Saltar para o conteúdo

Don Juan: diferenças entre revisões

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Conteúdo apagado Conteúdo adicionado
Bitolado (discussão | contribs)
m Revertidas edições por 89.155.40.153 para a última versão por Bitolado (Huggle)
Linha 5: Linha 5:
[[Imagem:Max Slevogt Francisco d'Andrade as Don Giovanni.jpg|thumb|200px|Don Juan, no momento da luta]]
[[Imagem:Max Slevogt Francisco d'Andrade as Don Giovanni.jpg|thumb|200px|Don Juan, no momento da luta]]
==A lenda de Don Juan==
==A lenda de Don Juan==
As lendas diziam que Don Juan seduzira, estuprara ou matara uma jovem moça de família nobre da [[Espanha]], e também assassinara seu pai. Depois, tendo encontrado num cemitério uma estátua deste, jocosamente a convidara para um jantar, convite este aceito alegremente pela estátua. O fantasma do pai ali também chegara, como precursor da morte de Don Juan. A estátua pedira para apertar-lhe a mão e, quando este lhe estendeu o braço, foi por ela arrastado até o inferno.
asdAs lendas diziam que Don Juan seduzira, estuprara ou matara uma jovem moça de família nobre da [[Espanha]], e também assassinara seu pai. Depois, tendo encontrado num cemitério uma estátua deste, jocosamente a convidara para um jantar, convite este aceito alegremente pela estátua. O fantasma do pai ali também chegara, como precursor da morte de Don Juan. A estátua pedira para apertar-lhe a mão e, quando este lhe estendeu o braço, foi por ela arrastado até o inferno.


A maioria dos estudiosos é concorde em afirmar que o primeiro conto a registrar a história de Don Juan foi '''El burlador de Sevilla y convidado de piedra''' ("''o conquistador de [[Sevilha]] e o convidado de pedra''"). As datas para esta publicação, entretanto, variam, em torno de [[1620]] até [[1635]], dependendo da fonte - embora haja registros de que seja conhecida na Espanha desde [[1615]]. Segundo este conto, Don Juan é um mulherengo inveterado, que seduzia as mulheres disfarçando-se de seus amantes, ou lhes prometendo o matrimônio. Atrás de si deixa um rastro de corações partidos, até que finalmente acaba matando um certo Don Gonzalo. Quando depois é convidado pelo fantasma deste para um jantar numa catedral, acaba por aceitar, por não querer parecer um covarde.
A maioria dos estudiosos é concorde em afirmar que o primeiro conto a registrar a história de Don Juan foi '''El burlador de Sevilla y convidado de piedra''' ("''o conquistador de [[Sevilha]] e o convidado de pedra''"). As datas para esta publicação, entretanto, variam, em torno de [[1620]] até [[1635]], dependendo da fonte - embora haja registros de que seja conhecida na Espanha desde [[1615]]. Segundo este conto, Don Juan é um mulherengo inveterado, que seduzia as mulheres disfarçando-se de seus amantes, ou lhes prometendo o matrimônio. Atrás de si deixa um rastro de corações partidos, até que finalmente acaba matando um certo Don Gonzalo. Quando depois é convidado pelo fantasma deste para um jantar numa catedral, acaba por aceitar, por não querer parecer um covarde.

Revisão das 13h36min de 23 de abril de 2010

 Nota: Se procura a ópera de Mozart, veja Don Giovanni.

Predefinição:Spoiler Don Juan é um lendário libertino fictício, de quem história foi contada muitas vezes por autores diferentes. O nome às vezes é figurativamente usado como um sinônimo para sedutor (ou "playboy"). A história termina dramaticamente, com a descida de Don Juan ao Inferno.

Don Juan, no momento da luta

A lenda de Don Juan

asdAs lendas diziam que Don Juan seduzira, estuprara ou matara uma jovem moça de família nobre da Espanha, e também assassinara seu pai. Depois, tendo encontrado num cemitério uma estátua deste, jocosamente a convidara para um jantar, convite este aceito alegremente pela estátua. O fantasma do pai ali também chegara, como precursor da morte de Don Juan. A estátua pedira para apertar-lhe a mão e, quando este lhe estendeu o braço, foi por ela arrastado até o inferno.

A maioria dos estudiosos é concorde em afirmar que o primeiro conto a registrar a história de Don Juan foi El burlador de Sevilla y convidado de piedra ("o conquistador de Sevilha e o convidado de pedra"). As datas para esta publicação, entretanto, variam, em torno de 1620 até 1635, dependendo da fonte - embora haja registros de que seja conhecida na Espanha desde 1615. Segundo este conto, Don Juan é um mulherengo inveterado, que seduzia as mulheres disfarçando-se de seus amantes, ou lhes prometendo o matrimônio. Atrás de si deixa um rastro de corações partidos, até que finalmente acaba matando um certo Don Gonzalo. Quando depois é convidado pelo fantasma deste para um jantar numa catedral, acaba por aceitar, por não querer parecer um covarde.

