Donatella Di Cesare

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Donatella Di Cesare
Donatella Di Cesare
Nascimento 29 de abril de 1956 (68 anos)
Roma
Nacionalidade Itália Itália
Cidadania Itália
Alma mater
Ocupação filósofa, professora universitária
Empregador(a) Universidade de Roma "La Sapienza"
Religião Judaísmo

Donatella Di Cesare (Roma, 29 de abril de 1956) é uma filósofa, ensaísta e colunista italiana que leciona Filosofia Teorética na Universidade "La Sapienza" de Roma. É uma das filósofas mais influentes no debate público italiano e internacional, seja acadêmico, seja midiático. [1] [2] [3] Colabora em vários jornais e revistas, incluindo "L'Espresso" e "il Manifesto". Seus livros e ensaios foram e são traduzidos para diversas línguas, dentre as quais: português, inglês, francês, alemão, espanhol, dinamarquês, croata, polonês, finlandês, norueguês, turco e chinês.

Biografia[editar | editar código-fonte]

Na primeira fase de seus estudos, realizada principalmente na Alemanha, primeiro na universidade de Tübingen, depois na de Heidelberg, onde foi a última aluna de Gadamer, Di Cesare ocupou-se da fenomenologia e a hermenêutica filosófica, oferecendo uma visão original e próxima à desconstrução de Jacques Derrida. Isso resultou em vários ensaios e em dois livros: Utopia da compreensão, Il melangolo, Genoa (2003); em inglês: Suny Press, Albany (2013); e Gadamer, Il Mulino, Bolonha (2007); em alemão: Mohr Siebeck, Tübingen (2009); em croata: Demetra, Zagreb (2010); em inglês: Indiana University Press, Bloomington (2013).

Após a publicação de Schwarze Hefte (Os Cadernos negros), de Martin Heidegger, Di Cesare interrogou-se sobre as responsabilidades da filosofia em relação ao extermínio, assim publicando o livro Heidegger e os judeus. O «Quaderni neri», Bollati Boringhieri, Turim (2014, com nova edição de 2016), teve ampla ressonância e foi publicado em alemão: Klostermann, Frankfurt (2015); em francês: Seuil, Paris (2015); em dinamarquês: Vandkunsten, Copenhagen (2016); em espanhol: Gedisa, Barcelona (2017); e em inglês: Polity Press, Cambridge - Boston 2018.

A questão da violência e da condição humana submetida à violência extrema constituíram uma etapa adicional de sua pesquisa. Disso nasce o livro Tortura, Bollati Boringhieri, Turim (2016); em inglês: Polity Press, Cambridge - Boston (2018); em espanhol: Gedisa, Barcelona (2018). Questões políticas e éticas na era da globalização levaram-na a investigar o fenômeno atual do terror, a face sombria da guerra civil global. Disso nasce o livro Terror e a modernidade, Einaudi (2017); em espanhol: Gedisa, Barcelona (2017); está sendo publicado em inglês: Polity Press, Cambridge - Boston (2018); em português (Brasil): Âyiné (2019).

A virada política de seu pensamento surgiu a partir de 2017, quando adentrou no tema da soberania, já abordado nos ensaios sobre a teologia política de Espinosa. O confronto histórico entre o Estado e os migrantes é o tema do livro Estrangeiros residentes. Uma filosofia da migração, Bollati Boringhieri, Turim (2017), que recebeu o Prêmio Pozzale de não ficção em 2018 e o Prêmio Sila de economia e sociedade, também em 2018; em finlandês: Tambere (2019); em espanhol: Amorrortu (2019); em inglês: Polity Press, Cambridge Boston (2019); em processo em português (Brasil): Âyiné (2020).

As questões filosófico-políticas sobre a estranheza e o mito da identidade são o tema do livro de Marrani. O outro do outro, Einaudi, Turim (2018), em espanhol: Gedisa, Barcelona (2019); em português (Brasil): Âyiné (2020); em inglês: Polity Press, Cambridge Boston (2020).

Recentemente, Di Cesare ofereceu um resumo de sua posição filosófica no livro Sobre a vocação política da filosofia, Bollati Boringhieri, Turim (2018), finalista do Prêmio de Filosofia Benedetto Croce em 2019; em espanhol: Gedisa, Barcelona (2019); está sendo publicado em inglês: Polity Press, Cambridge - Boston (2020); em alemão Matthes und Seitz, Berlim (2020).

