Carlos Cardoso (poeta)
Carlos Cardoso | |
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Nascimento | 30 de dezembro de 1973 (47 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | engenheiro, escritor |
Prémios | Prémio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (2019) |
Gênero literário | poesia |
Carlos Cardoso (Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 1973) é um engenheiro e poeta brasileiro. Considerado destaque de sua geração, estreou na literatura em 2004 com o livro Sol Descalço.[1][2][3][4][5][6][7]
Carreira[editar | editar código-fonte]
Carlos Cardoso lançou seu primeiro livro em 2004, intitulado Sol Descalço. No ano seguinte, publicou Dedos Finos e Mãos Transparentes.[6][8]
Após um hiato de mais de 10 anos entre suas publicações, lançou em 2017 "Na Pureza do Sacrilégio". O livro tem a apresentação do crítico Silviano Santiago e do membro da Academia Brasileira de Letras, Antonio Cicero.[16[6][9][8]
Melancolia, seu quarto livro, foi lançado em 2019, com a orelha assinada por Heloísa Buarque de Hollanda e posfácio do membro da Academia Brasileira de Letras, Antônio Carlos Secchin. [10][11][12]
Carlos Cardoso possui uma ligação com as artes plásticas que pode ser observada desde a sua primeira obra, Sol Descalço, mas torna-se ainda mais evidente a partir de sua terceira obra, cuja capa foi inspirada nos poemas do livro e assinada pela artista plástica Lena Bergstein.[11][13] No livro Melancolia o constante diálogo do poeta com as artes plásticas é estampado em sua capa, feita pelo pintor e escultor Carlos Vergara. [6][10][14][7]
O livro Na Pureza do Sacrilégio foi traduzido para a língua búlgara pelo poeta Rumen Stoyanov e publicado pela editora Vessela Lutskanova.[15]
Sua obra já repercutiu em veículos expressivos como Folha de S.Paulo, O Globo, O Estado de S. Paulo, Valor Econômico, Jornal do Comércio, Jornal do Brasil, R7, IG, CBN, Tribuna de Minas, O Povo (jornal de Fortaleza), Bravo!, Curta!, EBC [16][17][18][19][20],entre outros.
Alguns de seus poemas foram traduzidos e publicados em revistas de países da América Latina e da Europa.[21] e outros foram traduzidos para o inglês e o espanhol.[15]
Obras[editar | editar código-fonte]
- Sol Descalço (7Letras, 2004)[22]
- Dedos Finos e Mãos Transparentes (7Letras, 2005)[23]
- Na Pureza do Sacrilégio (Ateliê Editorial, 2017)[24]
- Na Pureza do Sacrilégio (Audiobook Na Pureza do Sacrilégio, Editora: Luz da Cidade 2017)[25]
- Melancolia (Editora Record , 2019)[6]
Repercussão crítica[editar | editar código-fonte]
Carlos Cardoso tem sua produção marcada por uma linguagem própria e independente sendo por isso, considerado representante de uma nova poética no país. [6][8]
O livro Dedos Finos e Mãos Transparentes foi elogiado por Carlito Azevedo, crítico brasileiro: "Quando nós, leitores, pensávamos ter capturado e enquadrado a originalidade poética de Carlos Cardoso, surge um novo livro do autor, Dedos finos e mãos transparentes, no qual a fúria motriz das imagens alucinadas se atenua e dá lugar a um mundo de sutilezas e sensações as mais cotidianas que, sem jamais perder a visceralidade e o gosto pela surpresa, nos tocam por sua simplicidade".[26]
Seu último livro, Na Pureza do Sacrilégio, foi descrito por Marina Della Valle como "uma voz trabalhada na brevidade do verso e na combinação certeira de palavras, na qual nada jamais parece sobrar, ultrapassar a medida do indispensável, mas que nunca resulta em algo estéril",[27] O crítico literário Silviano Santiago, que assinou o prefácio, disse que uma das suas principais qualidades é o desnudamento, e que sua obra tem afinidades com a produção de João Cabral de Melo Neto, Fernando Pessoa e Octavio Paz, acrescentando: "O poema perambula, mas tudo permanece intacto — eis a lição de poesia".[2] Para Manuel da Costa Pinto, o autor tem "uma linguagem própria e independente",[28] e segundo o crítico Antonio Cicero, sua poesia "é muito original, muito estimulante, porque na verdade tem muitas aproximações inesperadas. Ele traz junto a razão, o intelecto, a memória, a imaginação, a emoção. [...] A gente se desloca do mundo convencional em que a gente vive normalmente e entra em outro mundo, que é esse que ele abre com suas palavras. Então, eu gosto muito".[29] Para o jornalista Paulo Werneck, especializado em literatura, Cardoso "tem uma poesia singular, uma poesia que se destaca daquela que está sendo produzida no Brasil hoje, [...] é o surgimento de uma nova paisagem poética no país. Não é todo dia que se vê surgir um poeta com essa força e que tem esse respaldo crítico".[30] Na opinião do professor livre-docente da Unesp Aguinaldo José Gonçalves, sua escrita alcança a excelência poética, além de integrar tradição e modernidade.[24] O livro foi um dos indicados para o Prêmio Bravo! de Cultura na categoria de Melhor Livro.[31]