As visões acerca da lenda variam de acordo com as opiniões sobre o caráter de Don Juan, apresentado dentro de duas perspectivas básicas. De acordo com uns, era um mulherengo barato, concupiscente, cruel sedutor que buscava apenas a conquista e o sexo. Outros, porém, pretendem que ele efetivamente amava as mulheres que conquistava, e que era verdadeiramente capaz de encontrar a beleza interior da mulher. As versões primitivas da lenda sempre o retratam como no primeiro caso.

Don Juan na literatura

Uma mais recente versão da lenda de Don Juan é apresentada na obra de José Zorilla, Don Juan Tenório, de 1844. Esta versão apresenta um Don Juan totalmente envelhecido. A ação principia com Don Juan e seu amigo Don Luís, onde ambos contam suas seduções um para o outro, procurando saber qual o mais conquistador. Don Juan excede a Don Luís que, então, lança-lhe o desafio de conquistar uma mulher com a alma pura, deitando nele o desejo de conquistar uma mulher devota. Então, este propõe-se a seduzir Dona Inês, noiva de Don Luís - o que efetivamente consegue, ao tempo em que encontra o verdadeiro amor. Enraivecidos, o pai de Dona Inês junto a Don Luís procuram vingar-se. A história termina com uma disputa entre as almas de Dona Inês e do seu pai pela alma de Don Juan: enquanto este tenta levá-lo para o inferno, aquela consegue trazê-lo para o céu.

Na representação poética feita por Aleksandr Blok, a estátua somente é mencionada como uma figura que se apresenta, receosa, junto a uma Dona Anna que jaz morta, enquanto Don Juan aguarda seu retorno ao aproximar-se da própria morte.

Em "La gitanilla" (A ciganinha), novela de Miguel de Cervantes, a personagem que se apaixona pela cigana chama-se "Don Juan de Cárcamo" - provavelmente uma referencia com a lenda popular.

Uma peça chamada Don Juan (no original: "Don Giovanni Tenorio, ossia Il Disoluto") foi escrita em 1736 por Carlo Goldoni, famoso dramaturgo italiano de comédias.

No romance O Fantasma da Ópera, a ópera que está sendo escrita pelo fantasma é "Don Juan triunfante".

O famoso poeta romântico Lord Byron escreveu uma versão épica para Don Juan, que é considerada sua obra-prima. Entretanto, esta obra restou inacabada, com sua morte, mas retrata um Don Juan vitimado por uma educação católica repressiva, sendo fruto inocente desta visão distorcida. Neste poema Don Juan é iniciado no verdadeiro amor pela bela filha de um pirata, que o vende depois como escravo para a esposa de um sultão, a fim de satisfazer-lhe os desejos carnais. O Don Juan de Byron é menos sedutor e mais uma vítima dos desejos femininos e de seus infortúnios. Don Juan foi também o nome do barco do poeta Percy Bysshe Shelley, amigo de Byron.

Também José Saramago deu sua versão moderna para o mito, seguindo uma trilha aberta pelo também escritor português Almeida Faria (na obra "O conquistador"). Saramago, que intitulou sua obra como Mozart (Don Giovanni), ao contrário de Faria, devolveu à história seu tom dramático original.

Pintura

"La Barque de don Juan", por Delacroix.
  • "La Barque de don Juan" ou "Le Naufrage de don Juan" é uma pintura do artista francês, Eugène Ferdinand Victor Delacroix, pintada no ano de 1841, inspirada nas páginas de Byron, onde trata sob sua ótica pessoal as palavras do poeta:
"Un océan sans fin aux flots lourds et clapotants et une étroite bande de ciel plein de colére et chargé d'ouragan sert de cadre à la barque sans voile, sans rame, sans boussole, sans gouvernail, où une vingtaine d'hommes demi-nus, hâves, maigres, convulsés par les plus sinistres convoitises, tirent au sort la victime qui doit nourrir ses compagnons".
Numa tradução livre:Um oceano sem fim de lama pesada e um uma estreita faixa de céu plena de cólera e carregado como um furação faz a um barco sem vela, sem remo, sem bússula, sem leme, onde uma vintena de homens semi-nus, desfigurados, magros, convulsionados pela mais sinistra luxúria, escolhendo ao acaso a vítima que irá alimentar seus companheiros.
  • Um quadro de Alfred Johannot, representando dom Juan naufragando por Haydée foi exposto, em 1831.

Obras inspiradas no mito de Don Juan

Veja ainda

Wikiquote
Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Don Juan