Cerro del Nacimiento

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Nascimento
Cerro del Nacimiento
Nascimento
Nascimento está localizado em: Argentina
Nascimento
Localização
Coordenadas 27° 16' 51" S 68° 31' 28" O
Altitude 6 460 m (21 194 pés)
Proeminência 540 m
Isolamento 10,7 km
Localização Província de Catamarca, Argentina
Cordilheira Andes
Primeira ascensão 2 de abril de 1937 por W. Pariski, J. Wojsznis
Rota mais fácil Sudeste e Noroeste

O Nascimento é um vulcão extinto[1] bastante isolado com altitude de 6.460m[2] de altura localizado na Argentina, na província de Catamarca.[3] Seu nome se deve ao fato de ser a origem de vários cursos de água que dão origem ao Rio Cazadero.[4] Também aparece com a denominação de Cerro Bayo.

Existem vários registros com relação à altura do Nascimento.[4] Nas cartas do Instituto Geográfico Militar da Argentina esta montanha está registrada com o nome de cerro ou vulcão Baio e com a altitude de 6.436m, mas em revisões baseadas nos dados do SRTM, a altura deve estar no mínimo em 6.460m.

Geografia e Geomorfologia[editar | editar código-fonte]

O Nascimento fica a 100km em linha reta da cidade de Fiambalá, ao sul da rodovia internacional que cruza os Andes pelo Passo de São Francisco. Na mesma região, que fica na parte sul da Puna do Atacama, há uma grande concentração de outras montanhas acima de seis mil metros de altura, como o Ojos del Salado, Tres Cruces, Ata, Walther Penck, Tres Quebradas, Vulcão do Vento, Medusa, Cerro Solo, El Muerto, El Fraile e Incahuasi.

Estes vulcões fazem parte da Zona Vulcânica Central do Cinturão Vulcânico dos Andes. A atividade vulcânica que criou o Nascimento, causada pela subducção da placa de Nazca sob a Placa Sul-Americana[5] iniciou-se a cerca de 25 milhões de anos, tendo seu apogeu entre 8 e 5 milhões de anos atrás.[6] O Nascimento é um dos mais jovens da região, com cobertura de rochas basálticas datadas de menos de 1,5 milhões de anos.[6]

Se encontra a sudeste de outro conjunto vulcânico denominado Walter Penck, tratando-se no entanto de formações vulcânicas independentes.[5]

Montanhismo[editar | editar código-fonte]

A primeira ascensão foi feita dentro da segunda expedição polonesa aos Andes, em 1937.[7] Os poloneses tinham a intenção de escalar o Pissis, o Nacimento, o Tres Cruces e o Ojos del Salado, tendo conseguido os quatro.

A melhor época do ano para a escalada é entre dezembro e março. Os acessos mais fáceis são a partir de Fiambalá indo até a Laguna Azul, e de aí para norte,[8] podendo ser montados acampamentos base tanto na parte sudeste como nordeste da montanha.[9] A escalada não é considerada tecnicamente difícil, mas é necessária preparação para suportar as baixas temperaturas, ventos fortes e escassez de água,[9] além dos efeitos da altitude.

Não há registros de brasileiros que tenham escalado o Nascimento, tendo o argentino-brasileiro Máximo Kausch chegado ao cume em 08/04/2013.[4]

Referências

  1. «Volcanes - Alturas». viajeros4x4.com. Consultado em 17 de maio de 2023 
  2. «Andes Website - Information about Nacimiento, a mountain the Incas climbed in South America». www.andes.org.uk. Consultado em 17 de maio de 2023 
  3. «VOLCANES - NACIMIENTOS DEL CAZADERO». viajeros4x4.com. Consultado em 17 de maio de 2023 
  4. a b c «Centro Cultural Argentino de Montaña». Centro Cultural Argentino de Montaña. Consultado em 17 de maio de 2023 
  5. a b «Volcanoes of the World, v.5» (em inglês). 1 de novembro de 2022. doi:10.5479/si.gvp.votw5-2022.5.0. Consultado em 17 de maio de 2023 
  6. a b Mpodozis, Constantino; Kay, Suzanne Mahlburg; Gardeweg, Moyra; Coyra, Beatriz. «Geología de la región de Ojos del Salado (Andes centrales, 27°S): Implicancias de la migración hacia el este del frente volcánico Cenozoico Superior». 13º Congreso Geologico Argentino (3) 
  7. «AAC Publications - South America, Argentina, Andes, A Polish Expedition». publications.americanalpineclub.org. Consultado em 17 de maio de 2023 
  8. Biggar, John (2020). The Andes: A Guide for Climbers and Skiers 5ª ed. [S.l.]: Andes 
  9. a b «Nacimiento : Climbing, Hiking & Mountaineering : SummitPost». www.summitpost.org. Consultado em 17 de maio de 2023 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]