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Nascido em Ponta da Serra, localidade rural do município de [[Riacho de Santana (Bahia)|Riacho de Santana]], desde cedo travou contato com a cultura espontânea e com as histórias tradicionais narradas pela avó Luzia Josefina de Farias (1910-1982). Dessa experiência nasceram os livros ''Contos folclóricos brasileiros ''(2010), ''[[Contos e Fábulas do Brasil]]'' (2011) e ''Lá detrás daquela serra'' (2013). Cursou Letras na [[Universidade do Estado da Bahia]] (UNEB), Campus VI - [[Caetité]]. Coordena, atualmente, pela editora Nova Alexandria, a Coleção [[Clássicos em Cordel]], pela qual lançou ''A Megera Domada'' (versão da peça clássica de [[William Shakespeare]]).<ref>[http://www.guarulhos.sp.gov.br/07_noticias/lenoticia.php?idSec=0&idmenu=0&ov=&rnd=2&idnot=4988 Notícia], sítio oficial da prefeitura municipal de Guarulhos. Acessado em 2 de março de 2009</ref> Para a mesma coleção adaptou ''O Conde de Monte Cristo'', de [[Alexandre Dumas]], uma das obras ganhadoras do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010, do Ministério da Cultura, na categoria Produção (livros e CDs). Idealizador da ''[[Antologia do Cordel Brasileiro]]'', a primeira publicação no gênero do Brasil a reunir representantes de todas as gerações da poesia popular brasileira. É, também, idealizador da coleção Fábulas do Brasil em Cordel, da editora LeYa. É colaborador do Centro de Estudos Ataíde Oliveira, da Universidade do Algarve, Faro, Portugal. |
Nascido em Ponta da Serra, localidade rural do município de [[Riacho de Santana (Bahia)|Riacho de Santana]], desde cedo travou contato com a cultura espontânea e com as histórias tradicionais narradas pela avó Luzia Josefina de Farias (1910-1982). Dessa experiência nasceram os livros ''Contos folclóricos brasileiros ''(2010), ''[[Contos e Fábulas do Brasil]]'' (2011) e ''Lá detrás daquela serra'' (2013). Cursou Letras na [[Universidade do Estado da Bahia]] (UNEB), Campus VI - [[Caetité]]. Coordena, atualmente, pela editora Nova Alexandria, a Coleção [[Clássicos em Cordel]], pela qual lançou ''A Megera Domada'' (versão da peça clássica de [[William Shakespeare]]).<ref>[http://www.guarulhos.sp.gov.br/07_noticias/lenoticia.php?idSec=0&idmenu=0&ov=&rnd=2&idnot=4988 Notícia], sítio oficial da prefeitura municipal de Guarulhos. Acessado em 2 de março de 2009</ref> Para a mesma coleção adaptou ''O Conde de Monte Cristo'', de [[Alexandre Dumas]], uma das obras ganhadoras do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010, do Ministério da Cultura, na categoria Produção (livros e CDs). Idealizador da ''[[Antologia do Cordel Brasileiro]]'', a primeira publicação no gênero do Brasil a reunir representantes de todas as gerações da poesia popular brasileira. É, também, idealizador da coleção Fábulas do Brasil em Cordel, da editora LeYa. É colaborador do Centro de Estudos Ataíde Oliveira, da Universidade do Algarve, Faro, Portugal. |
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Com vários livros e folhetos de cordel editados, profere palestras e ministra oficinas sobre a Literatura de Cordel e o Folclore Brasileiro em espaços culturais, feiras de livro e escolas. É, desde 2010, curador do tradicional Cordel da Cortez, evento coordenado pelo também cordelista Moreira de Acopiara e promovido pela Livraria Cortez, de São Paulo.<ref>[http://www.publishnews.com.br/telas/agenda/detalhes.aspx?id=136, sítio do Publish News]. Acessado em 2 de março de 2009</ref> Representou o Brasil, ao lado de Antônio Barreto e Edilene Matos, no Encontro Internacional de Poetas, ocorrido em [[Assunción]], [[Paraguai]], em 2010. Vários de seus livros foram selecionados por programas de governo, como o PNBE, do Ministério da Educação, Apoio ao Saber e Salas de Leitura, do Estado de São Paulo, Minha Biblioteca, da prefeitura paulistana, Leitura para a Cidadania (Paulus Editora), Itaú Social e para composição do acervo da Biblioteca Nacional. No momento, atua como consultor e autor dos cordéis da telenovela ''[[Velho Chico]]'', da Rede Globo de Televisão, escrita por [[Edmara Barbosa]] e Bruno Barbosa Luperi, no ar em 2016, com direção de Luiz Fernando Carvalho.<ref>[http://famososnaweb.com/autores-de-velho-chico-realizam-consultoria-para-escrever-novela// Matéria] Site Famosos na Web. </ref> |
