Discussão:Abatedouro/Arquivo 4

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Último comentário: 19 de julho de 2009 de Nice poa no tópico Comentários

Comentários[editar código-fonte]

O caso de autocarro, assim como banheiro são diferentes deste, por isso estão bem. Os nomes dos reis, embora modernamente os actuais possam aparecer na imprensa noticiosa na sua língua original, são tradicionalmente traduzidos, como os dos papas, segundo regras, como devem figurar em enciclopédias, etc. Um livro de História não fala em Hugues Capet, Henri IV ou Elizabeth I. Espadeiro (discussão) 23h59min de 17 de julho de 2009 (UTC)Responder

Não vejo como autocarro/ónibus/ônibus não seja o mesmo caso! É exatamente o mesmo caso do artigo aqui em discussão. Ónibus é redirect para autocarro. E quanto à Elizabeth, no Brasil Elizabeth é um nome muito comum, e é assim que as duas Elizabeths (a I e a II) são grafadas. Isabel, apesar de ser a tradução de Elizabeth, é um nome tb muito comum no Brasil, e quem se chama Elizabeth no Brasil, jamais será chamada de Isabel, e vice-versa.--Nice msg 00h40min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder
Óbvio que não se chamará de outra maneira. Está consagrada a tradução dos nomes dos monarcas, mas os nomes das pessoas comuns não devem ser traduzidos. Espadeiro (discussão) 00h52min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder
Aqui no Brasil estuda-se a matéria história do Brasil e história geral onde aprendemos que a rainha Elizabeth II da Inglaterra nasceu em Mayfair, um bairro de Londres, em 21 de Abril de 1926. Seu pai, o príncipe Albert, Duque de York (mais tarde rei George VI) e que a Dona Isabel Cristina foi princesa imperial do Brasil e regente do Império do Brasil por três ocasiões, na qualidade de herdeira de seu pai, o imperador D. Pedro II, assim, não estamos acostumados a trocar os nomes das pessoas, se meu nome é Abílio Moraes vai ser até depois da morte, Joaquim de Almeida também. Portanto, para nós é muito estranho esse negócio de mudar nomes de pessoas e lugares.Jurema Oliveira (discussão) 01h46min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder
Citação: Jurema escreveu: «Portanto, para nós é muito estranho esse negócio de mudar nomes de pessoas e lugares.» É… deve ser por isso que aqui no Brasil ninguém chama aquele rei que teve várias esposas de Henrique VIII, e uma delas de Ana Bolena. Todos mundo aqui chama ele mesmo de Henry e ela de Anne Boleyn… Isso para não falar nada daquele imenso país asiático, que, num verdadeiro prodígio linguístico, chamamos aqui de Zhongguo… <ironia off> RafaAzevedo msg 02h55min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder
Estavamos falando dos nomes Elizabeth e Isabel, por enquanto, mas se quiser falar de Henrique VIII que foi com esse nome que eu o conheci, tudo bem. Ou mudar o rumo da proza pra falar de Maurice Chevalier que aos 18 anos eu achava lindo falar esse nome com sotaque francês. hahaha Jurema Oliveira (discussão) 03h19min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder

Como estava dizendo Espadeiro, e como a Nice já escreveu mais acima aqui Isabel e Elizabeth são dois nomes diferentes, e realmente não se chama Elizabeth de Isabel, a pessoa poderia não gostar. Jurema Oliveira (discussão) 03h42min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder

Jurema, Existem hábitos consagrados por séculos de uso e por normas. Elizabeth II é uma pessoa viva (e se falar com ela, será provavelmente em inglês… mas não dirá o seu nome; se tiver essa oportunidade chamar-lhe-á Your Majesty ou simplesmente Ma'am; não lhe chamaria Elizabeth, nem Isabel ou Dona Beth <ironia off>) e ela sabe que tem o nome traduzido em inúmeras línguas e não se ofende. Em Portugal também é habitual ouvir na televisão dizer Rei Juan Carlos, mas ele ficará nos livros como João Carlos I, Rei de Espanha.
Se for ver nas Wikipédias em outras línguas, o nome dos Reis de Portugal aparece sempre traduzido, em francês, inglês, alemão, finlandês, ou o que for. Os nomes de países também são traduzidos; não dizemos Deutschland. Não se traduz Rio de Janeiro nem Luanda, mas já Lisboa varia em muitas línguas. Uma aldeia na Mongólia ou no Quénia não tem tradução em português, mas não dizemos London, København, nem Warszawa. Estamos a saír do tema e comparar o que não é comparável. Espadeiro (discussão) 09h52min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder
E porque é que haveria de mover Peluche (totalmente desconhecido no Brasil) para pelúcia,se as grafias são diferentes???
"Mas se houvesse o termo pelúcia em Portugal" que por acaso tem :

