Canal do Mangue

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Trecho do Canal do Mangue na Avenida Presidente Vargas.

O Canal do Mangue é um canal situado na Zona Central da cidade do Rio de Janeiro. É margeado pela Avenida Francisco Bicalho, no bairro do Santo Cristo, e pela Avenida Presidente Vargas, no bairro da Cidade Nova.

Há muitos anos, o esgoto sanitário dos bairros circunvizinhantes são lançados diretamente no canal. A fim de captar esse esgoto, encontra-se em construção o Coletor Tronco Cidade Nova, que terá um total de 4,2 km de dutos. Será captado o esgoto de parte dos seguintes bairros: Catumbi, Centro, Cidade Nova, Estácio, Rio Comprido e Santa Teresa.[1]

História[editar | editar código-fonte]

Século XIX[editar | editar código-fonte]

Projeto de ajardinamento do Canal do Mangue, de 1875 (Arquivo Nacional).

Até o século XIX, na área onde hoje situa-se o bairro da Cidade Nova, havia um imenso manguezal denominado Mangue de São Diogo. No ano de 1835, o Governo Imperial decidiu sanear a área do mangue; na época, havia um plano de se construir um estreito canal na região a fim de receber as águas de chuva e de riachos que desaguavam nas imediações.

As obras do Canal do Mangue tiveram início em 1857, ano em que Irineu Evangelista de Sousa, o Barão de Mauá, conseguiu uma concessão para construção. As obras iniciaram-se em 21 de janeiro de 1857 do mesmo ano e duraram 3 anos. O canal inaugurado no dia 7 de setembro de 1860.[2]

Século XX[editar | editar código-fonte]

Em 1952.

Durante o mandato do prefeito Pereira Passos, foi feito o aterramento do Saco de São Cristóvão em virtude da construção do Porto do Rio de Janeiro. Junto com o aterro, foi feita a expansão do Canal do Mangue, ao longo da Avenida Francisco Bicalho, a fim de que continuasse a desaguar na Baía de Guanabara.

As obras de expansão foram comandadas por Lauro Müller, o então Ministro da Indústria, Viação e Obras Públicas. Apesar do aterro desaparecer com duas praias, por outro lado a extensão do canal pôs fim às constantes enchentes e inundações provocadas pelas vazões dos rios que hoje desaguam no canal.[2]

Ver também[editar | editar código-fonte]

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Referências

  1. «Obra do Coletor Tronco Cidade Nova evita desperdício de água». Jornal do Brasil. 22 de novembro de 2016. Consultado em 7 de abril de 2017 
  2. a b «Construção do Canal do Mangue». Rio de Janeiro Aqui. Consultado em 30 de julho de 2015 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]