Saltar para o conteúdo

Chapadinha

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Chapadinha
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Chapadinha
Bandeira
Hino
Gentílico chapadinhense
Localização
Localização de Chapadinha no Maranhão
Localização de Chapadinha no Maranhão
Localização de Chapadinha no Maranhão
Chapadinha está localizado em: Brasil
Chapadinha
Localização de Chapadinha no Brasil
Mapa
Mapa de Chapadinha
Coordenadas 3° 44' 31" S 43° 21' 36" O
País Brasil
Unidade federativa Maranhão
Municípios limítrofes Vargem Grande, Mata Roma, Urbano Santos, São Benedito do Rio Preto, Timbiras, Codó, Afonso Cunha, Coelho Neto e Buriti.
Distância até a capital 245km km
História
Fundação 29 de março de 1938
Administração
Prefeito(a) Danúbia Loyane de Almeida Carneiro (PR, 2009–2012)
Características geográficas
Área total [1] 3 247,159 km²
População total (IBGE/2010[2]) 73 281 hab.
Densidade 22,6 hab./km²
Clima Tropical Úmido
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [3]) 0,588 baixo
PIB (IBGE/2008[4]) R$ 297 461,862 mil
PIB per capita (IBGE/2008[4]) R$ 4 265,66

Chapadinha é um município brasileiro do estado do Maranhão. Sua população estimada é de 70.537 habitantes (Censo 2009).

Economia

Atualmente, tem como grande atividade agrícola a plantação de soja. Sua economia é predominantemente baseada no setor de comércio e serviços, sendo inscipiente a indústria (basicamente concentrada na construção civil: olarias; e também metalurgia). No passado a exploração do extrativismo de babaçu legou muita renda a este município que era um dos maiores produtores do estado do Maranhão.

História

Os Primeiros Habitantes

Índios Anapurus da Tribo Tupi Segundo historiadores a vida nomadista dos índios Anapurus, chegaram a ocupar terras pelo Brasil a fora principalmente terras litorâneas, e que em razão das perseguições dos colonos europeus, fez com que os mesmos se dividissem em pequenos grupos que procuraram migrar para várias regiões, baseados nesses fatos todos os historiadores acreditam que os habitantes primitivos da cidade de Chapadinha devem ser os índios Anapurus da Tribo Tupi. Em face da topografia plana e da cor das mulheres primitivas que habitavam o local, o povoado recebeu a denominação de Chapada das mulatas. Segundo antigos historiadores, chapadinha nasceu por volta do século XVIII, com fixação em 1783, e era aproximadamente a 500 metros do centro da cidade na direção Sul, mais precisamente no bairro da Aldeia. Naquele local se encontravam descendentes dos índios Anapurus da Tribo Tupi, os mesmos habitantes terras do baixo parnaíba, localizada na estrada entre o Porto da Manga (atualmente cidade de Nina Rodrigues) e Vila de Brejo (atualmente cidade de Brejo) natural das boiadas, de onde demandava Caxias e Piauí, ou daí procediam rumo a capital do Estado, o povoado prosperou rapidamente atraindo comerciantes e outras famílias. Hoje, após cerca de 225 anos de sua primeira povoação ( foram 107 anos na condição de povoado, outros 48 anos como vila e agora 71 anos como cidade).