pelúcia (francês peluche) s. f. Tecido de lã, seda, algodão, com felpa de um lado. = peluche [1]

onde é que vão buscar essas informações??
Basta uma busca no google pt:
Resultados 1 - 10 de cerca de 11.700 para pelúcia. (0,20 segundos)
Resultados 1 - 10 de cerca de 65.200 para peluche. (0,26 segundos)
Só se usa menos.
É como meia que levou a uma confusão de reversão, ninguém coloca referências, escreve o que quer, e depois reverte-se porque tem que ser explicado algo muito simples: tanto faz usar meias como peúgas e quem tinha colocado a informação que meias eram pt-br e peúgas pt-pt inventou.
peúga
.s. f.
Meia curta usada pelos homens; coturno.[2]
Onde é que tiram esses exemplos de pt-pt e pt-br? o comentário precedente não foi assinado por 95.69.112.216 (discussão • contrib.)
Exactamente, e não era sinónimo de autocarro, mas de transporte público. Os comboios também eram ónibus:
  1. 1. Carruagem pública para muitos passageiros.
  2. 2. Comboio de passageiros que pára em todas as estações.

Deixou de ser usado e nunca teve o significado específico de autocarro, mas de transporte público ou para todos.


______________

Caro Darwin, consulte o dicionário da Priberam e verá que ónibus está lá, assim como em tantos outros dicionários pt-PT.
Priberam: ónibus
(latim omnibus, para todos, dativo plural de omnis, -e, todo) s. m.

  • 1. Carruagem pública para muitos passageiros.
  • 2. Comboio de passageiros que pára em todas as estações.
  • 3. Bras. O mesmo que autocarro.

Lello: ónibus
s.m. (lat. omnibus, que significa para todos). Carruagem pública, que percorre determinado itinerário numa cidade, e pára para deixar entrar ou sair passageiros. Carro para transporte de pessoas em viagem.

A questão aqui é que "ónibus" se trata de um arcaísmo, já não se usa, e por isso, Nice, não será compreensível por todos. O que indiquei acima foi que no início do século passado ónibus ainda estava em uso, e comprovei mostrando um extracto do conto Civilização de Eça de Queiroz. Ónibus não é um autocarro de facto, porque no advento do autocarro, que se puxa a si mesmo com o seu próprio motor, e por isso é auto, deixou de fazer sentido usar o termo ónibus. Isto porque ónibus era uma carruagem de grande dimensão para uso público colectivo (como acontece com o autocarro, embora muito menor que este), mas puxada por cavalos. Quando se começou a usar o ónibus sem cavalos foi deixando-se de usar esse termo e vingou o autocarro, visto que o (auto)carro (os nossos carros de hoje são (auto)carros) particular não era acessível a todos e o "ónibus" movido por si próprio, também auto-carro, era acessível à cidade. A invenção do autocarro com motor de explosão tal como ele existe hoje deu-se no fim do séc.XIX, por volta de 1895, e o seu uso começou a vulgarizar-se no decorrer das primeiras décadas do séc. XX. É por isso que em Portugal ainda se usava o termo "ónibus" no início do século vinte, porque o autocarro ainda não o tinha substituido por completo. Entre as duas grandes guerras deu-se um boom no desenvolvimento destes motores e a meio do século o autocarro estava completamente estabelecido.

Portanto, a palavras ónibus, e não ônibus, é conhecida em Portugal, tanto pelo dicionário, como pelas pessoas mais velhas do país, que ainda são do tempo do ónibus, como é o caso do Manoel de Oliveira, que já tem quase 101. A palavra ônibus, essa sim, pode eventualmente conhecer-se a partir das telenovelas que nos chegam da Globo ou de outras produtoras brasileiras. Visto isto, ônibus e ónibus não são exactamente a mesma coisa, porque o ônibus é na realidade um autocarro (ónibus = carro colectivo + auto = por si mesmo) e o ónibus é meramente um carro colectivo que precisa de cavalos para se mover.

