Casa dos Escravos: diferenças entre revisões
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[[File:MaisonEsclaves.jpg|thumb|Um mural do museu, representando escravos conduzidos na mata africana pelos europeus; uma foto de Joseph Ndiaye com [[João Paulo II]]; um certificado de uma agência de viagens dos Estados Unidos; e um [[aforismo]] — um dos muitos que cobrem as paredes da instituição — de Ndiaye. Este diz: ''Memória comovente e triste / Noite dos tempos / Como será apagada da memória dos homens? ''.]] |
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A '''Casa dos Escravos''' (''Maison des Esclaves'') e sua '''Porta do Não Retorno''' constituem um museu e memorial dedicado à história do [[comércio atlântico de escravos]] na [[ilha de Gorée]], localizada a 3 km da costa de [[Dakar|Dakar, Senegal]]. A instituição, que funciona desde 1962, e que teve curadoria do conservador [[Boubacar Joseph Ndiaye]] até 2009, busca preservar a memória da [[escravidão]] na [[África]]. Há divergência entre historiadores sobre quantos escravos africanos foram de fato mantidos no edifício que hoje abriga o museu, bem como sobre a extensão da representatividade da Ilha de Gorée como um ponto do comércio atlântico de escravos.<ref name=cnn_hnet>[http://h-net.msu.edu/cgi-bin/logbrowse.pl?trx=vx&list=H-Africa&month=9803&week=d&msg=O9GUx/Vhp8OodFHKrCulIg&user=&pw= "Ilha minúscula resiste tempestade de controvérsia"]. CNN Interactive, Andy Walton. 2005. Nota: O link é para uma reedição na lista de discussão do Historiador que era uma fonte privilegiada para citações do artigo</ref> Visitantes da África, [[Europa]] e [[América]] consideram este um lugar importante de lembrança às perdas humanas decorrentes da escravidão.<ref name=Time>[http://www.time.com/time/europe/pilgrim/goree.html "Através da porta sem retorno"], ''TIMEeurope'', 27 junho, 2004.</ref> |
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[[File:JosephNdiaye.JPG|thumb|Boubacar Joseph Ndiaye, curador da Casa dos Escravos da Ilha de Gorée, em 2007.]] |
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A Casa dos Escravos foi reconstruída e inaugurada como um museu em 1962, em grande parte |
A Casa dos Escravos foi reconstruída e inaugurada como um museu em 1962, em grande parte graças ao trabalho de [[Boubacar Joseph Ndiaye]],<ref>{{cite news|work=[[Agence France-Presse]]|publisher=''[[The New York Times]]''|title=B. J. Ndiaye, Curator of Landmark in Slave Trade, Dies at 86|url=http://www.nytimes.com/2009/02/19/world/africa/19ndiaye.html|date=18 February 2009|accessdate=19 February 2009}}</ref> um defensor do memorial e da crença de que uma grande quantidade de escravos foi mantida no prédio e dali transportada diretamente para a América.<ref name=Time /> Tornando-se eventualmente o curador do Museu, Ndiaye alegava que mais de um milhão de escravos teriam passado pelas portas da casa. Essa crença fez do local uma atração turística e ponto de visita diplomática de dezenas de líderes de Estado mundiais.<ref name=Time /> |
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⚫ | Construído por volta de 1776,<ref name=Time /> o edifício era a casa, no início do século XIX, de [[Anne Pépin|Anna Colas Pépin]], uma senegalesa [[signare]] da classe rica colonial que negociava escravas [[Métis]]. Pesquisadores argumentam que, embora a proprietária da casa possa ter vendido um pequeno número de escravos, guardados em celas de porão,<ref name=Time /> e tenha mantido alguns escravos domésticos, o real ponto de partida do tráfico distaria em 300m, e teria sido um forte na praia. A mansão foi restaurada desde 1970. Apesar do ''status'' de "santuário" na ilha de Gorée, historiadores têm defendido que apenas 26 mil africanos escravizados teriam sido registrados de passagem pela ilha, dentro do total estimado em 12 milhões de escravos traficados da África.<ref name=Time /> Ndiaye e seus apoiadores contestaram, afirmando existirem evidências de que o próprio edifício foi anteriormente construído para manter um grande número de escravos, e que mais de 15 milhões de cativos passaram pela ''Porta do não retorno'' local.<ref name=Segar /> |