Em Melancolia, Heloísa Buarque de Hollanda] que assinou a orelha da publicação, descreve a poesia de Carlos Cardoso como vital.[32]
Em dezembro de 2019, Melancolia foi premiado pela Associação Paulista de Críticos de Arte como Melhor Livro de Poesia do ano.[33][34][35]
Referências
- ↑ Oliveira, Natália. "Poesia sem padrões". Jornal da PUC-Rio, 25/04/2018
- ↑ a b Ribeiro, Milton. "Carlos Cardoso lança Na Pureza do Sacrilégio, com desenhos de Lena Bergstein, e apresentação de Antonio Cicero e Silviano Santiago". Guia 21, 01/11/2017
- ↑ "Sugestão de Leitura: Na Pureza do Sacrilégio". O Hoje, 30/10/2017
- ↑ "Carlos Cardoso volta à poesia com Na Pureza do Sacrilégio". O Povo, 02/05/2018
- ↑ http://www.ubook.com/audiobook/550017/na-pureza-do-sacrilegio
- ↑ a b c d e f «Carlos Cardoso está no Conversa com o Autor». EBC. 19 de novembro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ a b «Carlos Cardoso lança Melancolia». Rota Cult. 7 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ a b c «Comparado a Fernando Pessoa, engenheiro lança livro de poesias». R7. 18 de abril de 2018. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «Lançamento do livro Melancolia de Carlos Cardoso na livraria da lorena nos jardins». Estadão. 31 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ a b «Carlos Cardoso lança livro de poesias Melancolia». EBX. 7 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ a b «Filme sobre Kajcberg, exposição de Lara Viana e outras quatro dicas culturais». Folha de SP. 4 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «Carlos Cardoso: lançamento de livro de poesias e bate papo com Carlos Vergara». Lu Lacerda. 9 de outubro de 2018. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «Poesia Livros Carlos Cardoso». Vá de Cultura. 18 de agosto de 2017. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «Carlos Cardoso lavra o campo semantico da poesia em Melancolia». Revista lavoura. 19 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ a b "Dans la pureté du sacrilège". D-Fiction, 13/06/2018
- ↑ «"Podemos utilizar o momento de reclusão para sermos mais empáticos e solidários", diz o escritor Carlos Cardoso». Heloisa Tolipan (em inglês). Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ http://www.canalcurta.tv.br, Canal Curta -, Curta! Livros - Na Pureza do Sacrilégio, consultado em 8 de julho de 2018
- ↑ «Carlos Cardoso Observa a própria melancolia». Folha de SP. 16 de dezembro de 2018. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ Minas, Tribuna de (28 de abril de 2020). «Carlos Cardoso: "O estado melancólico está instalado no mundo e é necessário falar sobre esse sentimento"». Tribuna de Minas. Consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ PROG SALA DE LEITURA SEG 09 - 05 ( Carlos Cardoso ) (em inglês), consultado em 30 de julho de 2020
- ↑ "Neolatina: três poemas de Carlos Cardoso". In: Philos — Revista de Literatura da União Latina, 28/02/2018
- ↑ Cardoso, Carlos. Sol descalço. 7 Letras, 2004
- ↑ Cardoso, Carlos. Dedos Finos e Mãos Transparentes. 7 Letras, 2005
- ↑ a b Albuquerque, Renata. "Carlos Cardoso". Ateliê Editorial, 18/03/2018
- ↑ www.ubook.com/audiobook/550017/na-pureza-do-sacrilegio
- ↑ "Poesia: Carlos Cardoso lança novo livro após dez anos sem escrever". Vá de Cultura, 2017
- ↑ Della Valle, Marina. "Na Pureza do Sacrilégio" Valor Econômico, 18/05/2018
- ↑ Rosa, P. H. "Comparado a Fernando Pessoa, engenheiro lança livro de poesias". R7, 18/04/2018
- ↑ "Antonio Cicero sobre o livro Na Pureza do Sacrilégio de Carlos Cardoso". Canal de Carlos Cardoso no Youtube, 15/02/2018
- ↑ "Paulo Werneck sobre o livro Na Pureza do Sacrilégio de Carlos Cardoso". Canal de Carlos Cardoso no Youtube, 15/02/2018
- ↑ "Conheça os finalistas ao Prêmio Bravo! de Cultura de Melhor Livro" Bravo!, 21/03/2018
- ↑ «Lançamentos». Jornal do Comercio. 10 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «APCA divulga lista de vencedores». Estadão. 10 de outubro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «APCA divulga lista de premiados de 2019». Terra. 10 de dezembro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019
- ↑ «Bacurau, Tarsila Popular e Fernanda Montenegro ganham o prêmio APCA». Folha de SP. 10 de dezembro de 2019. Consultado em 20 de Dezembro de 2019