Guerra dos Balaios

Em Chapadinha houve uma revolução importante do Maranhão denominada de Balaiada, em razão da situação de miséria que passava o povo naquela época,então pequenos grupos começaram a se rebelar. Em 13 de dezembro de 1838, o vaqueiro Raimundo Jutaí, líder da revolução juntando-se com mais nove homens, Ruivo, tempestade, Mulugueta, Milhomem, Pedregulho, Gaviões, Coco, Macabira e Preto Cosme que se autodenominava “D. Cosme, tutor e imperador das liberdades bem-te-vis.”. invadiram a cadeia de vila da Manga soltando seu irmão e todos os presos que ali estavam, dando assim o começo da revolução, em pouco tempo já conseguiram agrupar milhares de homens, os quais eram chamados de “Balaios”, em razão de um dos homens ser fabricante de balaios, era o Manoel Francisco doa Anjos Ferreira, um de seus principais lideres que se juntou ao grupo de foragidos quando chegou a Brejo, a partir daí começaram as investidas contra fazendeiros e proprietários, foram vários combates principalmente nos vales de duas hidrografias maranhenses, chegando atingir aos povos sitiados no Golfão Maranhense do qual faz parte o rio Munim que integra o ecossistema natural do atual município de Vargem Grande, antiga Vila da Manga do Iguará, local de início da Guerra da Balaiada que se estendeu até aos Estados do Ceará e Piauí. Com eclosão da balaiada na vila da Manga, os revoltosos não encontrando ali ou em Vargem Grande os recursos necessários às suas intervenções, deslocaram-se seguidamente para Chapadinha que sofreu inúmeras depredações. Ali mais especificamente no lugarejo Anjico a 12km construíram seu forte. Visando dar fim a rebelião e, ao mesmo tempo, livrar a vila de Brejo de qualquer invasão por parte dos rebeldes já que os mesmos se encontravam em Chapadinha, distante aproximadamente daquela vila 80km, o seu prefeito enviou correspondência ao Comandante das Forças da Legalidade, Capitão Pedro de Andrade solicitando ajuda o qual foi atendido imediatamente . Segundo o historiador José Ribeiro de Amaral, as tropas eram (110 praças de linhas e 60 paisanos ou guardas nacionais) feito a junção com as forças locais trataram de marchar ao encontro dos balaios que se encontravam nas mediações. Enfrentando águas e lamaçais e conduzindo vários feridos fadigados, chegaram ao lugar Anjico a 14 de abril do mesmo ano, onde foram atacados pelos rebeldes que se encontravam em melhor situação. Os mesmos dominaram as tropas que os aceitaram prontamente mas logo ao sair em direção ao quartel dos rebeldes, os mesmos assassinaram a tiro o Capitão Pedro Alexandrino de Andrade e seu colega o Tenente Coronel João José Alves mataram a facadas, fato que se deu em 18 de abril de 1839. A revolta só foi dominada em toda a área do conflito , quando o regente do império, Pedro de Araújo Lima (Marquês de Oliveira) nomeou o coronel Luís Alves de Lima e Silva no dia 07 de fevereiro de 1840 como presidente e comandante de armas. Unindo as tropas públicas de diversas províncias para submeter os revoltosos a várias derrotas depois de um ano de guerrilha no dia 19 de janeiro de 1841, ocorreu à condição de General e ao título de Duque de Caxias.

Categoria de Vila Em 1870, o povoado já tinha uma sub-delegacia de polícia e um distrito de paz, um batalhão de guarda nacional, um comissário vacinador, uma cadeira de primeiras letras para meninos, criadas pela Lei Provincial nº 268 de setembro de 1849. A povoação dispunha de uma capela coberta de telhas embora as casas em sua maioria fossem verdadeiras palhoças, a lavoura constava de arroz, milho, feijão, algodão e fumo. A população de toda a freguesia era avaliada em mil pessoas.


Geografia

Categoria de Cidade

Pelo Decreto Lei nº45 de 29 de março de 1938, assinado pelo senhor Boanerges Neto Ribeiro, Secretário Geral do Governo do Estado do Maranhão, presidida pelo interventor Paulo Martins de Sousa Ramos (que se encontrava no Rio de Janeiro na ocasião), Chapadinha foi elevada a categoria de cidade.

Ficheiro:Praça Coronel Luís.jpg
Praça Coronel Luís Vieira

Aspecto Demográfico

Segundo o IBGE a densidade demográfica da população de Chapadinha é de 18,49 habitantes por Km² e possui uma área de 3.279,3km²

Microrregião

Chapadinha, São Benedito do Rio Preto, Buriti, Urbano Santos, Milagres do Maranhão, Mata Roma, Anapurus, Belágua, Brejo.

Coordenada Geográfica

LATITUDE 3º 44” LONGITUDE 44º 21’ Distancia da linha do equador 103,5003 mt ALTURA MÉDIA DE REGIÃO: 110 mt acima do nível do mar VELOCIDADE DO VENTO: 3,4 km/h TEMPERATURA: 25º média 29º máxima 37º.

Clima

O clima é tropical úmido, possui temperatura média de 29°C. Variável e está a 110 mt do nível do mar. A estação chuvosa é diversificada entre Novembro e Maio.

Relevo

A topografia é denominada pela chapada baixa com vegetação de campos e serrados abrangendo termos relevo plano.

Vegetação

A vegetação do município é do tipo serrado e tem uma composição florística diversificada. Dentre as espécies mais comuns encontra-se o babaçu, carnaúba, buriti... Há também o pequizeiro, a mangabeira, faveira, bacuri e o jaborandi, arvore que é extraída para fins medicinais. Etc...