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Estudos acadêmicos, como o trabalho estatístico de 1969 do historiador [[Philip D. Curtin]], fortalecem a ideia de que o transporte compulsório em Gorée teve início por volta de 1670 e continuou até cerca de 1810, com não mais que 200 ou 300 escravos por ano em anos agitados, e quase zero nos outros. No estudo de Curtin, as estatísticas de comércio registram, entre 1711 e 1810, 180 000 africanos escravizados e transportados a partir de postos franceses na [[Senegâmbia]], com a maioria sendo exportada de [[Saint-Louis (Senegal)|Saint-Louis]] e de [[Ilha James (Gâmbia)|Forte James]], na atual [[Gâmbia]]<ref>UNESCO (2001).</ref> Indica-se em tais estudos que o portal transformado em monumento provavelmente não teria significado histórico.<ref>Adam Goodheart, [http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9B0CE3DA1E3DF930A25754C0A9659C8B63 "O mundo; A escravidão do passado, pavimentada ou esquecida"]. ''New York Times'', July 13, 2003.</ref> Em resposta a essa hipótese, rejeitada por grande parte do povo senegalês, numa conferência histórica africana, em 1998, foi declarado que os registros de comércio escravista em [[Nantes]] documentam um total de 103 000 escravos de Gorée transportados em navios da cidade francesa somente num ano do século 18.<ref name=FrencNYT>Howard W. French, [http://query.nytimes.com/gst/fullpage.html?res=9E00E5DE1E31F935A35750C0A96E958260&fta=y&pagewanted=all "Goree Island Journal; O mal que era feito Senegal: Uma Visita Guiada"]. ''The New York Times'', Friday, March 6, 1998.</ref> |
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Mesmo aqueles que argumentam que Gorée nunca foi |
Mesmo aqueles que argumentam que Gorée nunca foi relevante no comércio de escravos vêem a ilha como um importante memorial do comércio realizado em maior escala a partir de portos nas modernas [[Gana]] e [[Benin]].<ref name=Time /> |
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[[File:Lula Wade Goree02.jpg|thumb|Os presidentes [[Luiz Inácio Lula da Silva|Lula]] e [[Abdoulaye Wade]] na Porta do Não Retorno de [[Gorée]], em 2005.<ref>[http://memoria.ebc.com.br/agenciabrasil/noticia/2005-04-14/lula-encerra-no-senegal-visita-paises-africanos]</ref>]] |
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Apesar das controvérsias, a ''Maison des Esclaves'' é uma parte importante do sítio histórico da ilha de Gorée, nomeado Patrimônio Mundial da UNESCO em 1978, e um grande atrativo para os turistas estrangeiros que vão a Senegal. O trajeto até o museu é de vinte minutos de barco partindo do centro da cidade de Dakar. 200 000 visitantes por ano visitam a Casa dos Escravos.<ref name=Murphy2004>John Murphy, [http://www.dailypress.com/news/nationworld/bal-slavery0630,0,6996375.story "Símbolo poderoso, fraco em fatos". Escravidão: A indústria do turismo próspera foi construída em torno do papel histórico duvidoso de uma ilha Senegal]. ''Baltimore Sun'', June 30, 2004.</ref> Muitos, especialmente os descendentes de africanos escravizados, descrevem reações altamente emocionais na visita ao lugar, sobre o qual permeia a influência da interpretação de Ndiaye acerca de sua importância histórica, e em especial acerca do simbolismo da ''porta sem retorno''. Antes de sua morte, em 2008, Ndiaye liderava pessoalmente os passeios pelas celas do porão, pela Porta do Não Retorno, e exibia os grilhões de ferro aos turistas, como aqueles usados para prender os africanos escravizados.<ref>Veja as imagens de Ndaiye em NYT (2008) e UNESCO (2002).