Com vários livros e folhetos de cordel editados, profere palestras e ministra oficinas sobre a Literatura de Cordel e o Folclore Brasileiro em espaços culturais, feiras de livro e escolas. É, desde 2010, curador do tradicional Cordel da Cortez, evento coordenado pelo também cordelista Moreira de Acopiara e promovido pela Livraria Cortez, de São Paulo.<ref>[http://www.publishnews.com.br/telas/agenda/detalhes.aspx?id=136, sítio do Publish News]. Acessado em 2 de março de 2009</ref> Representou o Brasil, ao lado de Antônio Barreto e Edilene Matos, no Encontro Internacional de Poetas, ocorrido em [[Assunción]], [[Paraguai]], em 2010. Vários de seus livros foram selecionados por programas de governo, como o PNBE, do Ministério da Educação, Apoio ao Saber e Salas de Leitura, do Estado de São Paulo, Minha Biblioteca, da prefeitura paulistana, Leitura para a Cidadania (Paulus Editora), Itaú Social e para composição do acervo da Biblioteca Nacional. No momento, atua como consultor e autor dos cordéis da telenovela ''[[Velho Chico]]'', da Rede Globo de Televisão, escrita por [[Edmara Barbosa]] e Bruno Barbosa Luperi, no ar em 2016, com direção de Luiz Fernando Carvalho.<ref>[http://famososnaweb.com/autores-de-velho-chico-realizam-consultoria-para-escrever-novela// Matéria] Site Famosos na Web. </ref> Em 2016, atuou como curador do Espaço do Cordel e do Repente na 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo. |
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Em sua obra é notória a influência de cordelistas do passado, a exemplo de [[Leandro Gomes de Barros]], [[Manuel d'Almeida Filho]], [[Minelvino Francisco Silva]] e [[Delarme Monteiro Silva]]. Muitos de seus cordéis tem raízes na tradição oral, o que se explica por sua atuação como pesquisador da cultura popular brasileira. <ref>[http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015231.pdf Artigo], sítio oficial do Ministério da Educação. Acessado em 28 de fevereiro de 2014</ref> Outro tema de sua predileção são as sagas mitológicas, que renderam livros como ''Os 12 trabalhos de Hércules'' (Cortez), ''A Saga de Beowulf'' (Aquariana) e o romance em versos ''O Herói da Montanha Negra'', escrito originalmente em 1987 e incluído na obra ''Meus Romances de Cordel'' (Global Editora). A esse respeito escreveu a estudiosa Vilma Mota Quintela: "A referência à mitologia grega, nesse caso, vem a enriquecer o enredo de aventuras, chegando este ao clímax em passagens como a da travessia do riacho Eterno pelo herói, que lembra a travessia do Aqueronte por heróis mitológicos como Hércules e Orfeu". <ref>QUINTELA, Vilma Mota. Apresentação. In: ''Meus Romances de Cordel''. São Paulo: Global, 2013.</ref> |