Está correcto chamar-se ónibus ao autocarro? É óbvio que não. Mas porque o vocábulo evoluiu mais de acordo com o uso (pragmatismo) que com o sentido (semântica), e porque no Brasil não se deixou de chamar ônibus ao ónibus (como acontece no Inglês, em que se passou de omnibus para bus), no pt-BR ônibus é o mesmo que no pt-PT se chama autocarro ou, se quisermos, auto-ónibus. Que é o que se pode constatar no nome da empresa de transportes brasileira Real Auto Ônibus.

O que há aqui a apontar é que isto nada tem a ver com o caso, tal como outros exemplos que aqui foram dados às dúzias, de nomes Reais ou de terras e cidades. A verdade é que o termo em que se insiste para designar o lugar do abate dos animais para consumo "abatedouro", é exclusivo do Brasil e o termo matadouro é tão comum em Portugal como no Brasil, tal como foi demonstrado na lista de oito páginas oficiais brasileiras, em que se usa sobretudo o termo "matadouro". Não é preciso sequer usar a inteligência, para perceber que o uso do termo "abatedouro" é ilegítimo, basta ler duas ou três regras. A insistência no termo original, posto o que já foi posto e dito o que já foi dito, é completamente irracional e, portanto, incompreensível imaginar essa possibilidade numa enciclopédia. E isto, confesso, era algo de que não estava à espera encontrar aqui, pelo que fiquei perplexa e continuo. Como é possível que se defenda algo que viola as regras de funcionamento da Wikipédia (que têm como objectivo principal manter e aumentar a qualidade do projecto e não evitar ferir a susceptibilidade dos criadores dos artigos ou dos utentes de um regionalismo) com base no argumento da edição original? Se isso fosse um argumento plausível então todo e qualquer disparate poderia ser aqui escrito sem que alguém o pudesse corrigir. Sara©SFmsg 16h41min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder

Disparate é o que acaba de escrever. Respeita-se a versão original desde que não se trate de um absurdo, o que, obviamente, não é o caso. Falta inteligência e racionalidade na sua pessoa, repetindo infinitamente esse discurso vazio e que nada acrescenta -- verdadeiro abuso de espaço público. Espernear não vai fazer com que ganhe esta discussão "na marra". Já se disse que "matadouro", apesar de dicionarizado, caiu em desuso na variante brasileira, como "ónibus" na europeia. Recomendo-lhe que pare de ofender os que divergem de si. --tony :: jeff ¿ 17h00min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder

Caro Jeff, não me referia a si nem a ninguém em particular, mas ao facto de ser possível insistir num termo que viola os princípios da Wikipédia, isto é, à possibilidade de se considerar possível argumentar sem ter em conta os princípios fundamentais desta enciclopédia. Se insisto no que digo é porque preciste a tentativa de ultrapassar o princípio fundamental da imparcialidade, assim como o livro de estilo e o acordo ortográfico de 1990. Diz que disparate é o que acabo de escrever… o que me leva a crer que, ou não leu toda a argumentação, ou não se deu ao trabalho de confirmar como "matadouro" continua em uso e é o termo que mais é usado nestas actualíssimas páginas brasileiras de noticiários e portais do governo do seu país:

Lamento se o ofendi, não era minha intenção, e por isso, peço-lhe desculpa. Contudo, se pretende argumentar e, eventualmente, provar a legitimidade de "abatedouro" em todas as lusofonias, não é assumindo a agressividade que julgou ser minha que vai chegar a algum lado. Sara©SFmsg 18h35min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder

Ótimo. Se a "falta de inteligência" e "irracionalidade" não serviram de ofensa a ninguém, recomendo que abaixe sua bola, modere o tom e pare de gastar sua excelente verborragia ao léu. Ninguém aqui está a receber salário pra aguentar esse faniquito seu. --tony :: jeff ¿ 00h34min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder

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Citação: Jurema Oliveira escreveu: «O artigo foi criado como abatedouro, em respeito a primeira edição e por ser pouco usada a palavra matadouro no Brasil, acho que abatedouro é o título que deve ficar. A discussão:Mascate onde foi comprovado que o nome não é o mais usado no Brasil está lá até hoje apesar de toda a discussão, não fizeram votação.»