</ref><ref>Rohan Preston, [http://www.startribune.com/lifestyle/travel/11288206.html?elr=KArks7PYDiaK7DUqyE5D7Ueyc+D3aUU Nos confins do assombro de um portal de escravos, um peregrino confronta passado de seus ancestrais]. ''Minneapolis Star Tribune'', January 10, 2007.</ref> Com a publicação de ''[[Roots:The Saga of an American Family|Raízes]]'', de [[Alex Haley]], na década de 1970, turistas afro-americanos dos [[Estados Unidos]] costumam fazer do local um ponto focal de suas visitas, muitas vezes fruto de peregrinações na esperança de se reconectar com suas origens africanas.<ref>Ver Ebron (1999), Nicholls (2004), e Austen (2001).</ref> |
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Entre os líderes mundiais notáveis que incluíram passagens pela ''Maison des Esclaves'' em suas missões diplomáticas, estiveram [[João Paulo II]], [[Nelson Mandela]], [[Barack Obama]] e [[Luiz Inácio Lula da Silva]].<ref name=Murphy2004 /> Relata-se que Mandela, em visita ao local, afastou-se do passeio para sentar-se sozinho numa cela do porão por cinco minutos, em silenciosa reflexão.<ref name=FrencNYT /> Obama visitou "The Door of No Return" durante sua visita em 2013.<ref>{{cite web| url=http://www.washingtonpost.com/blogs/post-politics/wp/2013/06/27/obamas-visit-door-of-no-return-where-slaves-once-left-africa/ |title=Obama visita Door of No Return, onde os escravos uma vez deixaram a África |first= David |last=Nakamura |date=June 27, 2013|publisher=''Washington Post''| accessdate=June 27, 2013}}</ref> |
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== Referências == |
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A Casa dos Escravos (Maison des Esclaves) e sua Porta do Não Retorno constituem um museu e memorial dedicado à história do comércio atlântico de escravos na ilha de Gorée, localizada a 3 km da costa de Dakar, Senegal. A instituição, que funciona desde 1962, e que teve curadoria do conservador Boubacar Joseph Ndiaye até 2009, busca preservar a memória da escravidão na África. Há divergência entre historiadores sobre quantos escravos africanos foram de fato mantidos no edifício que hoje abriga o museu, bem como sobre a extensão da representatividade da Ilha de Gorée como um ponto do comércio atlântico de escravos.[1] Visitantes da África, Europa e América consideram este um lugar importante de lembrança às perdas humanas decorrentes da escravidão.[2]
Memorial
A Casa dos Escravos foi reconstruída e inaugurada como um museu em 1962, em grande parte graças ao trabalho de Boubacar Joseph Ndiaye,[3] um defensor do memorial e da crença de que uma grande quantidade de escravos foi mantida no prédio e dali transportada diretamente para a América.[2] Tornando-se eventualmente o curador do Museu, Ndiaye alegava que mais de um milhão de escravos teriam passado pelas portas da casa. Essa crença fez do local uma atração turística e ponto de visita diplomática de dezenas de líderes de Estado mundiais.[2]
Controvérsia acadêmica
Desde os anos 1980, acadêmicos têm minimizado o papel desempenhado pela casa de Gorée no comércio atlântico de escravos, argumentando que seu protagonismo na escravidão histórica africana seria improvável, e que a própria ilha de Gorée teria sido um ponto marginal de comércio escravista.[2] Ndiaye e outros senegaleses sempre defenderam que o local seria mais que um memorial; que sua grande representavitivade histórica no transporte de africanos por britânicos, franceses, espanhóis, holandeses e portugueses às Américas seria real; e que, portanto, fosse subestimado por pesquisadores anglófonos.[4][5]
