João Evangelista Steiner: diferenças entre revisões
Ajustes |
referências e ortografia |
||
Linha 14: | Linha 14: | ||
|orientador =[[José Antônio de Freitas Pacheco]] |
|orientador =[[José Antônio de Freitas Pacheco]] |
||
}} |
}} |
||
'''João Evangelista Steiner''' é um [[astrofísico]] brasileiro |
'''João Evangelista Steiner''' é um [[astrofísico]] brasileiro. Atualmente é professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Tem experiência na área de [[Astronomia]], com ênfase em Astrofísica Estelar e Núcleos Ativos de Galáxias. Apesar de não ter nenhum trabalho de destaque internacional, é politicamente bastante influente e desempenhou um papel importante em ciência no Brasil, pois participou na formação de várias gerações de astrônomos no Brasil e atuou ativamente na melhora das condições de infraestrutura dos estudos astronômicos. |
||
==Biografia== |
==Biografia== |
||
Linha 20: | Linha 20: | ||
==Carreira== |
==Carreira== |
||
O [[astrofísico]] João Evangelista Steiner achava que era feliz quando estudava [[astronomia]] de [[raios X]] e [[buracos negros]] no início de sua carreira no [[Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo]] (IAG/USP). Quando fez seu pós-doutorado na [[Universidade Harvard]], nos [[Estados Unidos]], e foi contratado pelo Instituto Smithsonian como funcionário público norte-americano, sua visão de como fazer ciência em nível competitivo mudou radicalmente. De volta ao Brasil em 1982, Steiner tornou-se um ativo organizador e gestor de ciência e um obsessivo batalhador pela melhora das condições de infraestrutura dos estudos astronômicos. |
O [[astrofísico]] João Evangelista Steiner achava que era feliz quando estudava [[astronomia]] de [[raios X]] e [[buracos negros]] no início de sua carreira no [[Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo]] (IAG/USP). Quando fez seu pós-doutorado na [[Universidade Harvard]], nos [[Estados Unidos]], e foi contratado pelo Instituto Smithsonian como funcionário público norte-americano, sua visão de como fazer ciência em nível competitivo mudou radicalmente apesar de nenhum trabalho de destaque nesse período. De volta ao Brasil em 1982, Steiner tornou-se um ativo organizador e gestor de ciência e um obsessivo batalhador pela melhora das condições de infraestrutura dos estudos astronômicos. |
||
A lista de seus trabalhos em prol da astronomia brasileira é |
A lista de seus trabalhos em prol da astronomia brasileira é relevante não com trabalhos científicos mas em infraestrutura. A modernização do [[Observatório Pico dos Dias]], a criação do [[Laboratório Nacional de Astrofísica]] (LNA) e a participação nacional decisiva no consórcio dos observatórios [[Gemini]] e [[Soar]], ambos no [[Chile]], são os mais conhecidos. Steiner também foi secretário-geral da [[Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência]] (SBPC), ocupou a Secretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa do [[Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação]] (MCTI) e dirigiu o [[Instituto de Estudos Avançados]] (IES/USP). Hoje é um severo crítico da entrada do Brasil no [[European Southern Observatory]] (ESO). |
||
==Pesquisas== |
==Pesquisas== |
Revisão das 11h16min de 28 de setembro de 2016
João Steiner | |
---|---|
Nascimento | João Evangelista Steiner 1 de março de 1950 (74 anos) São Martinho, Santa Catarina, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Alma mater | Universidade de São Paulo (AB, MA) Universidade Harvard (PhD) |
Orientador(es)(as) | José Antônio de Freitas Pacheco |
Instituições | Universidade de São Paulo |
Campo(s) | Astrofísica |
Tese | 1979: A captura de matéria por objetos compactos |
João Evangelista Steiner é um astrofísico brasileiro. Atualmente é professor titular do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Tem experiência na área de Astronomia, com ênfase em Astrofísica Estelar e Núcleos Ativos de Galáxias. Apesar de não ter nenhum trabalho de destaque internacional, é politicamente bastante influente e desempenhou um papel importante em ciência no Brasil, pois participou na formação de várias gerações de astrônomos no Brasil e atuou ativamente na melhora das condições de infraestrutura dos estudos astronômicos.
