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Elis (álbum de 1973)

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Elis
Elis (álbum de 1973)
Álbum de estúdio de Elis Regina
Lançamento 1973
1993 (relançamento em CD)
Gravação 1973
Gênero(s) MPB, Jazz
Duração 30:26
Idioma(s) português
Formato(s) LP e CD (relançamento)
Gravadora(s) Phonogram[1]
Direção Mazzola
Produção Mazola, Roberto Menescal (co-produtor)
Arranjos César Camargo Mariano
Cronologia de Cronologia de estúdio por Elis Regina
Elis
(1972)
Elis & Tom
(1974)

Elis é o décimo primeiro álbum de estúdio da cantora brasileira Elis Regina, lançado em 1973 pela gravadora Phonogram. É o segundo disco com os arranjos de César Camargo Mariano.

Elis foi um álbum bastante representativo na carreira de Elis Regina.[carece de fontes?] À época do lançamento, a intérprete recebeu inúmeras críticas devido ao excesso de técnica e à falta de emoção em suas interpretações, críticas essas que a acompanhariam até o lançamento de Falso Brilhante, em 1976.[carece de fontes?]

O disco conta com dez faixas, sendo quatro compostas por Gilberto Gil e quatro por João Bosco & Aldir Blanc. São desse álbum as músicas Ladeira da Preguiça e Meio de Campo, sucessos de Elis. Estão presentes críticas sutis ao regime militar brasileiro nas faixas Agnus Sei (corruptela de Agnus Dei) e Comadre. Destaque para a interpretação de É Com Esse Que Eu Vou, originalmente um samba-enredo de carnaval.

Polêmica com Beth Carvalho.

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Em 1973, a cantora Beth Carvalho desejava mudar seu repertório até então ligado à bossa nova e à canção de protesto para algo mais próximo do samba. Então, ela decidiu procurar o sambista Nelson Cavaquinho, do qual era uma grande admiradora, e conseguiu do compositor a canção "Folhas Secas". A música seria lançada no LP Canto por um Novo Dia que seria produzido por César Camargo Mariano, marido de Elis Regina. Contudo, Elis tem contato com a canção de Nelson na voz de Beth e, se encantando pela faixa, resolve gravá-la para o seu disco homônimo de 1973. Beth, ao saber da notícia, exige que a sua gravadora, a Top Tape, lance um compacto com a canção urgentemente. O compacto chega às rádios antes da versão de Elis, contudo a gravadora desta última, a Philips, maior em estrutura e poder, manda emissários às rádios para amassar todos os discos da versão da canção na voz de Beth. Décadas mais tarde, em 2001, a cantora carioca retoma essa problemática em uma matéria para o caderno Ilustrada, do jornal Folha de S.Paulo. Àquela altura, a cantora divulgava o seu novo álbum inteiramente dedicado ao canônico sambista Nelson Cavaquinho. Sobre a relação com Elis após o acontecido, ela declarou: "Nunca tive nenhum sentimento por ela, achava uma grande cantora. Ficou com vergonha de mim porque nunca mais falei com ela".[2]

N.º TítuloCompositor(es) Duração
1. "Oriente"  Gilberto Gil 2;25
2. "O Caçador de Esmeralda"  João Bosco / Aldir Blanc / Cláudio Tolomei 3:27
3. "Doente, Morena"  Gilberto Gil / Duda Machado 3:12
4. "Agnus Sei"  João Bosco / Aldir Blanc 3:25
5. "Meio de Campo"  Gilberto Gil 1:57
6. "Cabaré"  João Bosco / Aldir Blanc 3:52
7. "Ladeira da Preguiça"  Gilberto Gil 2:45
8. "Folhas Secas"  Nelson Cavaquinho / Guilherme de Brito 3:36
9. "Comadre"  João Bosco / Aldir Blanc 2:54
10. "É com esse que Eu Vou"  Pedro Caetano 2:46

Ficha técnica

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  • Direção de produção: Mazzola
  • Coordenação de produção: Roberto Menescal
  • Coordenação musical, arranjos: César Camargo Mariano
  • Técnicos de gravação: Ary Carvalhães, Luigi
  • Estúdios Phonogram
  • Capa: Aldo Luiz
  • Fotos: Jacques Avadis
  • Cesar Camargo Mariano : Teclados, piano
  • Chico Batera: Percussão
  • Luizão Maia: Baixo Elétrico
  • Paulinho Braga: Bateria
  • Toninho Horta, Ari: Guitarra
  • Maurílio da Silva Santos: Trompete em Agnus Sei
  • Ubirajara Silva: Bandoneon em Cabaré
  • Roberto Menescal: Violão em Folhas Secas

Referências

  1. http://cliquemusic.uol.com.br/discos/ver/elis-regina/elis-3
  2. Carvalho, Beth (18 de dezembro de 2001). «Beth carvalho, acerta às contas com Nelson Cavaquinho.». Folha de S.Paulo. Consultado em 14 de dezembro de 2020 
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