Em sua obra é notória a influência de cordelistas do passado, a exemplo de [[Leandro Gomes de Barros]], [[Manuel d'Almeida Filho]], [[Minelvino Francisco Silva]] e [[Delarme Monteiro Silva]]. Muitos de seus cordéis tem raízes na tradição oral, o que se explica por sua atuação como pesquisador da cultura popular brasileira. <ref>[http://portaldoprofessor.mec.gov.br/storage/materiais/0000015231.pdf Artigo], sítio oficial do Ministério da Educação. Acessado em 28 de fevereiro de 2014</ref> Outro tema de sua predileção são as sagas mitológicas, que renderam livros como ''Os 12 trabalhos de Hércules'' (Cortez), ''A Saga de Beowulf'' (Aquariana) e o romance em versos ''O Herói da Montanha Negra'', escrito originalmente em 1987 e incluído na obra ''Meus Romances de Cordel'' (Global Editora). A esse respeito escreveu a estudiosa Vilma Mota Quintela: "A referência à mitologia grega, nesse caso, vem a enriquecer o enredo de aventuras, chegando este ao clímax em passagens como a da travessia do riacho Eterno pelo herói, que lembra a travessia do Aqueronte por heróis mitológicos como Hércules e Orfeu". <ref>QUINTELA, Vilma Mota. Apresentação. In: ''Meus Romances de Cordel''. São Paulo: Global, 2013.</ref> |
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* ''A Canção do Tio Dito''. Ilustrações de [[Nireuda Longobardi]] (Paulus, 2015). |
* ''A Canção do Tio Dito''. Ilustrações de [[Nireuda Longobardi]] (Paulus, 2015). |
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* ''Mateus, Esse Boi é Seu''. Ilustrações de [[Jô Oliveira]] (DCL, 2015). |
* ''Mateus, Esse Boi é Seu''. Ilustrações de [[Jô Oliveira]] (DCL, 2015). |
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* ''Uagadu - uma Odisseia Africana'' (parceria com Arlene Holanda. |
* ''Uagadu - uma Odisseia Africana'' (parceria com Arlene Holanda). Inédito. |
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* ''Bafafá na Arca de Noé''. Ilustrações de Anabella López (DCL, |
* ''Bafafá na Arca de Noé''. Ilustrações de Anabella López (DCL, prelo). |
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* ''Cordéis de Arrepiar: Europa''. Ilustrações de Edu Sá (IMEPH, 2016). |
* ''Cordéis de Arrepiar: Europa''. Ilustrações de Edu Sá (IMEPH, 2016). |
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* ''O Cavaleiro de Prata''. Ilustrações de [[Klévisson Viana]] (Editora de Cultura, 2016). |
* ''O Cavaleiro de Prata''. Ilustrações de [[Klévisson Viana]] (Editora de Cultura, 2016). |
Revisão das 01h16min de 5 de novembro de 2016
Marco Haurélio | |
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Nome completo | Marco Haurélio Fernandes Farias |
Nascimento | 5 de julho de 1974 (50 anos) Riacho de Santana, BA |
Nacionalidade | brasileiro |
Ocupação | Escritor |
Principais trabalhos | Contos e Fábulas do Brasil, Meus Romances de Cordel, Os 12 Trabalhos de Hércules |
Gênero literário | Cordel |
Página oficial | |
http://marcohaurelio.blogspot.com/ |
Marco Haurélio (Riacho de Santana, 5 de julho de 1974), é um escritor, professor e pesquisador da literatura de cordel e do folclore brasileiro.
Biografia
Nascido em Ponta da Serra, localidade rural do município de Riacho de Santana, desde cedo travou contato com a cultura espontânea e com as histórias tradicionais narradas pela avó Luzia Josefina de Farias (1910-1982). Dessa experiência nasceram os livros Contos folclóricos brasileiros (2010), Contos e Fábulas do Brasil (2011) e Lá detrás daquela serra (2013). Cursou Letras na Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Campus VI - Caetité. Coordena, atualmente, pela editora Nova Alexandria, a Coleção Clássicos em Cordel, pela qual lançou A Megera Domada (versão da peça clássica de William Shakespeare).[1] Para a mesma coleção adaptou O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas, uma das obras ganhadoras do Prêmio Mais Cultura de Literatura de Cordel 2010, do Ministério da Cultura, na categoria Produção (livros e CDs). Idealizador da Antologia do Cordel Brasileiro, a primeira publicação no gênero do Brasil a reunir representantes de todas as gerações da poesia popular brasileira. É, também, idealizador da coleção Fábulas do Brasil em Cordel, da editora LeYa. É colaborador do Centro de Estudos Ataíde Oliveira, da Universidade do Algarve, Faro, Portugal.