Foi professora visitante em várias universidades: Stiftung-University of Hildesheim (Alemanha) em 2003; Albert-Ludwig-Universität de Freiburg im Breisgau (Alemanha) em 2005. Kulturwissenschaftliches Forschungskolleg em Colônia (Alemanha), 2007. No semestre de inverno de 2007, foi Professora Visitante Distinta de Artes e Humanidades na Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA). Em 2012, foi professora visitante do Departamento de Línguas e Literaturas da Universidade Brandeis (EUA). No semestre de inverno de 2016, ela foi Brocking Visitorship na Queen's University (Canadá). Em 2017, foi chamada para um ano de ensino na prestigiada Scuola Normale Superiore em Pisa, Itália.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]

  • Sulla vocazione politica della filosofia, Bollati Boringhieri, Torino 2018.
  • Marrani, Einaudi, Torino (2018).
  • Terrore e modernità, Einaudi, Torino 2017.
  • Stranieri residenti. Una filosofia della migrazione, Bollati Boringhieri, Torino 2017.
  • Tortura, Bollati Boringhieri, Torino 2016.
  • Heidegger & Sons. Eredità e futuro di un filosofo, Bollati Boringhieri, Torino 2015.
  • Heidegger e gli ebrei. I "Quaderni neri", Bollati Boringhieri, Torino 2014.
  • Crimini contro l'ospitalità. Vita e violenza nei centri per gli stranieri, il melangolo, Genova 2014.
  • Israele. Terra, ritorno, anarchia, Bollati Boringhieri, Torino 2014.
  • Il nuovo realismo è un populismo, (con C. Ocone e S. Regazzoni), Il melangolo, Genova 2013.
  • La giustizia deve essere di questo mondo. Paesaggi dell'etica ebraica, Fazi, Roma 2012.
  • Se Auschwitz è nulla. Contro il negazionismo, Il melangolo, Genova 2012.
  • Grammatica dei tempi messianici, [1ª ed. Albo Versorio, Milano 2008] Giuntina, Firenze 2011.
  • Gadamer, Il Mulino, Bologna 2007.
  • Ermeneutica della finitezza, Guerini & Associati, Milano 2004.
  • Utopia del comprendere, il nuovo melangolo, Genova 2003.
  • Marx e la Comune di Parigi, in Leggere Marx oggi, a cura di P. Granata e R. Pierri, Rubbettino, Soveria Mannelli 2012, pp. 123–128.
  • Terra-madre o terra-sposa? Ripensando il sionismo, in «La Rassegna mensile di Israel» 77 (2011), 29-44.
  • Il dialogo delle lingue e la globalizzazione, in «Giornale di Metafisica», XXXIII (2011) n.1-2, 17-26.
  • Il linguaggio paradigma della comunità a-venire. Su Humboldt nel futuro, in «La società degli individui» 41, 2011/2, 105-116.
  • L'identità negata. Sui marrani, in Identità di confine, a cura di I. Kajon, Lithos, Roma 2010, 43-64.
  • Celan, Adorno e la poesia dopo Auschwitz, in L'acuto del presente. Poesie e poetiche a metà del Novecento, a cura di C. Sandrin, Edizioni dell'Orso, Alessandria 2009, 33-46.
  • Buber e l'utopia anarchica della comunità, in M. Buber, Sentieri in utopia. Sulla comunità, Marietti, Genova-Milano 2009, 7-34.
  • Esilio e globalizzazione, in «Iride» 2008 (54), 273-286.
  • Escatologia della pace messianica, in S. Mosès, Al di là della guerra. Tre saggi su Levinas, il nuovo melangolo, Genova 2007, 103-117.
  • La «differenza» dell'ebraismo. Riflessioni tra Rosenzweig, Scholem, Derrida, Levinas, in La rassegna mensile di Israel, 73, 2007, 1-17.
  • Comprendere, in Enciclopedia filosofica, Bompiani, Milano 2006, vol. III, 2063-2067.
  • Tradurre è redimere. Sulla teologia del linguaggio di Walter Benjamin, in Teologia e politica. Walter Benjamin e un paradigma del moderno, a cura di M. Ponzi e B. Witte, Aragno, Torino 2006, 101-120.
  • La parola salvifica della filosofia, in Incontri con Hans-Georg Gadamer, Bompiani, Milano 2000, 100-107.
  • Parola, lógos, dabar: linguaggio e verità nella filosofia di Vico, in Bollettino del Centro di Studi vichiani, 22-23, 1992-1993, pp. 251–287.
  • Il linguaggio nella filosofia di Karl Jaspers – Introduzione a K. Jaspers, Il linguaggio. Sul tragico, a cura di Donatella Di Cesare, Guida, Napoli 1993, pp. 7–80.
  • Introduzione in, Wilhelm von Humboldt, La diversità delle lingue, a cura di Donatella Di Cesare, Bari-Roma, Laterza, [1991] 2005, pp. XV-CX.

Referências

  1. «Donatella Di Cesare, info e libri dell'autore. Giulio Einaudi Editore.». Einaudi (em italiano). Consultado em 24 de maio de 2020 
  2. «Donatella Di Cesare». Bollati Boringhieri (em italiano). Consultado em 24 de maio de 2020 
  3. «Festivalfilosofia 2020 – macchine». Festivalfilosofia 2020 – macchine (em italiano). Consultado em 24 de maio de 2020 
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