Eu não posso comentar que para esse artigo já que cada caso é um caso. Se não me engano Muscat é um estrangeirismo e até tenho minhas dúvidas se Masqaṭ pode ser traduzido assim. Mas, voltando à Matadouro, que é o artigo em que estamos.
Segundo Saracsoares, Espadeiro e Darwinius, Matadouro respeita melhor o princípio da imparcialidade, o livro de estilo e o acordo ortográfico de 1990.
Segundo você, Nice e, até agora, Tonyjeff, Abatedouro é a forma que respeita o título original (respeito pela edição de quem cria o artigo) que, como é costume aqui, é aquele que estabelece o título do artigo quando há diferentes versões para o mesmo, e ainda, permite evitar segundo a Citação: Nice escreveu: «trazer mais conflitos, que até hoje conseguiram ser relativamente superados devido ao respeito pela edição de quem cria o artigo.»
2 questões que ficaram sem resposta.
O princípio da imparcialidade, o livro de estilo e o acordo ortográfico de 1990 não primam sobre um costume ? nenhum consenso pode quebrar a regra do 2 pilar.
Qual experiência ou fato prova que movimentarão outros artigos com base num consenso que vale exclusivamente para este artigo? Não é isso uma suposição? Kim ®i©hard correio 23h02min de 18 de julho de 2009 (UTC)Responder
Não, Richard; pela teoria geral do direito, lei e costume são fontes igualmente válidas de direito, sem hierarquia. Além disso, pondera-se o argumento subjetivo: apesar do que possa apontar o Google, "matadouro", como vários aqui já disseram, não é forma corrente na variante brasileira. Não basta uma busca na Internet nem uma vista no dicionário para se aferir a realidade de uma língua -- até porque, pelo dicionário, ónibus seria termo corrente na variante europeia.
E, afinal, a questão subjetiva é, a meu ver, o principal argumento: é extremamente arriscado decidirmos qual termo é "neutro", pois, como neste caso, apesar de "válido", pode não ser corrente, mudando-se um regionalismo por outro. Pode, inclusive, ser argumento falacioso apenas para se adequar o projeto a determinado gosto estético.
Falando em fontes de direito, jurisprudência é outra delas. E o que Lorib falou é verdade: se começarmos a alterar verbetes por conta de regionalismos, a variante europeia teria muito a perder. De minha parte, lamento muito que o verbete autocarro não tenha sido criado como machimbombo. Pois esta é também, pasmem, uma palavra da língua portuguesa. Como disse, devemos aprender a conviver com o diferente. Se querem mais verbetes refletindo as respectivas variantes em seus títulos, que saiam criando artigos em vez de desperdiçar espaço nesta discussão.
O que eu não percebo é que raios "Matadouro" tem a ver com o Acordo de 1990. Ele está aí sendo citado, ao meu ver, de maneira espúria. --tony :: jeff ¿ 00h29min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder


"se começarmos a alterar verbetes por conta de regionalismos, a variante europeia teria muito a perder" Parece que há algo que ainda não está bem claro. Não se trataria de alterar verbetes, mas sim de verificar com ponderação se no caso de um regionalismo, não hà uma palavra que esteja em uso e seja comum a ambos (ou melhor, a todos) os países. Por isso, não entendi este comentário. Por acaso estamos a falar da mesma coisa? Apenas o que acho certo é que se existe um vocábulo comum que ele seja usado. Não tem como a variante europeia perder ou qualquer outra. Se for usada nos dois países quem é que sai a perder??? Nos casos em que não existe uma palavra comum não se altera nada , não tem como. E depois, seria, por exemplo, eu ter criado um verbete chamado de peúga e nós termos a palavra meia que é comum a ambos os países. Quem é que sai a perder se se alterar o título para meia?? A variante europeia?? Como? Só se eu tiver uma birra e quiser à força manter peúga porque só falamos assim em casa e é assim que a mamã fala. Vamos crescer um pouco. Não se trata de alterar Elizabeth por Isabel. Mas, se alguem colocar a informação: existe uma palavra comum, é esta.... é usada nos dois(ou mais) países , estas são as referências, os membros da comunidade validam e é feita a alteração. Vejam este exemplo em que arranjou-se uma forma neutra para os títulos dos filmes : Scream (pt: Gritos / br: Pânico). Se eu tivesse criado o verbete "Gritos" teria sido revertido sem dó nem piedade para Scream, embora seja uma palavra estranjeira, parece que não doi o orgulho nacionalista de ninguem, e não seria espeitada a versão original! Pelo que vi todos ou grande parte dos títulos dos filmes estão na língua original. E mais uma vez para quem não entendeu, ónibus não era o mesmo que autocarro porque os comboios também eram chamados de ónibus, as charretes que levavam muita gente eram ónibus, e os elétricos eram ónibus. Ónibus era um transporte público. Não se usa mais, não é exemplo. E vejam se se entendem, chega de tanta confusão!