Biografia
Filho de Arno Steiner e Alzira Boeing, nasceu em São Martinho, SC, em 01 de março de 1950. Frequentou as escolas primárias de São Martinho e Vargem do Cedro e o segundo grau nos colégios Sagrado Coração de Jesus (Corupa, SC) e São José (Rio Negrinho, SC). Formou-se bacharel em Física pela USP (1973) onde também fez o mestrado (1975) e doutorado (1979) sob orientação de J. A. de Freitas Pacheco. Suas principais linhas de pesquisa são: Quasares, Núcleos Ativos de Galáxias e Variáveis Cataclísmicas. Orientou 11 teses de doutorado e 9 de mestrado. É membro da Sociedade Astronômica Brasileira, SBPC, União Astronômica Internacional, American Astronomical Society, entre outras.
Carreira
O astrofísico João Evangelista Steiner achava que era feliz quando estudava astronomia de raios X e buracos negros no início de sua carreira no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP). Quando fez seu pós-doutorado na Universidade Harvard, nos Estados Unidos, e foi contratado pelo Instituto Smithsonian como funcionário público norte-americano, sua visão de como fazer ciência em nível competitivo mudou radicalmente apesar de nenhum trabalho de destaque nesse período. De volta ao Brasil em 1982, Steiner tornou-se um ativo organizador e gestor de ciência e um obsessivo batalhador pela melhora das condições de infraestrutura dos estudos astronômicos. A lista de seus trabalhos em prol da astronomia brasileira é relevante não com trabalhos científicos mas em infraestrutura. A modernização do Observatório Pico dos Dias, a criação do Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA) e a participação nacional decisiva no consórcio dos observatórios Gemini e Soar, ambos no Chile, são os mais conhecidos. Steiner também foi secretário-geral da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), ocupou a Secretaria de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e dirigiu o Instituto de Estudos Avançados (IES/USP). Hoje é um severo crítico da entrada do Brasil no European Southern Observatory (ESO).
Pesquisas
Quasares.
Núcleos ativos de galáxias.
Variáveis cataclísmicas.
Binárias de Raios X.
Formação Acadêmica
1970 - 1973 Graduação em Física. Instituto de Física USP.
1974 - 1975 Mestrado em Astronomia (Conceito CAPES 7). Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Tese: Um modelo para Cygnus X-1,Ano de Obtenção: 1975. Orientador: José Antônio de Freitas Pacheco. Bolsista do(a): Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, FAPESP, Brasil. Grande área: Ciências Exatas e da Terra / Área: Astronomia / Subárea: Astrofísica Estelar.
1976 - 1979 Doutorado em Astronomia. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Tese: A captura de matéria por objetos compactos, Ano de obtenção: 1979. Orientador: José Antônio de Freitas Pacheco.
1976 - 1979 Pós-Doutorado. Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Grande área: Ciências Exatas e da Terra / Área: Astronomia / Subárea: Astrofísica Estelar.
1982 Livre-docência. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP. Título: , Ano de obtenção: 1982.
Prêmios e títulos
- 1998 - Ordem Nacional do Mérito Científico, MCT - Grau de Comendador.
- 2001 - Ordem do Rio Branco, MRE - Grau de Comendador.
- 2005 - Membro eleito da Academia Brasileira de Ciências, Academia Brasileira de Ciências.
- 2009 - Membro eleito da TWAS Academy of Sciences of the Developing Countries, TWAS, the academy of sciences for the developing world.
- 2010 - Ordem Nacional do Mérito Científico, MCT - Grau de GRÃ-CRUZ.