Recursos Naturais

São encontrados com muita facilidade minerais, areia, monazitica, pedra, argila e outros.

Agricultura

O sistema ainda é tradicional (roça queimada) onde se cultiva o feijão, milho ,arroz, mandioca etc... mas toda a produção é só para o consumo interno. Já existem pequenos projeto de roça mecanizada, mais ainda em fase experimental. Planta-se também cana-de-açúcar, é extraído a garapa ,tijolos, cachaça, vinagre e mel.

Pecuária e Piscicultura

A pecuária de Chapadinha é de pouca expressividade, com sua produção voltada apenas para o consumo interno. Nos últimos anos através de um projeto social chamado Mesa Farta, de iniciativa particular tem incentivado a criação de peixes em pequenos tanques no fundo do quintal, o que de fato esta pequena produção induz além do objetivo central que é criar para comercializar.

Fruticultura

Encontramos com muita variação quintais de algumas residências, frutas como : caju, acerola, manga, jaca, banana, abacate, laranja, limão, ata (fruta do conde, pinha), e outras frutas.

Hidrografia

Três cursos d’água importante banham o município de Chapadinha.

Rio Munim

O Rio Munim é considerado o principal, ele nasce em Aldeias Altas e corta Chapadinha no sentido Norte e Sul, passando por diversas localidades, recebendo as águas do dos rios Iguará e do rio Preto, passando nos municípios de Ninas Rodrigues, Morros, Axixá, e já se misturando as águas salgadas no município de Icatu.

Rio Preto

O Rio Preto nasce na localidade de saquinho no município de Buriti, servindo de divisa entre os municípios de Anapurus, Mata Roma e Chapadinha desaguando no Rio Munim.

Rio Iguará

O rio Iguará nasce em Aldeias Altas, servindo de divisa também entre os municípios de Chapadinha e Timbiras, desaguando no rio Munim, pouco depois de Vargem Grande.

Riacho Itamacaoca

O riacho Itamacaoca nasce nas localidades Fonte Velha e Paredão no Município de chapadinha , aproximadamente a 3 km do centro da cidade. A 1 km desta nascente foi construída uma barragem pela Caema, que recebeu o nome de BARRAGEM ITAMACAOCA de grande utilidade para a comunidade chapadinhense, no abastecimento de água potável e tratada para a população. O nome Itamacaoca se deu em razão dos primeiros habitantes terem sido os índios e que suas casa eram conhecidas como “OCAS” e quem cujo local existirem muitas pedras em formas de grutas, das quais surgem olhos d’agua, iniciando assim um córrego que os índios denominaram de riacho. Outras Fonte Naturais Chororó, Bica, Aldeia, Quebra-cabeça, Japão, juçaral, Angelim.


Infraestrutura

Rodovias

Com a complementação da BR 222 e a MA 230, ligando o Maranhão com o Ceará , através da ponte da Jandira sobre o rio Parnaíba, dando assim mais esperança a Chapadinha de melhorar sua estrutura socioeconômica em razão do fluxo de veículos que circula por este trecho, que diminuiu também a distancia entre São Luis e a cidade de Fortaleza no Ceará. .

Avenida Oiveira Roma


Rodoviária

Nós temos duas principais linhas de acesso a BR 222 e a MA 230. no setor de transporte contamos com várias linhas interurbanas que atende na integra as necessidades da população, ligando as mais variadas localidades, hoje as empresas que operam em Chapadinha, são: Guanabara, Boa Esperança, Transpiauí, Transbrasiliana e Itapemirim.

Aeroporto

A pista de nosso aeroporto tem aproximadamente 2 km de asfalto, e foi inaugurada em setembro de 1989 construída pelo Ministério da Aeronaútica, tem capacidade de receber pequenos aviões e jatinhos. Os bairros da cidade Vila N. Sª de Fátima, Parque Independência, Bairro da Luz, Novo Castelo, Tigela, Campo Velho, Bairro Novo, Aparecida, São José, Cohab, Terras Duras, Boa Vista, Corrente, Caterpillar, Centro, Aldeia, Japão, Areal, Recanto dos Pássaros, Vila Isamara e outros.

Serviços públicos

Órgãos Públicos Estaduais

Caema

Em Chapadinha a Caema registrou 8.500 residências atendidas pela rede de água encanada. A média de fornecimento de água é de 295 mt³/h. existem também tanto na sede quanto na zona rural, grande quantidade de poços e cacimbões.