Construído por volta de 1776,[2] o edifício era a casa, no início do século XIX, de Anna Colas Pépin, uma senegalesa signare da classe rica colonial que negociava escravas Métis. Pesquisadores argumentam que, embora a proprietária da casa possa ter vendido um pequeno número de escravos, guardados em celas de porão,[2] e tenha mantido alguns escravos domésticos, o real ponto de partida do tráfico distaria em 300m, e teria sido um forte na praia. A mansão foi restaurada desde 1970. Apesar do status de "santuário" na ilha de Gorée, historiadores têm defendido que apenas 26 mil africanos escravizados teriam sido registrados de passagem pela ilha, dentro do total estimado em 12 milhões de escravos traficados da África.[2] Ndiaye e seus apoiadores contestaram, afirmando existirem evidências de que o próprio edifício foi anteriormente construído para manter um grande número de escravos, e que mais de 15 milhões de cativos passaram pela Porta do não retorno local.[5]
Estudos acadêmicos, como o trabalho estatístico de 1969 do historiador Philip D. Curtin, fortalecem a ideia de que o transporte compulsório em Gorée teve início por volta de 1670 e continuou até cerca de 1810, com não mais que 200 ou 300 escravos por ano em anos agitados, e quase zero nos outros. No estudo de Curtin, as estatísticas de comércio registram, entre 1711 e 1810, 180 000 africanos escravizados e transportados a partir de postos franceses na Senegâmbia, com a maioria sendo exportada de Saint-Louis e de Forte James, na atual Gâmbia[6] Indica-se em tais estudos que o portal transformado em monumento provavelmente não teria significado histórico.[7] Em resposta a essa hipótese, rejeitada por grande parte do povo senegalês, numa conferência histórica africana, em 1998, foi declarado que os registros de comércio escravista em Nantes documentam um total de 103 000 escravos de Gorée transportados em navios da cidade francesa somente num ano do século 18.[8]
Mesmo aqueles que argumentam que Gorée nunca foi relevante no comércio de escravos vêem a ilha como um importante memorial do comércio realizado em maior escala a partir de portos nas modernas Gana e Benin.[2]
Turismo
Apesar das controvérsias, a Maison des Esclaves é uma parte importante do sítio histórico da ilha de Gorée, nomeado Patrimônio Mundial da UNESCO em 1978, e um grande atrativo para os turistas estrangeiros que vão a Senegal. O trajeto até o museu é de vinte minutos de barco partindo do centro da cidade de Dakar. 200 000 visitantes por ano visitam a Casa dos Escravos.[10] Muitos, especialmente os descendentes de africanos escravizados, descrevem reações altamente emocionais na visita ao lugar, sobre o qual permeia a influência da interpretação de Ndiaye acerca de sua importância histórica, e em especial acerca do simbolismo da porta sem retorno. Antes de sua morte, em 2008, Ndiaye liderava pessoalmente os passeios pelas celas do porão, pela Porta do Não Retorno, e exibia os grilhões de ferro aos turistas, como aqueles usados para prender os africanos escravizados.[11][12] Com a publicação de Raízes, de Alex Haley, na década de 1970, turistas afro-americanos dos Estados Unidos costumam fazer do local um ponto focal de suas visitas, muitas vezes fruto de peregrinações na esperança de se reconectar com suas origens africanas.[13]
Entre os líderes mundiais notáveis que incluíram passagens pela Maison des Esclaves em suas missões diplomáticas, estiveram João Paulo II, Nelson Mandela, Barack Obama e Luiz Inácio Lula da Silva.[10] Relata-se que Mandela, em visita ao local, afastou-se do passeio para sentar-se sozinho numa cela do porão por cinco minutos, em silenciosa reflexão.[8] Obama visitou "The Door of No Return" durante sua visita em 2013.[14]
Referências
- Citações específicas
- ↑ "Ilha minúscula resiste tempestade de controvérsia". CNN Interactive, Andy Walton. 2005. Nota: O link é para uma reedição na lista de discussão do Historiador que era uma fonte privilegiada para citações do artigo
- ↑ a b c d e f g h "Através da porta sem retorno", TIMEeurope, 27 junho, 2004.
