Classe Queen Elizabeth (couraçados)

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Classe Queen Elizabeth

O HMS Queen Elizabeth após sua modernização
Visão geral  Reino Unido
Operador(es) Marinha Real Britânica
Construtor(es) Estaleiro Real de Portsmouth
Fairfield Shipbuilding
John Brown & Company
Armstrong Whitworth
Predecessora Classe Iron Duke
Sucessora Classe Revenge
Período de construção 1912–1916
Em serviço 1914–1947
Planejados 6
Construídos 5
Características gerais (como construídos)
Tipo Couraçado
Deslocamento 33 790 t (carregado)
Comprimento 196,2 m
Boca 27,6 m
Calado 10,2 m
Propulsão 4 hélices
2 turbinas a vapor
24 caldeiras
Velocidade 24 nós (44 km/h)
Autonomia 5 000 milhas náuticas a 12 nós
(9 260 km a 22 km/h)
Armamento 8 canhões de 381 mm
12 a 16 canhões de 152 mm
2 canhões de 76 mm
4 tubos de torpedo de 533 mm
Blindagem Cinturão: 330 mm
Convés: 25 a 76 mm
Barbetas: 178 a 254 mm
Torres de artilharia: 279 a 330 mm
Torre de comando: 330 mm
Tripulação 923 a 951
Características gerais (após modernizações)
Deslocamento 35 970 a 36 565 t (carregado)
Boca 31,7 m
Calado 9,9 a 10,6 m
Velocidade 23 nós (43 km/h)
Armamento Queen Elizabeth & Valiant:
8 canhões de 381 mm
20 canhões de 114 mm
32 canhões de 32 mm
52 canhões de 20 mm
16 metralhadoras de 12,7 mm

Warpite:

8 canhões de 381 mm
8 canhões de 152 mm
8 canhões de 102 mm
32 canhões de 40 mm
8 metralhadoras de 12,7 mm
Tripulação 1 249 a 1 262

A Classe Queen Elizabeth foi uma classe de couraçados operada pela Marinha Real Britânica, composta pelo HMS Queen Elizabeth, HMS Warspite, HMS Valiant, HMS Barham e HMS Malaya. Suas construções começaram em 1912 e 1913, sendo lançados ao mar entre 1913 e 1915 e comissionados na frota britânica de 1914 a 1916. Pouco se sabe sobre o desenvolvimento da classe pois muitos de seus registros se perderam,[1] mas boa parte das decisões foram tomadas por Winston Churchill, o Primeiro Lorde do Almirantado, que desejava navios rápidos o bastante para poderem defender a linha de batalha britânica dos cruzadores de batalha da Marinha Imperial Alemã.[2]

Os couraçados da Classe Queen Elizabeth, em suas configurações originais, eram armados com uma bateria principal composta por oito canhões de 381 milímetros montados em quatro torres de artilharia duplas. Tinham um comprimento de fora a fora de 196 metros, boca de 27 metros, calado de dez metros e um deslocamento carregado de mais de 33 mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por 24 caldeiras a óleo combustível que alimentavam dois conjuntos de turbinas a vapor, que por sua vez giravam quatro hélices até uma velocidade máxima de 24 nós (44 quilômetros por hora). Os navios também tinham um cinturão de blindagem de até 330 milímetros de espessura.[3]

Os navios entraram em serviço na Primeira Guerra Mundial e foram designados para servir na Grande Frota, participando de operações de busca e patrulha a fim de conter a Frota de Alto-Mar alemã. Todos com exceção do Queen Elizabeth participaram da Batalha da Jutlândia em meados de 1916. Após a guerra eles foram designados para servirem em casa, no Oceano Atlântico e no Mar Mediterrâneo. O Queen Elizabeth, Warspite e Valiant foram reconstruídos e modernizados na década de 1930, tendo seus maquinários, armamentos e equipamentos amplamente reformulados. O início da Segunda Guerra Mundial em 1939 impediu que o Barham e o Malaya passassem pelo mesmo processo.

Os cinco atuaram principalmente no Mediterrâneo nos primeiros anos da Segunda Guerra, servindo de escolta para comboios e atuando contra Marinha Real Italiana. O Barham foi afundado em novembro de 1941 depois de ser torpedeado por um submarino alemão, enquanto o Malaya foi tirado de serviço em 1943. O Queen Elizabeth e o Valiant depois do Mediterrâneo atuaram na Frota do Oriente no Oceano Índico em ações contra forças japonesas, enquanto o Warspite deu suporte para os Desembarques da Normandia. Os quatro navios sobreviventes foram descomissionados após o fim da guerra e mantidos por mais alguns anos até serem desmontados no final da década de 1940.

Referências[editar | editar código-fonte]

  1. Friedman 2015, pp. 134–135
  2. Friedman 2014, p. 190
  3. Burt 2012, pp. 284–289

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Burt, R. A. (2012). British Battleships of World War One 2ª ed. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-863-7 
  • Friedman, Norman (2014). Fighting the Great War at Sea: Strategy, Tactics and Technology. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-1-59114-188-4 
  • Friedman, Norman (2015). The British Battleship 1906–1946. Barnsley: Seaforth Publishing. ISBN 978-1-84832-225-7 

Ligações externas[editar | editar código-fonte]

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