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Congelamento de preços: diferenças entre revisões

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*[http://www.rep.org.br/pdf/20-2.pdf A inflação brasileira: lições e perspectivas], por [[Mário Henrique Simonsen]]. Texto de outubro de 1985.
*[http://www.rep.org.br/pdf/20-2.pdf A inflação brasileira: lições e perspectivas], por [[Mário Henrique Simonsen]]. Texto de outubro de 1985.


Resumindo, não se encontram vantagens no congelamento de preços a não ser, uma pequena "segurada" na econômia.
==Referências==
<references/>

{{esboço-economia}}

[[Categoria:Inflação]]
[[Categoria:Política econômica]]

Revisão das 18h53min de 5 de setembro de 2013

O congelamento de preços é uma medida econômica considerada radical, utilizada para o combate de surtos inflacionários ou mesmo hiperinflação. Um exemplo desse evento ocorreu no Brasil, como parte do Plano Cruzado, em fevereiro de 1986.

Episódios de congelamento de preços

Europa

  1. Em 301 d.C, o imperador romano Diocleciano congelou os preços, mas o plano foi mal-sucedido e ele foi rapidamente ignorado.
  2. Em setembro de 1939, a França declarou congelamento de preços.
  3. Em agosto de 1993, a Iugoslávia, em guerra civil, tentou um congelamento de preços [1]

Estados Unidos

  1. Em 15 de agosto de 1971, o presidente estadunidense Richard Nixon anunciou o congelamento de preços e salários por 90 dias [2].

América Latina

  1. Na década de 80, a Argentina, que enfrentava uma inflação de cerca de 1000% ao ano, congelou os salários pelo valor do último mês [3].
  2. Em fevereiro de 1986, os preços brasileiros foram congelados. Na época (1985 e 1986), os salários reais e os níveis de emprego vinham crescendo a taxas elevadas, causando forte pressão de demanda. Sendo o congelamento de preços mais efetivo para o setor oligopolizado e para as grandes empresas (mais facilmente fiscalizadas) e menos efetivo para os setores competitivos e para as pequenas empresas (impossíveis de serem fiscalizadas), a reposição das margens de lucros "congelados" abaixo da média do período anterior originou uma inflação residual e um crescente desequilíbrio na estrutura de preços relativos. Em janeiro de 1987, ocorre descongelamento de preços[4].
  3. Em 1988/1989, durante o Plano Verão, o governo brasileiro voltou a congelar preços [5]
  4. Em 10 de maio de 2011, o governo brasileiro determinou que a BR Distribuidora, empresa controlada pela Petrobras, reduzisse os preços da gasolina e do etanol entre 6% e 10%, numa maneira de reduzir os preços dos combustíveis. As ações da petrobras caíram com a decisão[6].

Vantagens

Para a teoria de inflação inercial, os instrumentos convencionais (monetaristas ou keynesianos) de combate à inflação não funcionarão enquanto prevalecerem os níveis elevados de inflação inercial. Nesta circunstância, restariam duas alternativas: uma gradual e uma heterodoxa: o congelamento de preços[7].

Desvantagens

Em situações de congelamento de preços, é comum o desabastecimento ou venda com ágio.

O congelamento de preços também dificulta a mensuração da inflação (cálculo dos índices de inflação). No Plano Cruzado, por exemplo, os produtos eram vendidos com ágio, e isso não absorvido parcialmente pelas metodologias de índices de preços. Outra situação em que o erro de coleta se manifesta é na situação de desconto generalizado, onde a existência do desconto para venda a vista decorre da tentativa de antecipação, por parte dos agentes econômicos, a um possível congelamento [8].

Ligações externas

Resumindo, não se encontram vantagens no congelamento de preços a não ser, uma pequena "segurada" na econômia.

  1. NIELSEN, Bent. On the Explosive Nature of Hyper-Inflation Data. In: Economics, Vol. 2, 2008-21, June 24, 2008. Disponível em: <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=1726816>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  2. WEISE, Charles L. Political constraints on monetary policy during the Great Inflation.Disponível em: <http://mpra.ub.uni-muenchen.de/8694/1/MPRA_paper_8694.pdf>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  3. GARDENALLI e CARVALHO.Plano de estabilização econômica. In: Revista de Economia Política, volume 6, número 3, julho-setembro 1986. Disponível em: <http://www.rep.org.br/pdf/23-9.pdf>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  4. ARANDIA, Alejando Kahara. O mercado de trabalho frente á crise dos anos 80 e aos planos de estabilização. Vol. 18, No 4 (1991). Disponível em: <http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/380/612>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  5. CEZAR, Nilza Moreira. AGROPECUÁRIA: Brasil Novo colhe as frustrações de safra da Nova República. In: IEFEE, Vol. 18, No 4 (1991). Disponível em: <http://revistas.fee.tche.br/index.php/indicadores/article/view/375/607>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  6. GRADILONE, Cláudio. Petrobras: boa para o motorista, não para o sócio. In: Istoé, edição 710, maio 211. Disponível em: <http://www.istoedinheiro.com.br/blogs-e-colunas/coluna/14_ARTIGO/?month=5&year=2011>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  7. PEREIRA, Luís Carlos Bresser. Os dois congelamentos de preços do Brasil. In: Revista de Política econômica, volume 8, número 4, outubro-dezembro 1988. Disponível em: <http://www.rep.org.br/pdf/32-4.pdf>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.
  8. SILVA, César Augusto Tiburcio. Avaliação da dispersão nos níveis de preços. Caderno de Estudos nº03, São Paulo, FIPECAFI – Março/1992.Disponível em: <http://www.eac.fea.usp.br/cadernos/completos/cad04/avaliacao3.pdf>. Acesso em: 07 de setembro de 2011.