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Colocação pronominal: diferenças entre revisões

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'''Colocação pronominal''' se refere à posição que os [[pronome]]s pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.
'''Colocaçãoo pronominal''' se refere à um cocÔ que os cientistas fazem durante a esperiencia pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.


== Posições clíticas de pronomes oblíquos átonos ==
== Posições clíticas de pronomes oblíquos átonos ==
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:: …observou-me…
:: …observou-me…

Revisão das 21h14min de 15 de abril de 2012

Colocaçãoo pronominal se refere à um cocÔ que os cientistas fazem durante a esperiencia pessoais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que se referem.

Posições clíticas de pronomes oblíquos átonos

Próclise, ênclise e mesóclise são fenômenos do português que se caracterizam pelo fato de nenhuma palavra ocorrer entre os pronomes oblíquos átonos e o verbo. São três as posições relativas do pronome em relação ao verbo:

1. Próclise pronome + verbo
Exemplos:
…me observou…
…me observa…
…me observará…
…me observaria…
…me observando…
2. inclise verbo + pronome
Exemplos:
…observou-me…
…observa-me…
3. Mesóclise início do verbo + pronome + terminação verbal
Exemplos:
…observar-me-á…
…observar-me-ia…

Todas as conjugações verbais permitem próclise e, com exceção do particípio e dos tempos futuro [fará, dirá, verá] e futuro do pretérito [faria, diria, veria], permitem também ênclise. Somente os tempos futuro e futuro do pretérito permitem mesóclise.

Formas Verbais e Posições Clíticas Permitidas
Particípio Futuro Fut. do Pretérito Demais Formas
Próclise permite permite permite permite
Ênclise não permite não permite não permite permite
Mesóclise não permite permite permite não permite

O português falado no Brasil e em Portugal é diferente quanto às preferências por posições clíticas. No Brasil, opta-se sempre por próclise independente da posição do grupo/sintagma/locução verbal (pronome e verbo) na oração. Já em Portugal, dependendo da posição do grupo verbal na oração, opta-se ou não pela próclise.

Português falado no Brasil
Me diz quem tem razão.
Te vi na rua.
Português falado em Portugal
Diz-me quem tem razão.
Vi-te na rua.

As gramáticas normativas condenam o uso brasileiro de próclise e esse uso é ensinado no colégio como sendo proibido na escrita. Portanto, exceto quando a escrita simula a fala (mensagens instantâneas e de celular, por exemplo), as posições clíticas da escrita no Brasil são as mesmas do português falado em Portugal.

Português Falado no Brasil
  1. sempre se usa próclise
Português Falado em Portugal e Português Escrito
  1. nunca se usa próclise no início do período
  2. nunca se usa próclise após pausa/vírgula
  3. usa-se sempre próclise após atratores
Lista de Atratores
  1. Advérbio
  2. Conjunção
  3. Palavra negativa
  4. Pronome indefinido
  5. Pronome interrogativo
  6. Pronome relativo

Próclise

Em gramática, denomina-se próclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos antes do verbo.

Proibição

  • Não deve ser usada no início de oração ou período. Apesar disso, o uso da próclise é generalizado no Brasil, de modo que na fala popular e, com menos frequência, na fala culta são comuns o uso inclusive no início de oração.
Ex.: *Se faz justiça com as próprias mãos naquele lugar.
Correção: Faz-se justiça com as próprias mãos naquele lugar.
  • Note que uma oração pode iniciar-se a meio de uma frase, por exemplo, depois de uma vírgula.
Ex.: *Naquele lugar, se faz justiça com as próprias mãos.
Correção: Naquele lugar, faz-se justiça com as próprias mãos.
  • Nos infinitivos há uma tendência à ênclise, mas também é possível a próclise. A ênclise só é mesmo rigor quando o pronome tem a forma o (principalmente no feminino a) e o infinitivo vem regido da preposição a.
Ex.: Se soubesse, não continuaria a lê-lo.