- ↑ «B. J. Ndiaye, Curator of Landmark in Slave Trade, Dies at 86». Agence France-Presse. The New York Times. 18 February 2009. Consultado em 19 February 2009 Verifique data em:
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(ajuda) - ↑ Laurie Goering, "Role of Gorée Island in slave trade now disputed by historians". Chicago Tribune, February 1, 2005.
- ↑ a b Sue Segar, "Senegal's island of pain". News24(SA)/Panapress. August 18, 2004.
- ↑ UNESCO (2001).
- ↑ Adam Goodheart, "O mundo; A escravidão do passado, pavimentada ou esquecida". New York Times, July 13, 2003.
- ↑ a b Howard W. French, "Goree Island Journal; O mal que era feito Senegal: Uma Visita Guiada". The New York Times, Friday, March 6, 1998.
- ↑ [1]
- ↑ a b John Murphy, "Símbolo poderoso, fraco em fatos". Escravidão: A indústria do turismo próspera foi construída em torno do papel histórico duvidoso de uma ilha Senegal. Baltimore Sun, June 30, 2004.
- ↑ Veja as imagens de Ndaiye em NYT (2008) e UNESCO (2002).
- ↑ Rohan Preston, Nos confins do assombro de um portal de escravos, um peregrino confronta passado de seus ancestrais. Minneapolis Star Tribune, January 10, 2007.
- ↑ Ver Ebron (1999), Nicholls (2004), e Austen (2001).
- ↑ Nakamura, David (June 27, 2013). «Obama visita Door of No Return, onde os escravos uma vez deixaram a África». Washington Post. Consultado em June 27, 2013 Verifique data em:
|acessodata=, |data=
(ajuda)
- Referências gerais
- Ralph A. Austen. "O comércio de escravos como História e Memória: Confrontos de documentos Slaving Voyage e Tradições comuns". The William and Mary Quarterly, Third Series, Vol. 58, No. 1, New Perspectives on the Transatlantic Slave Trade (January 2001), pp. 229–244
- Steven Barboza. Door of No Return: The Legend of Gorée Island. Cobblehill Books (1994).
- Maria Chiarra. "Gorée Island, Senegal". In Trudy Ring, Robert M. Salkin, Sharon La Boda (eds), International Dictionary of Historic Places. Taylor & Francis (1996), pp. 303–306. ISBN 1-884964-03-6
- Paulla A. Ebron. "Tourists as Pilgrims: Commercial Fashioning of Transatlantic Politics". American Ethnologist, Vol. 26, No. 4 (November 1999), pp. 910–932
- Saidiya Hartman. "The Time of Slavery". South Atlantic Quarterly, 2002 101(4), pp. 757–777.
- Boubacar Joseph Ndiaye. Histoire et traite de noirs à Gorée. UNESCO, Dakar (1990).
- David G. Nicholls. "African Americana in Dakar's Liminal Spaces", in Joanne M. Braxton, Maria Diedrich (eds), Monuments of the Black Atlantic: slavery and memory. LIT Verlag Berlin-Hamburg-Münster (2004), pp. 141–151. ISBN 3-8258-7230-0
External links
- Gorée : A Ilha do escravo. BBC News. 8 July 2003.
- la Maison des Esclaves. Visite Ilha de Gorée Virtual: UNESCO Património Mundial da África.
- Relatório sobre o projeto Arquivos do Comércio de Escravos, sobre o Programa Memória do Mundo em Dakar, Senegal, 7-11 January 2002 Ahmed A. Bachr, UNESCO.
- UNESCO Patrimônio Mundial sítio 26 (1978) listado: Ilha de Gorée.
- A escravidão: Campanha Internacional para a proteção do Patrimônio Arquitetônico da ilha de Gorée. UNESCO (2001).