Douglas Baptista
Douglas Baptista | |
---|---|
Nacionalidade(s) | Brasileiro |
Crime(s) | Homicídio qualificado |
Pena | 30 anos de prisão |
Situação | Preso |
Assassinatos | |
Vítimas | Oito (08) |
País | Brasil |
Douglas Baptista é um assassino em série do Brasil acusado do assassinato de oito crianças entre os anos de 1992 e 2003 na Baixada Santista, São Paulo. Foi condenado por dois casos e está preso desde 2015.[1] [2] [3]
Ele também é chamado de “Maníaco de São Vicente”. [3]
"Ele é anormal, absolutamente irrecuperável", disse o psiquiatra Guido Palomba. [2]
Os crimes
Em 2003, no Jardim Sambaiatuba, São Vicente, São Paulo, duas meninas desaparecerem de casa no dia de Natal. Elas eram Nathaly Ribeiro e Najila de Jesus, ambas com cinco anos de idade. Seus corpos foram encontrados quatro dias depois, com mãos e pés amarrados, no Rio Mambu, em Itanhaém. Foi quando os investigadores começaram as buscas pelo criminoso que chegaram à Douglas Baptista, após o relato de uma testemunha, vizinho das vítimas, que havia visto Baptista oferecer carona para as meninas. [4]
Perfil das vítimas
Suas vítimas eram crianças pobres, que tinham entre 5 e 12 anos de idade.
Modus operandi
Para atrair as crianças e não levantar suspeitas, Baptista virava amigo das famílias e muitas vezes oferecia presentes para os menores. Algumas crianças teriam sido atraídas com a promessa de um passeio ou uma pescaria. [1]
Quando chegava ao local escolhido, ele amarrava as vítimas e provavelmente as estuprava (o estupro só conseguiu ser provado no caso de Nathaly, já que foi encontrado esperma em sua vagina) depois as atirava na água - rio, mangue ou mar - fazendo com que morressem afogadas. Algumas também foram [ou podem ter sido] estranguladas. [5] [6] [4]
Segundo o Jornal de Brasília, num dos depoimentos o assassino teria dito "que sentia prazer em ver as vítimas se debatendo ao serem afogadas". [7]
Área de atuação
Suas vítimas moravam na Baixada Santista, principalmente em São Vicente. [1] [2]
Vítimas
Oito vítimas são atribuídas a Douglas Baptista: [2]
- Luana Elias Inácio, 9 anos, morta em março de 1996; corpo encontrado num rio de Praia Grande
- Priscila Elias Inácio (irmã de Luana, acima), 8 anos, morta em outubro de 1997; corpo foi encontrado num braço de mar em São Vicente
- Vanessa, 12 anos, enteada de Baptista
- Fabiana Silva dos Santos, 9 anos; corpo nunca foi encontrado [3]
- Sabrina (prima de Leandro, abaixo) 10; foi raptada quando ia para a escola [4]
- Leandro (primo de Sabrina), 9; foi raptado com a prima quando ia para a escola [4]
- Nathaly Ribeiro, 5 anos, morta em dezembro de 2003; corpo localizado em 29 de dezembro no Rio Mambu, em Itanhaém; havia sido estuprada [4]
- Najila de Jesus, 5 anos; morta em dezembro de 2003, corpo localizado em 29 de dezembro no Rio Mambu, em Itanhaém
Investigações
Após Baptista ser preso preventivamente, ele levou os investigadores a diversos locais onde havia descartado os corpos. Ele também confessou a morte de sua enteada, Vanessa. "A mãe nunca imaginou que seu companheiro pudesse fazer isto. Só depois ela percebeu que morava com o inimigo", disse o promotor ao canal Operação Policial. [4]
Aos policiais ele disse que cometia os crimes devido a "uma força estranha". [2]
Prisão
Durante algum tempo, morou em Porto Alegre, Rio Grande. Chegou a ser preso e cumpria pena na Penitenciária de São Vicente quando recebeu um alvará de soltura para responder ao processo em liberdade. [1]
Voltou a ser preso em 08 de dezembro de 2015, quando deixava a casa onde morava no bairro Quietude, na Praia Grande [1]
Julgamentos e penas
Em 2013 foi condenado a 18 anos de prisão pela morte de Fabiana Silva dos Santos e em agosto de 2017, a 30 anos pela morte de Priscila. [2] [1]
Curiosidade
Depois dos crimes de Douglas Baptista, houve a criação de um projeto de lei (PL 140/2010) que tipificava o assassinato em série. A proposta estabelecendo como crime serial ao menos três crimes com o mesmo modus operandi e propunha o cumprimento integral da pena de 30 anos, sem direito a qualquer benefício legal, para este tipo de criminoso. O projeto, no entanto, acabou arquivado. [4]
"Altera o Código Penal para considerar assassino em série o agente que comete três ou mais homicídios dolosos em determinado espaço de tempo, seguindo procedimento criminoso idêntico, constatado por laudo pericial elaborado por junta profissional; estabelece pena mínima de trinta anos de reclusão, em regime integralmente fechado ao assassino em série, proibida a concessão de qualquer tipo de benefício penal", dizia o texto da PL. [8]
Referências
- ↑ a b c d e f Santos, LG Rodrigues e Rafaella MendesDo G1 (9 de dezembro de 2015). «Serial killer que afogou pelo menos oito crianças é preso no litoral de SP». Santos e Região. Consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ a b c d e f «Maior 'serial killer' da Baixada Santista tem pena de 30 anos confirmada pelo TJ». A Tribuna. Consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ a b c «Acusado de matar 8 crianças é condenado a 30anos de prisão». R7.com. 10 de agosto de 2017. Consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ a b c d e f g INVESTIGAÇÃO CRIMINAL - ASSASSINO EM SÉRIE, consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ Santos, Rafaella MendesDo G1 (9 de dezembro de 2015). «Serial Killer que afogou oito crianças não esperava ser preso, diz polícia». Santos e Região. Consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ Redação, Da (9 de dezembro de 2015). «Assassino em série é preso após matar 8 crianças afogadas no litoral paulista». Jornal Correio. Consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ «Assassino confesso de sete crianças é condenado». Jornal de Brasília. 19 de fevereiro de 2021. Consultado em 31 de julho de 2022
- ↑ «PLS 140/2010 - Senado Federal». www25.senado.leg.br. Consultado em 31 de julho de 2022
Ligações externas
- Vídeo no canal Operação Policial: Investigação Criminal - Assassino Em Série