Elysiário Távora Filho

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Elysiário Távora Filho
Conhecido(a) por
  • pioneiro na pesquisa de urânio no Brasil
Nascimento 18 de maio de 1911
Jaguaribe, Ceará, Brasil
Morte 6 de janeiro de 2001 (89 anos)
Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Cônjuge Adolfina Raitzin de Távora (Monina Távora)[1]
Alma mater Universidade Federal do Rio de Janeiro
Prêmios
Instituições Universidade Federal do Rio de Janeiro
Campo(s) Geologia

Elysiário Távora Filho (Jaguaribe, 18 de maio de 1911Rio de Janeiro, 6 de janeiro de 2001) foi um pioneiro geólogo e mineralogista brasileiro. Foi pioneiro na pesquisa de urânio no Brasil, liderando a primeira equipe de geólogos do Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), em 1962.[2]

O mineral Tavorita é em sua homenagem.[2]

Biografia[editar | editar código-fonte]

Elysiário nasceu na cidade de Jaguaribe, no Ceará, em 1911. Era filho do desembargador Elysiário Távora. Ingressou na Escola Nacional de Minas e Metalurgia da então Universidade do Brasil, hoje a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), graduando-se em 1934 como agrimensor e em 1938 formou-se como engenheiro de minas e metalúrgico pela mesma universidade.[3]

Assim que se formou começou a se dedicar à docência, sendo professor adjunto de Mineralogia e Geologia da UFRJ em 1938. Na Faculdade Nacional de Filosofia da mesma instituição, começou como professor auxiliar e depois como professor catedrático interino entre 1942 a 1946. Foi aprovado no concurso da Cátedra de Mineralogia e Petrografia em 1946 e no mesmo ano defendeu seu doutorado em História Natural, também pela UFRJ.[3]

Prestou diversas consultorias, cursos e palestras, publicando artigos que ainda hoje são referência na área. Palestrou na Universidade de Columbia, no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, na Universidade Nacional de Cuyo e na Pennsylvania State College. Trabalhou como professor catedrático na Faculdade de Filosofia até sua transferência para o Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1966-1968). Foi integrante do quadro permanente do Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) de 1955 até sua exoneração, a seu pedido, em 1979.[3]

Uma de suas principais contribuições à ciência foi a utilização dos métodos rádio-cristalográficos que desenvolveu nos gabinetes da Produção Mineral, algo que não era de uso corrente. Elysiário foi sistemático em seus estudos, trazendo rigor à área da mineralogia que até então não existia. Foi responsável pela criação de dois laboratórios de raios-X: um na Universidade do Brasil, a atual UFRJ, e outro no Departamento Nacional de Produção Mineral. Em 1978 a UFRJ concedeu-lhe o título de Professor Emérito.[3]

O mineral Tavorita, um fosfato de lítio e ferro, proveniente do Brasil e estudado nos Estados Unidos por W.T. Pecora e M.L. Lindbergh, ambos do United States Geological Survey, foi nomeado em sua homenagem.[2][3]

Morte[editar | editar código-fonte]

Elysiário morreu em 6 de janeiro de 2001, na cidade do Rio de Janeiro, aos 89 anos. Ele foi casado com Adolfina Raitzin de Távora, violista conhecida como Monina Távora, dos anos 1940 até a morte dele em 2001. Monina morreu em 2011, aos 90 anos.[1][4]

Veja também[editar | editar código-fonte]

Referências

  1. a b José Israel Vargas (ed.). «LEI Nº 9.686, DE 6 DE JULHO DE 1998 - Concede pensão especial a Elysiário Távora Filho». Câmara dos Deputados. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  2. a b c Rogerio Kwitko Ribeiro (ed.). «Mineralogistas brasileiros» (PDF). Eco. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  3. a b c d e «Elysiário Távora Filho». Academia Brasileira de Ciências. Consultado em 9 de novembro de 2019 
  4. Gilson Antunes (ed.). «Sergio & Eduardo Abreu (Duo Abreu)». Violão Brasileiro. Consultado em 9 de novembro de 2019