Caro Jeff, você insiste em ser deselegante. Seja como for, não fico ofendida consigo e espero que você não fique comigo que nunca foi minha intenção ofendê-lo. Um regionalismo como "abatedouro", por ser um regionalismo, isto é, por não fazer parte do vocabulário comum da língua portuguesa, não está consentânio com o artigo 2 do acordo ortográfico de 1990, em que se defende a criação de um vocabolário comum da língua portuguesa até 1993. Como se pode ver no artigo sobre o Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, o assunto ainda não está completamente resolvido, e, embora os países tenham assinado o acordo para um vocabulário comum, ainda nãos e chegou a consenso quanto a este vocabulário. No entanto, já se chegou a um consenso, o qual foi votado em 1990, que é o facto de ter de haver (…)um vocabulário ortográfico comum da língua portuguesa, tão completo quanto desejável e tão normalizador quanto possível(…). Sendo assim, tanto "abatedouro" como "autocarro", enquanto não se tiver estabelecido o tal vocabulário comum, são regionalismos, e como tal não pertencem ao que há de comum e normalizado no vocabulário de ambos os países. Quanto ao que diz sobre a jurisprudência concordo absolutamente consigo, mas isso prende-se com a necessidade julgar dentro do espírito da lei quando a lei não é clara ou específica, o que não me parece que seja o caso com o que está dito no livro de estilo. O livro de estilo diz claramente que se deve, portanto, aquilo que é o dever, é evitar regionalismos. Depois temos o que o Kim em cima diz, que a regra do segundo pilar não pode nunca ser quebrada, e essa regra, o princípio da impacialidade, obriga à utilização de um termo comum aos dois países. O que diz em relação ao Google não é em relação ao Google que deve dizê-lo, mas em relação aos noticiários e portais de governo do seu país, que usaram o termo que você defende não estar em uso, e não julgue que andei a ver se encontrava estas páginas, porque elas foram apresentadas por um brasileiro anónimo. Se fosse para fazê-lo já o teria feito há muito, só não o fiz porque o Rafa, que é brasileiro, defendeu que o termo "matadouro" está a uso no Brasil. As páginas referidas só o vieram confirmar sem sobra de dúvida, até porque são desta década/milénio.
Queria dizer-lhe mais uma coisa, para que fique bem claro, que o meu interesse aqui não é ganhar uma guerrinha, pois acho que isso é tão inútil como desnecessário. Neste momento, farta como estou desta discussão, só pretendo apurar uma coisa: saber a que distância é o que aqui se pratica está dos princípios teóricos a seguir. Tanto quanto estou a perceber há uma certa distância, pois se não houvesse esta discussão nunca teria crescido como cresceu. Já tinha dito acima que não estava interessada em continuar a discussão e mantenho o que disse.
Resta saber se o princípio da imparcialidade e o livro de estilo (dispenso o acordo porque não é uma regra directa da Wikipédia) são para cumprir ou podem ser vergados em algum caso particular da jurisprudência.
Só um esclarecimento: tanto peúga como meia são termos pt-PT, meia usa-se para referir as meias de senhora e também para as meis de homem, e peúga usa-se exclusivamente para referir as meias de homem. Peúga é uma meia curta usada pelos homens… Obrigada pela vossa atenção. Sara©SFmsg 02h58min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder

Comentando rapidamente:

