Brasilinvest

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Sede da Brasilinvest na Avenida Rebouças, em São Paulo.

Brasilinvest, criado em 1975 pelo empresário Mário Garnero, foi um Banco de investimentos, a primeira agência privada de desenvolvimento instalada no Brasil e a primeira a ter escritório na China. Surgiu e consolidou-se como um clássico "banque d'affaires" ou "merchant bank". Já estruturou e concluiu projetos de investimentos no Brasil de mais de U$ 4,7 bilhões.[1] O Brasilinvest conta ainda com importantes homens e mulheres de negócio de todo o mundo em seu conselho. A empresa está sediada em São Paulo, no Centro Empresarial Mário Garnero.

Brasilinvest Informática e Telecomunicações (BIT)[editar | editar código-fonte]

A década de 1980 começou com mudanças drásticas na política brasileira, tendo como diretrizes o controle da inflação e o déficit no balanço de pagamentos. Em 1983 a NEC Brasil, subsidiária brasileira da NEC Corporation (Nippon Electric Company),[2] ponderou as contínuas resoluções do governo brasileiro de proteção às indústrias locais. A importação de produtos industrializados foi proibida e foram exigidos índices crescentes de nacionalização dos produtos fabricados no país. Para se adequar às medidas governamentais, o grupo, por meio de uma joint-venture, transferiu o controle acionário da NEC Brasil para a Brasilinvest Informática e Telecomunicações (BIT)[3] e Mário Garnero passou a exercer o cargo de presidente do Conselho de Administração da NEC Brasil.

Em março de 1985 o Banco Central do Brasil decretou a liquidação extrajudicial de duas empresas do grupo Brasilinvest.[4] As irregularidades constatadas levaram a Procuradoria-Geral da República, a solicitar a prisão preventiva de Mário Garnero e outros sócios do grupo Brasilinvest.[4] O Ministro das Comunicações Antônio Carlos Magalhães suspendeu o pagamento de uma dívida de US$ 30 milhões de um contrato de fornecimento de equipamentos já entregues pela NEC Brasil à Telebrás.[5][6] E Mário Garnero se viu obrigado a abrir mão do controle acionário da Brasilinvest na NEC Brasil e vendê-la às Organizações Globo, do jornalista Roberto Marinho, no final do ano de 1986.[6][7]

Referências

  1. Site Oficial do Brasilinvest
  2. Encyclopædia Britannica
  3. NEC Brasil: 40 anos de história no País. 26 de novembro de 2008.
  4. a b «Folha de S.Paulo - BC liquidou o grupo em 85 - 20/10/1997». www1.folha.uol.com.br. Consultado em 3 de março de 2022 
  5. Nec: O grande negócio. Revista ISTOÉ.
  6. a b «Família de ACM controla 5 emissoras». Folha de São Paulo. 5 de setembro de 1995. Consultado em 13 de novembro de 2022 
  7. «Globo vende a Nec para os japoneses». Folha de São Paulo. 31 de julho de 1999. Consultado em 13 de novembro de 2022 

Ver também[editar | editar código-fonte]

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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