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Camillo Ranzani

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Camillo Ranzani
Nascimento 21 de junho de 1775
Bolonha
Morte 23 de abril de 1841 (65 anos)
Bolonha
Ocupação naturalista, sacerdote, zoólogo, ornitólogo, professor universitário
Empregador(a) Universidade de Bolonha
Religião Igreja Católica

Camillo Ranzani (Bolonha, 22 de junho de 1775 - Bolonha, 23 de abril de 1841), foi um padre e naturalista italiano, professor da Universidade de Bolonha e responsável pela identificação de várias espécies.

Filho de Tommaso e Francesca Sgarzi, que não eram ricos mas, a despeito disso, teve uma ótima educação graças à tutela e proteção de padres como Giovanni Battista Respighi e depois de Giuseppe Vogli, que então lecionava filosofia na universidade, sendo um entusiasta das ciências naturais. Ali foi colega e grande amigo de Giuseppe Gasparo Mezzofanti que, mais tarde, tornar-se-ia cardeal.[1]

Uma vez concluídos os estudos, foi auxiliar de Vogli no magistério e enviado por este até Fano onde seria professor por alguns anos, até que a ocupação francesa o forçou retornar à cidade natal onde concluiu os estudos sacerdotais. Em 1801, cumprindo sua vocação de naturalista, torna-se assistente no jardim botânico e auxiliando ali na aplicação do sistema taxonômico de Lineu, embora seguisse a linha de pensamento do geólogo e naturalisa Alberto Fortis que o indicou para lecionar zoologia e mineralogia na Universidade, em 1803. No ano seguinte publicou numa revista alemã um estudo que, por considerar não ter sido bem recebido, o levou a não publicar novamente até 1817.[1]

Em 1810 encontra-se com Georges Cuvier e foi por este influenciado. Cuvier o leva a Paris onde permanece por mais de um ano de estudos e aperfeiçoamento como aluno de Cuvier e Bernard Germain de Lacépède. Embora não tenha sido aluno de Jean-Baptiste Lamarck, viria a aceitar sua taxonomia mas não a ideia de transformações dos seres vivos. De volta à Itália, cuida do Museu do Instituto de Ciências, ampliando seu acervo e coleções. Volta a publicar em 1817, participando da criação de uma revista científica de curta duração.[1]

Entre 1819 e 1829 publicou sua magnum opus, em treze volumes: o Elementi di zoologia onde compilou o conhecimento então existente sobre as espécies animais desde Aristóteles até Lamarck (que criticou as ideias de evolução já na introdução), sem esquecer de figuras já esquecidas e que então eram populares no meio científico europeu, como Pierre Denys de Montfort, que dizia existirem polvos gigantes capazes de afundar navios, ou de pessoas como Julien-Joseph Virey, que defendiam o racismo científico.[1]

Dedicou seus últimos anos aos estudos de geologia e paleontologia, e sua compatibilidade com a Bíblia.[1] Dentre as espécies que nomeou está a Paralichthys brasiliensis.[2]

Referências

  1. a b c d e Pietro Corsi (2016). «RANZANI, Camillo». Dizionario Biografico degli Italiani (em italiano). 86. [S.l.]: Istituto della Enciclopedia Italiana fondata da Giovanni Treccani. Consultado em 19 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 16 de novembro de 2022 
  2. Rainer Froese e Daniel Pauly, ed. (2011). «Paralichthys brasiliensis». FishBase (em inglês). FishBase. Consultado em 19 de agosto de 2024. Cópia arquivada em 10 de março de 2016 


Ranzani é a abreviatura padrão de Camillo Ranzani.
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