  1. O argumento de que matadouro não é popular no Brasil é falso, pelo que pude verificar numa busca no Google limitada a sites brasileiros. Na verdade, encontrei 154.000 resultados para matadouro contra apenas 109.000 para abatedouro. Entre os resultados, apareceu, por exemplo, a lista de matadouros do Rio de Janeiro, Prefeitura de Guanambi quer adequar matadouro às exigências da Lei (publicado há cerca de 2 semanas), Normas para construção de matadouro de ovinos, caprinos e suínos, e milhares de outras igualmente fiáveis e que bem atestam a utilização comum.
  2. Segundo o Michaelis, a palavra abatedouro é um regionalismo brasileiro, usado no Sul do Brasil (o que explica a insistência da Nice em querer o nome original, mesmo sendo contra o Livro de Estilo). O Houaiss também confirma que abatedouro é regionalismo dentro do Brasil. A palavra matadouro aparece em ambos os dicionários como sendo de utilização comum e não arcaísmo, o que é confirmado pelos resultados do Google.
  3. Esta discussão (ou "tentativa de consenso" nem devia estar ocorrendo, pois a utilização de abatedouro contraria o disposto no Livro de Estilo, uma vez que há uma palavra de uso comum em ambas as versões da língua portuguesa, matadouro. O presente debate viola ainda os princípios de neutralidade e imparcialidade por que se rege a Wikipedia, fazem parte da sua essência e estão nos princípios fundadores que não podem ser alterados. Como tal, digo desde já que não aceito qualquer vitória por parte do regionalismo sulista abatedouro, pois nenhum consenso, votação, etc. pode violar o princípio da neutralidade, que é inegociável.
  4. O exemplo de autocarro e ônibus é de facto muito desadequado a esta discussão, e deveria ser evitado. Autocarro e ônibus estão, tanto quanto sei, em pé de igualdade, e aí sim, vale a versão do criador. Neste caso de matadouro vs. abatedouro apelar à versão do criador é de um absurdo atroz. Se um português se tivesse lembrado de criar o verbete como açougue (termo arcaico para matadouro), será que a Nice, o Tony e a Jurema estariam a defender a "versão do criador" com tanto empenho como defendem esse regionalismo, indo contra as convenções e os princípios fundamentais da wikipedia?

- Darwin Alô? 03h38min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder

  • Reforçando o que digo acima: o termo abatedouro pode ser encontrado no Dicionário gaúcho de Alberto Juvenal de Oliveira (publicado em 2002) como regionalismo gaúcho que significa matadouro. Tambem a Enciclopédia brasileira Mérito, de 1967, refere o termo como um regionalismo do Sul do Brasil. O Dicionário contemporâneo da língua portuguesa de Hamílcar Garcia e Francisco Julio Caldas Aulete (1968) refere o termo como um brasileirismo do Sul. No Dicionário de regionalismos do Rio Grande do Sul‎, de Zeno Cardoso Nunes e Rui Cardoso Nunes (1982) encontra-se o verbete Abatedouro, significando "Matadouro. Lugar onde as reses sâo abatidas para consumo", entre muitos outros exemplos. Apelo ao bom senso dos defensores do regionalismo sulista para que tenham o bom senso de não colocar os interesses locais da região onde vivem ou outras questões de gosto pessoal à frente dos interesses do projecto, que é direccionado a ambos os lados do Atlântico e não apenas a um grupinho de uma região do Brasil. Relembro ainda que, ao contrário da recomendação de usar um termo comum a ambas as versões inguísticas, isso de "versão do criador" não está em qualquer regra ou recomendação, e é tão somente um expediente prático para desempatar, sem qualquer aplicação nesta situação específica. - Darwin Alô? 04h30min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder
Darwin, enlouqueceu? Eu quero manter abatedouro e a razão é pq é um regionalismo gaúcho??? Com que autoridade vc faz esta afirmação??? E os outros, pq defenderam então o título abatedouro? Prá começar, não fui eu que criei o artigo com o título em que se encontra, foi um paulista. Quem defendeu até agora manter o título com que o artigo foi criado foram a Jurema e o Tony, que não são gaúchos, e que confirmam que abatedouro é o termo mais comum e em uso no Brasil. Eu apenas desfiz uma moção indevida e sem consenso. Para começar, foi com você, agora, neste momento, que fiquei sabendo que Abatedouro é mais comum no SUL do BRASIL, e não gaúcho, como maldosamente quer fazer parecer a todos, e desta forma me desmoralizar, e me acusar de algo que jamais imaginei. Aprendi que abatedouro é mais comum no sul neste momento, com você, e fui confirmar no Pequeno Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa de Aurélio Buarque de Holanda Ferreira. Mas lá é claro: no SUL do Brasil! Se não sabe, fique sabendo: o sul do Brasil é formado por 3 estados - Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Quanto às modificações que fez na introdução do artigo, além de provocação e parcialidade evidentes da sua parte, ao redigí-la da forma que fez, para provar um ponto de vista, e eliminando mesmo as fontes fiáveis existentes (pois entre aquele monte de fontes que eu inseri, depois que o IP seu conterrâneo o fez antes de mim, para provar o ponto de vista dele, existiam fontes fiáveis do uso consagrado do termo abatedouro no Brasil), discordo totalmente! O que fez é querer forçar na marra o seu ponto de vista.

