/AAC.48.6.1921-1933.2004. PMC 415619. PMID 15155180.
- ↑ Smith, Michael (2007-06-07). "Mystery Fever Leads to New Pathogen From Peru". MedPage Today.