Classe Centurion

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Classe Centurion

O Barfleur, a segunda embarcação da classe
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Estaleiro Real de Portsmouth
Estaleiro Real de Chatham
Predecessora Classe Royal Sovereign
Sucessora HMS Renown
Período de construção 1890–1894
Em serviço 1894–1909
Construídos 2
Características gerais (como construídos)
Tipo Couraçado pré-dreadnought
Deslocamento 11 400 t (carregado)
Comprimento 119,1 m
Boca 21,3 m
Calado 7,8 m
Propulsão 2 hélices
2 motores de tripla-expansão
8 caldeiras
Velocidade 17 nós (31 km/h)
Autonomia 5 230 milhas náuticas a 10 nós
(9 690 km a 19 km/h)
Armamento 4 canhões de 254 mm
10 canhões de 120 mm
8 canhões de 57 mm
12 canhões de 47 mm
7 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 229 a 305 mm
Convés: 51 a 64 mm
Anteparas: 203 mm
Casas de amas: 152 mm
Barbetas: 127 a 229 mm
Casamatas: 51 a 102 mm
Torre de comando: 305 mm
Tripulação 606 a 620

A Classe Centurion foi uma classe de couraçados pré-dreadnought operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS Centurion e HMS Barfleur. Suas construções começaram em 1890 nos Estaleiros Reais de Portsmouth e Chatham, foram lançados ao mar em 1892 e comissionados na frota britânica em 1894.[1] Os navios foram projetados para atuar nas colônias britânicas de além-mar, tendo um armamento menor e uma blindagem mais leve, sendo consequentemente categorizados como couraçados de segunda classe. Foram concebidos com uma velocidade máxima elevada e maior autonomia para enfrentarem novos cruzadores blindados de marinhas estrangeiras.[2]

Os dois couraçados da Classe Centurion eram armados com uma bateria principal composta por quatro canhões de 254 milímetros instalados em duas montagens blindadas duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 119 metros, boca de 21 metros, calado de quase oito metros e um deslocamento carregado de mais de onze mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por oito caldeiras a carvão que alimentavam dois motores de tripla-expansão, que por sua vez giravam duas hélices até uma velocidade máxima de dezessete nós (31 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão principal de blindagem que ficava entre 229 e 305 milímetros de espessura.[1][3]

O Centurion começou servindo no Sudeste Asiático, já o Barfleur foi para a Frota do Mediterrâneo, juntando-se em 1897 uma Esquadra Internacional que interviu em uma revolta em Creta. Foi para a China em 1898 e dois anos depois ambos se envolveram do Levante dos Boxers, durante o qual enviaram equipes de desembarque para as Batalhas dos Fortes de Taku e Tientsin. Retornaram para casa em 1901 para reformas, mas o Centurion continuou a atuar na China até 1905, quando a renovação da Aliança Anglo-Japonesa deixou redundante a presença de uma esquadra britânica na região. Foram colocados na reserva no mesmo ano, descomissionados em 1909 e desmontados.[4]

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. a b Roberts 1979, p. 33
  2. Burt 2013, pp. 109–110
  3. Burt 2013, p. 115
  4. Burt 2013, pp. 121–122

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Burt, R. A. (2013) [1988]. British Battleships 1889–1904. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-1-59114-065-8 
  • Roberts, John (1979). «Great Britain and Empire Forces». In: Chesneau, Roger & Kolesnik, Eugene M. Conway's All the World's Fighting Ships 1860–1905. Greenwich: Conway Maritime Press. ISBN 978-0-85177-133-5 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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