Quanto ao resto, o Tony já falou tudo. Passem bem, e se quiserem se matar defendendo o indefensável, façam isso. Com quem usa de argumento mesquinho, maldoso e falso para defender seu ponto de vista (pq é assim que considero sua acusação desprospositada), não vou mais perder meu tempo. Fui! --Nice msg 11h39min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder

  • Nice, eu sou-lhe sincero, nunca tinha ouvido a palavra "abatedouro" antes dessa discussão, tal como, julgo eu, a esmagadora maioria dos portugueses. O termo nem consta dos nossos dicionários. Quando fui procurar fontes para saber qual era a definição, todas foram unânimes em dizer que era um regionalismo (e não um termo de uso comum), dando como sinónimo matadouro. Algumas disseram que era regionalismo do Sul do Brasil, outras foram mais específicas e listaram-no como regionalismo gaúcho. É possível que seja regionalismo de outros estados do Sul também, mas não encontrei fontes que comprovem isso. Já "matadouro" aparece tanto nos dicionários de português do Brasil como de Portugal como termo de uso comum. E é verdade que quando vi que era regionalismo gaúcho pensei que fosse essa a razão que a levava a defender o termo, mas se me diz que não é eu acredito e peço desculpas. Há muitos regionalismos da Madeira cuja condição de regionalismo também não é óbvia para quem lá mora.
  • Quanto à introdução, se reparar eu apenas usei fontes linguísticas, que dão a definição do termo, e não websites que apenas citam um dos termos em questão. Pelas estatísticas do google, por cada duas utilizações de abatedouro que vce encontrar eu consigo arranjar três de matadouro, o que bem demonstra a popularidade do segundo termo. A introdução foi redigida de forma imparcial, citando fontes fiáveis que comprovam o que está escrito, pelo que nem tem cabimento a sua acusação de POV.
  • Finalmente, quanto a mim, o que é indefensável é quererem impor aqui um regionalismo de uso limitado no próprio Brasil sobre um termo de uso comum em ambos os lados do Atlântico, desrespeitando o Livro de Estilo, retirando neutralidade ao título, e atentando contra o 5º pilar da Wikipedia na sanha de impor a versão original a todo o custo.
  • De rest, também não faço tenções de me matar em batalha por causa disto, façam o que quiserem, desde que o façam com algum fundamento.
  • - Darwin Alô? 12h20min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder

Darwin, se as fontes que eu coloquei não servem para serem utilizadas no texto, pelo menos elas servem para comprovar que o termo abatedouro é usado corriqueiramente de norte a sul do país. Sem saber desta novidade do sul que vc apresentou, eu coloquei, de propósito e inconscientemente, notícias sobre abatedouros dos mais diversos estados brasileiros, para comprovar que o uso é corrente. Se algum dia o termo matadouro foi mais utilizado que abatedouro, há muito deixou de sê-lo. Talvez, e isso é suposição minha, a razão seja pq os principais e maiores abatedouros do Brasil estão concentrados na região sul: Perdigão S.A., Sadia S. A., Avipal e Frigorífico Chapecó, o que deve ter contribuido para a popularização e uso do termo no Brasil --Nice msg 12h35min de 19 de julho de 2009 (UTC)Responder