Existem determinadas palavras da língua que são consideradas "atratores" dos pronomes pessoais oblíquos átonos pois, nos enunciados em que elas ocorrem, esses pronomes devem ficar em posição proclítica com relação ao verbo que complementam.

Uso

A próclise é obrigatória quando há antes do verbo:

Ex.: Não se deve jogar lixo no rio.
Ex.: Quanto se pode pegar?
Ex.: Alguém me perguntou as horas.
Ex.: Quem me busca a esta hora tardia?
Por que te assustas cada vez?
Como a julgariam os pais se conhecessem sua vida?
  • conjunção subordinativa, mesmo que oculta na oração subordinada
Ex.: Quero que te cuides.
Que desejas te mande do Rio? (conjunção oculta)
Ex.: Ela descuidadamente se machucou.
  • orações iniciadas por palavras exclamativas, bem como nas orações que exprimem desejo (optativas)
Ex.: Que o vento te leve meus recados de saudade.
Que Deus o abençoe!
Bons olhos o vejam!

Se o verbo estiver no infinitivo impessoal e ocorrer uma dessas palavras antes do verbo, o uso da próclise ou da ênclise será facultativo.

Caso facultativo

Após pronomes pessoais do caso reto não é obrigatória a próclise.[1]

Ênclise

Em gramática, denomina-se ênclise a colocação dos pronomes oblíquos átonos depois do verbo.

É usada principalmente nos casos:

  1. Quando o verbo inicia a oração (a não ser sob licença poética, não se devem iniciar orações com pronomes oblíquos);
  2. Quando o verbo está no imperativo afirmativo;
  3. Quando o verbo está no infinitivo impessoal;
  4. Quando o verbo está no gerúndio (sem a preposição em)

Não deve ser usada quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito. Neste caso utiliza‐se a mesóclise.

Os pronomes oblíquos átonos o, a, os, as assumem as formas lo, la, los, las quando estão ligados a verbos terminados em r, s ou z. Nesse caso, o verbo perde sua última letra e a nova forma deverá ser re-acentuada de acordo com as regras de acentuação da língua. Por exemplo:

  • "tirar-a" torna-se "tirá-la";
  • "faz-os" torna-se "fá-los";
  • "comes-o" torna-se "come-lo" (não há mudança de acentuação);
  • "Vou comer-o" torna-se "vou comê-lo".

No caso de verbos terminados em m, õe ou ão, ou seja, sons nasais, os pronomes o, a, os, as assumem as formas no, na, nos, nas, e o verbo é mantido inalterado. Por exemplo:

  • "peguem-os" torna-se "peguem-nos";
  • "põe-as" torna-se "põe-nas".

Em linguagem coloquial, no Brasil, é comum utilizar o pronome reto em substituição ao pronome oblíquo — por exemplo: "peguem eles!". Este tipo de construção não é adequada em linguagem formal.

Mesóclise

Denomina-se mesóclise ou tmese a colocação do pronome oblíquo átono no meio do verbo.

Utiliza-se quando o verbo está no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo e não há, antes do verbo, palavra que justifique o uso da próclise.

Ex.: Tê-lo-ia perguntado, se o tivesse visto na ocasião.

A construção da mesóclise é possível graças à origem do futuro sintético (formado por apenas uma palavra): o futuro analítico, que no latim era formado pelo verbo principal no infinitivo e pelo verbo habere (haver) no presente. Sendo o futuro analítico uma forma composta, era possível colocar o pronome entre os dois verbos. Com a evolução da língua, o verbo auxiliar foi assimilado como desinência do verbo principal, mas manteve-se a possibilidade de deixar o pronome em posição mesoclítica. Ou seja:

  • Ter hei ⇒ terei
  • Ter hás ⇒ terás
  • Ter há ⇒ terá
  • Ter hemos ⇒ teremos
  • Ter heis ⇒ tereis
  • Ter hão ⇒ terão

Referências

Ligações externas

  • «Pronomes», Intervox, BR: UFRJ .
  • Moreno, professor Cláudio (2009‐10‐27), «Regras da colocação pronominal», Sua língua, BR: Clic RBS  Verifique data em: |data= (ajuda).