Com vários livros e folhetos de cordel editados, profere palestras e ministra oficinas sobre a Literatura de Cordel e o Folclore Brasileiro em espaços culturais, feiras de livro e escolas. É, desde 2010, curador do tradicional Cordel da Cortez, evento coordenado pelo também cordelista Moreira de Acopiara e promovido pela Livraria Cortez, de São Paulo.[2] Representou o Brasil, ao lado de Antônio Barreto e Edilene Matos, no Encontro Internacional de Poetas, ocorrido em Assunción, Paraguai, em 2010. Vários de seus livros foram selecionados por programas de governo, como o PNBE, do Ministério da Educação, Apoio ao Saber e Salas de Leitura, do Estado de São Paulo, Minha Biblioteca, da prefeitura paulistana, Leitura para a Cidadania (Paulus Editora), Itaú Social e para composição do acervo da Biblioteca Nacional. No momento, atua como consultor e autor dos cordéis da telenovela Velho Chico, da Rede Globo de Televisão, escrita por Edmara Barbosa e Bruno Barbosa Luperi, no ar em 2016, com direção de Luiz Fernando Carvalho.[3] Em 2016, atuou como curador do Espaço do Cordel e do Repente na 24ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo.
Influências
Em sua obra é notória a influência de cordelistas do passado, a exemplo de Leandro Gomes de Barros, Manuel d'Almeida Filho, Minelvino Francisco Silva e Delarme Monteiro Silva. Muitos de seus cordéis tem raízes na tradição oral, o que se explica por sua atuação como pesquisador da cultura popular brasileira. [4] Outro tema de sua predileção são as sagas mitológicas, que renderam livros como Os 12 trabalhos de Hércules (Cortez), A Saga de Beowulf (Aquariana) e o romance em versos O Herói da Montanha Negra, escrito originalmente em 1987 e incluído na obra Meus Romances de Cordel (Global Editora). A esse respeito escreveu a estudiosa Vilma Mota Quintela: "A referência à mitologia grega, nesse caso, vem a enriquecer o enredo de aventuras, chegando este ao clímax em passagens como a da travessia do riacho Eterno pelo herói, que lembra a travessia do Aqueronte por heróis mitológicos como Hércules e Orfeu". [5]
No campo da cultura popular, em especial o da tradição oral, segue os passos de estudiosos como Luís da Câmara Cascudo, Sílvio Romero e Lindolfo Gomes, sendo responsável pela recolha de mais de duas centenas de contos populares, em sua maioria já catalogados e registrados em publicações como Contos e Fábulas do Brasil, Contos Folclóricos Brasileiros e O Príncipe Teiú e Outros Contos Brasileiros.
Obra
- Cordéis publicados pela Editora Luzeiro
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- Cordéis publicados pela Tupynanquim
- Galopando o Cavalo Pensamento
- Traquinagens de João Grilo
- A Maldição das Sandálias do Pão-Duro Abu Kasem
- As Três Folhas da Serpente (segunda edição)
- A Roupa Nova do Rei ou O Encontro de João Grilo com Pedro Malazarte (primeira edição)
- Publicado pela editora Queima-Bucha
- Cem Anos da Xilogravura na Literatura de Cordel (com Arievaldo Viana)
- Infantis, infantojuvenis e juvenis
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- Folclore, ensaios, antologias e estudos da poesia popular
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Ver também
- Leandro Gomes de Barros
- Klévisson Viana
- Rouxinol do Rinaré
- Manuel d'Almeida Filho
- José Camelo de Melo Rezende
- Arievaldo Viana
- Luís da Câmara Cascudo
- Pedro Monteiro
- João Gomes de Sá
- Antônio Teodoro dos Santos
Referências
- ↑ Notícia, sítio oficial da prefeitura municipal de Guarulhos. Acessado em 2 de março de 2009
- ↑ sítio do Publish News. Acessado em 2 de março de 2009
- ↑ Matéria Site Famosos na Web.
- ↑ Artigo, sítio oficial do Ministério da Educação. Acessado em 28 de fevereiro de 2014
- ↑ QUINTELA, Vilma Mota. Apresentação. In: Meus Romances de Cordel. São Paulo: Global, 2013.