Cemar

Em 2005 a Cemar registrou 11.997 residências com energia elétrica. A média de consumo geral de energia é de 1.358.526 w/h.

Ciretran

O CIRETRAN de chapadinha atende a toda a região do baixo Parnaíba e Alto Munim, com a emissão de carteira de habilitação e fiscalização do transito.

REGIONAL DE EDUCAÇÃO
RECEITA ESTADUAL
AGED
AGERP
Segurança Pública

Chapadinha tem um complexo policial que atende como delegacia de policia e cadeia Pública que além das selas comuns com capacidade para 60 detentos, tem uma sela especial.

Quartel de Policia Militar

Também sedia em Chapadinha a 4ª Cia Independente da Policia Militar. Também sob o comando do quartel há 50 Guardas Municipais.

Órgãos Públicos Federais

Tribunal regional do trabalho,IBGE, INSS, IBAMA e outros orgãos.

Secretaria Municipal de Saúde

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a mesma mantém 4 hospitais no município o Hospital municipal Benú Mendes, o Hospital das Clínicas de Chapadinha (HCC), o Hospital São Francisco, e também o Hospital do Estado, Antonio Pontes de Aguiar (HAPA), que atualmente é administrado pelo município.

Outras organizações

Pastoral da criança, conselho tutelar, apae, comunidade kolping, sindicatos, cdl, associações, entidades estudantis. Em Chapadinha atualmente existem 4 Bancos, que abastecem além de Chapadinha toda a região com pequenas filiais; BRADESCO, BANCO DO BRASIL, BANCO DO NORDESTE E CAIXA ECONÔMICA FEDERAL.

Ensino Superior

Chapadinha por ser uma cidade polo da microrregião em referência as demais cidades circunvizinhas, detem todos os polos de Universidades Públicas e Particulares. Assim como as Universidas Públicas UFMA (Univesrsidade Federal do Maranhão) e UEMA (Universidade Estadual do Maranhão), se destacam várias outras particulares como a maior Faculdade Particular da cidade: FAP.

Telecomunicações

Na cidade de Chapadinha atualmente encontra-se a cobertura de 4 operadoras de telefonia móvel celular: OI, TIM, VIVO E CLARO. Além disso ainda existem serviços de Telefonia Fixa e Banda Larga da operadora OI assim como de o várias outras operadoras locais de internet via rádio.

Aspectos Econômicos

Atualmente contamos com alguns tipos de negócios com grande representação econômica para o município que são as pequenas industrias e os diversos estabelecimentos comerciais, a exemplo de padarias,sorveterias, serrilharias, produzindo móveis tubulares de ferro e alumínios, carpintarias etc.. Temos ainda o comercio que abastece toda a região, armazéns, supermercados, farmácias, lojas de roupas, lojas de eletrodomésticos. Consórcios e revendas de motos e veículos. Importação e Exportação A falta de um investimento na área de industria nos leva a importar tudo que usamos como: farmacêuticos, alimentícios, têxteis, tecidos, eletrodomésticos, material de construção, roupas e calçados, etc... A falta de uma política de investimento voltado para a industria em todos os aspectos do crescimento econômico nos leva a não ter o que exportar significativamente, e algumas pessoas vendem para sobreviver estes produtos que se encontram quase sem valor. Madeira, peles de animais e babaçu, todos em pequenas quantidades.

Religião e Crendices

São várias as denominações religiosas e crenças praticadas em nosso município, CATÓLICOS, EVANGÉLICOS, BUDISTAS E RELIGIÕES AFRO.

Festas e Cultura

Uma manifestação tradicional cultural e religiosa da cidade está no Festejo de Nossa Senhora das Dores que acontece todo ano no mês de setembro.

Referências

  1. IBGE (10 out. 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 dez. 2010 
  2. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 dez. 2010 
  • SELBACH, Jeferson Francisco. Chapada das Mulatas: postagens de um blogueiro. Chapadinha: Ed. do Autor, 2007 [1]
  • SELBACH, Jeferson Francisco. LEITE, José Roberto de Souza Almeida (orgs.). Meio ambiente no Baixo Parnaíba: olhos no mundo, pés na região. São Luis/MA: EDUFMA, 2008, 216p. il. [2]
  • SELBACH, Jeferson Francisco. Vivências rurais: histórias de pessoas que vieram da zona rural para morar em Chapadinha/MA. São Luis/MA: EDUFMA, 2009 [3]
Ícone de esboço Este artigo sobre municípios do estado do Maranhão é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.

Predefinição:Centros sub-regionais do Brasil